01 fevereiro 2008

glossario - E - 1


Es.jpgEanna: "Morada dos Céus", nome do templo de Anu e Ishtar em Uruk, também chamado de "Puro Tesouro".

EBE: Sigla de Entidade Biológica Extraterrestre.

Eddas: Entre os mais significativos exemplos da primitiva literatura islandesa se encontram as Eddas e a poesia escáldica. O termo Edda tem uma origem incerta, pois poderia derivar da palavra edda (grande avó), procedente da antiga língua nórdica ou, o que parece mais provável, referir-se a Oddi, uma importante sede cultural ao sul da ilha, em que residiram Saemund Sigfússon, un culto clérigo que, nos parece, foi o recompilador de uma das Eddas, e Snorri Sturlusson, que escreveu uma outra. É também possível que derive do termo nórdico antigo óthr (poesia). Em todo caso, a palavra é utilizada para designar duas conhecidíssimas coleções da literatura islandesa. A Edda Poética ou Edda Maior (séculos 9° a 12) é atribuída a Saemund, o Sábio, e é um conjunto de mais de 30 poemas que versam sobre deuses germânicos e nórdicos e de heróis, em especial de Sigurd, a versão islandesa do Sigfried germânico que aparece no Canto dos Nibelungos. Alguns desses poemas talvez tenham sido escritos fora da Islândia, porém, com maior probabilidade, foram escritos na ilha lá pelo século 12. A segunda é a Edda Prosaica ou Edda Menor (século 13). Ela é obra de Snorri Sturlusson e possui contos relacionados com a mitologia escandinava, pela qual constitui-se nuna fonte de primeira ordem para levar a cabo estudos sobre ela. Outras seções da Edda Prosaica são interessantes guias na hora de se conhecer a métrica e a dicção poéticas. A poesia escáldica, composta entre os séculos 9° e 13, foi escrita para honrar a nobres, idolatrar o Amor e satirizar ou comemorar acontecimentos da época. Seus versos não são tão livres como os das Eddas, mas possuem uma estrutura estritamente silábica e se caracterizam pelo uso de complexas perífrases que, em algumas ocasiões, criam belas metáforas, porém que, em outras, dão à poesia escáldica um aspecto enredado.

Eduard Schuré: (1841-1929) Filósofo, poeta e crítico musical francês. Pertenceu à Sociedade Teosófica e foi discípulo de Rudolf Steiner. Autor de uma das coleções máximas do ocultismo: Os Grandes Iniciados.

Educação Babilônica: Em geral, a educação de um jovem babilônio, de ambos os sexos e das camadas mais elevadas, envolvia o treinamento como escriba. Sabe-se que mulheres ricas tinham considerável liberdade e influência na Mesopotâmia. A educação de um ou uma estudante começava aos oito ou nove anos de idade. Após levantar-se ao nascer do sol, o estudante levava seu lanche para a escola, que era em geral conhecida como a "casa das tábuas". Na casa das tábuas [de escrita cuneiforme] ele encontrava seu(sua) professor(a). O diretor da escola, ou seja, a pessoa de cargo mais importante, tinha um título que pode ser traduzido como Especialista. Diferentes professores especializavam-se nos vários aspectos da cultura e da escrita da região. Em geral, um estudante mais velho tinha sob seus cuidados um estudante mais jovem. Os trabalhos estudantis em geral constituíam em fazer cópias de material contido em tábuas existentes, sendo que estas cópias eram feitas em tábuas de argila molhada. O objetivo da educação era obter o grau de escriba, e entender a linguagem dos homens e dos deuses.

E-galgina: (babil.) "O palácio do Todo-Sempre" nome de um local no Mundo Subterrâneo. Talvez seja Shamballah.

E-galmah: (babil.) Templo da deusa Gula, em Isin.

Eheieh: (hebr.) Eheyeh: Eu Sou.

Eheie-Ashr-Eheie: (hebr.) Eu Sou o que Sou. Essa é a origem da frase Eie Asereie, vista ao final da Invocação do Sábio Salomão.

E-igi-kalama: (babil.) Templo de Lugal-Marada, em Marad.

E-halanki: Altar da deusa Zarpanitum na Babilônia.

Ekur: (babil.) "Morada da Montanha". O templo do deus Enlil, em Nippur, onde nasceu Ninurta.

E-kurmah: (babil.) "Grande Morada da Montanha". O Templo de Ninazu.

EL: (aram. e hebr.) Al ou Eloi (Deus), Singular de Elohim (Deuses). Este nome da deidade é ordinariamente traduzido como "Deus" e significa poderoso, supremo.

