14 março 2008

poupa tempo 18

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Será que espíritos existem?

http://drawn.ca/wordpress/wp-content/uploads/2007/11/campion.jpgTenho hoje 58 anos. Esta história aconteceu quando tinha 23 anos, noiva, e trabalhando em uma, malharia, fui para casa em um fim de tarde normal, tomei banho jantei. Vi um pouco de tv. e fui dormir. No meio da noite acordei aos berros, pois não estava enxergando nada e me sentia toda adormecida, meu pai veio correndo ao meu quarto, ligou o interruptor, e deu de cara com um monstro " EU" totalmente inchada e vermelha, eu não sabia como estava mas pelo rosto de espanto de meu pai, a coisa era grave. Ele me juntou do chão, pois tinha caído da parte de cima do beliche, com o pânico que eu estava perdi a noção que estava no beliche. Fomos ao hospital Conceição, lá fui baixada, fizeram todos os tipos de exames e não constataram o porque daquele vermelhidão, fiquei em observação. Me levaram para um quarto com mais duas pacientes, eu no canto do lado da porta uma senhorinha vovozinha branquinha como um lírio no canto da parede junto a janela, que me abriu um sorriso de orelha a orelha, retribui o sorriso cumprimentando-a. E uma senhora mulata magra aparentando uns 38 ou 40 anos, com os olhos esbugalhados olhando bem pra dentro dos meus olhos com cara de brava, sofrida amargurada com olhar de desespero, deitaram-me na cama, ajeitaram-me e saíram do quarto, ai com calma na medida do possível fui analisando tudo ao meu redor, ai foi que me dei conta que estava em um hospital e internada, mas não sabia o porque, pois os médicos até então não sabiam a resultado do meu diagnóstico. A senhora do meio, a mulata, estava com um tubo em sua bexiga, e um recipiente no chão embaixo da cama, urina bem amarelinha, ví isso nitidamente, ela gemia muito e não tirava os olhos de mim, fui ficando mais curiosa ainda e perguntei a ela o que tinha, a única pergunta que fiz a ela, e a única pessoa com quem ela tinha dito uma frase desde o dia que baixou ao hospital. Foi o comentário da vovozinha ao lado. A senhora do meio disse assim pra mim: Estou morrendo salve-me, tire-me daqui, quando olhei para baixo o litro estava repleto de sangue, transbordando. Gritei… mas gritei muito que