Elam: (babil.) País a leste da Babilônia, no Iraque moderno. Cidades importantes: Susa e Anshan. Idioma não é identificado com qualquer grupo conhecido, escrito em cuneiforme.

Eleison: (grego) Veja: Kirie Eleison.

Elias o Artista: Adepto freqüentemente citado na literatura hermética e rosa-cruz dos séculos 17 e 18. São atribuídos a ele tratados sobre a Alquimia, e sua figura emerge da tradição hebraica com os atributos de um grande mestre.

Eliphas Lévi: (Alphonse Louis Constant, Zahed, 1810-1875) Esoterista, cabalista e autor francês. Chegou a ser diácono, porém foi expulso do seminário, provavelmente por seus atos demasiadamente liberais e por mostrar demasiado interesse pelas ciências ocultas. Foi Mestre de vários ritos maçônicos e iniciado da Societas Rosicruciana in Anglia. Membro dos Frates Lucis, é considerado uma das mais altas e importantes personalidades ocultistas do século passado. Autor de: Dogma y Ritual da Alta Magia, História da Magia, O Livro dos Esplendores etc. Samael nos ratifica sua Maestria, cita-o freqüentemente e nos narra algumas de suas experiências com este Mestre. (Veja a experiência de Samael com Eliphas Lévi no link Mestres da Senda, neste mesmo site gnosisonline.)

Ellil: (Illil, do sumério Enlil) Deus sumério, cujos atributos e natureza ainda são incertos. O mais importante da geração mais nova dos deuses sumérios e acádios. Centro de culto Nippur. Templo chamado Ekur. Esposa: Ninlil/Mulittu; filho Ninurta. A interpretação antiga de seu nome como Senhor Vento/Ar é incerta. Epítetos: Rei das terras populosas. Símbolo: coroa em forma de chifre sobre o sinal de altar. Filho de Anu e Ki. Veja também Anzu, Ninurta.

Ehoah: (hebr.) Nome feminino da divindade. Como denominação se refere a Binah, a Mãe suprema, que leva à frente as sete Emanações sucessivas. Eloah Va Daath: Conhecimento do Segredo ou Sabeduria dos Mistérios.

Elohim: (hebr.) Plural de El, Al, Eloi. Deuses. Chamado também Alhim, Aleim, pois tal palavra se escreve de diversas maneiras. Os Elohim, Deuses ou Senhores, são idênticos aos Devas, Dhyâni-Budas ou Homens Celestes; Seres divinos de orden inferior; são os Sete Espíritos Criadores, um dos quais é Jeová; aspectos ou emanações mahavantáricas do Logos. A princípio, os Elohim eram chamados Achad (Uno), ou a "Deidade, Um em Muitos"; veio depois a mudança; ao setenário Elohim o transformaram em um Jeová: "Jeová é Elohim", unificando assim a multiplicidade e dando o primeiro passo para o monoteísmo, contra o que diz o Gênesis (III, 22): "E disse o Senhor Deus: Eis aqui que o homem se fez (ou é) como um de nós, sabendo o bem e o mal". Os tradutores da Bíblia designam os Elohim com o nome de "Deus" ou "Senhor Deus". Adverte-se que o "Deus" do primeiro capítulo do Gênesis é o Logos; e o "Senhor Deus" do segundo capítulo se refere aos Elohim Criadores, os Logoi menores.

Elohim Gibor: (hebr.) Guibor, Geber o Gibborim. No céu são considerados como anjos poderosos e, na terra, como os gigantes mencionados no capítulo 6° do Gênesis. "Homens poderosos"; o mesmo que os Kabirim. Na Grande Fraternidade Branca há um poderoso mestre chamado Elohim Guibor, representante, no planeta Terra, das forças positivas de Marte (Samael). Seu rosto é severíssimo e amoroso ao mesmo tempo. Pode ser visualizado com uma barba abundante e capacete de guerra dourado.

Elohim Tsabaot: (hebr.) Deuses das Legiões. Tsabaoth significa um exército ou uma hoste; de Tsâbâ, ir à guerra. Daí o nome do deus da guerra: o "Senhor de Tsabaoth", ou dos exércitos.

Emanuel Kant: (1724-1804) Filósofo alemão que, partindo da dúvida, reconstitui a certeza mediante a Razão Prática e a lei moral e conclu admitindo a existência de Deus e a imortalidade da alma. O mestre Samael cita constantemente suas obras: Crítica da Razão Pura e Crítica da Razão Objetiva.

Emerson: (Ralph Waldo, 1803-1882) Filósofo norte-americano, criador do transcendentalismo e autor de Homens Representativos. O Mestre Samael cita sua teoria sobre a "Superalma".

E-meslam: (babil.) Templo de Nergal em Kutha.

Enantiodromia: (psicol.) Significa "passar para o lado oposto", literalmente, "correndo no sentido contrário" referindo-se à emergência do oposto inconsciente no curso da vida. Isto normalmente ocorre quando uma tendência unilateral extrema domina a vida consciente; na mesma hora em que uma contraparte igualmente poderosa é construída e que primeiro começa a se apresentar inibindo a atuação da consciência e subseqüentemente irrompendo na consciência e tomando controle. Jung emprega este termo para caracterizar o aparecimento do contraste inconsciente, numa sucessão temporal. Sempre que predominar uma tendência unilateral na vida consciente, com o decorrer do tempo, acaba por converter-se numa posição contrária inconsciente que se manifestará como um obstáculo ao rendimento consciente e, mais tarde, como uma interrupção na direção consciente. A Enantiodromia é tipicamente experienciada em conjunto com sintomas associados a uma neurose aguda, e normalmente obscurece o renascimento da personalidade. Nas palavras de Jung: "Jamais se pode afirmar com cem por cento de certeza que as figuras espirituais do sonho sejam moralmente boas. Freqüentemente elas têm o sinal, não só da ambivalência como da malignidade. Devo porém ressaltar que o grande Plano segundo o qual é construída a vida inconsciente da alma é tão inacessível à nossa compreensão que nunca podemos saber que mal é necessário para que se produza um bem por enantiodromia, e qual o bem que pode levar em direção ao mal".

Enbilulu: Deus sumério da irrigação, canais e agricultura. Assimilado com Adad na Babilônia.

Eneida: Virgílio dedicou os últimos 11 anos de sua vida a compor a Eneida, uma epopéia mitológica em 12 livros que relata as peripécias do herói Enéas durante 7 anos, desde a queda de Tróia até sua vitória militar na Itália. Nesta obra, Virgílio se propõe a descrever sua Roma ideal e, de certo modo, prefigurar os acontecimentos da história romana. Enéas foge de Tróia com seu ancião pai, Anquises, sobre seus ombros, e seu filho Ascânio, pelas mãos. Consegue reunir uma frota e zarpa com os sobreviventes troianos rumo à Trácia, Creta, Épiro e Sicília, antes de ser abordado nas costas da África. Ali, Dido, rainha de Cartago, apaixona-se por Enéas e se suicida após sua partida. Após atracar na desembocadura do rio Tibre, na Itália, Enéas mata a Turno, rei dos rútulos, em uma luta por conseguir a mão de Lavínia, a princesa do Lácio. Segundo Virgílio, o povo romano descende diretamente de Ascânio, o fundador de Alba Longa, a cidade que mais tarde se converteria em Roma. O estilo da Eneida e seu tratamento estão inspirados nas antigas epopéias gregas, a Ilíada e a Odisséia de Homero. Virgílio também se inspirou em parte no poema épico Argonáutica, escrito pelo poeta grego do século 3° a.C. Apolônio de Rodhes, assim como nos Anais del poeta romano Quinto Ennio, que foi o primeiro a introduzir o hexâmetro dactílico na poesia épica latina. Virgílio introduziu, na Eneida, a musicalidade e a precisão técnica de sua métrica de um modo tão sutil que seu verso foi considerado desde então como um modelo de perfeição literária. A Eneida é considerada geralmente como a primeira grande epopéia literária, posto que a Ilíada possui uma grande riqueza artística, porém contém um grande número de recursos já usados na poesia oral anterior. A Eneida, diferente da Ilíada, não é uma parte herdada da conciência nacional, senão melhor ainda uma tentativa deliberada de glorificar Roma, por encargo de Augusto, cantando a suposta origem troiano de suas gentes e, em especial, os logros e ideais de Roma sob seu novo imperador. Os elementos históricos e augustos são especialmente notórios entre os livros 5 e 8, a parte central do poema. A Eneida pode ser considerada uma obra universal por sua estrutura ambiciosa, sua beleza estilística e sua preocupação pelas tribulações do indivíduo. A Eneida foi uma obra muito apreciada em sua época. Durante a Idade Média encontrou-se nela um sentido filosófico, e Virgílio foi considerado quase um vidente e um mago. Dante realiza um homenagem a Virgílio na primeira parte da Divina Comédia, convirtendo-o em guia do poeta através do Inferno e do Purgatório, até chegar às portas do Paraíso. Porém, foi a devoção de Petrarca pelo estilo virgiliano que converteu Virgílio em uma referência constante no humanismo na Renascença.


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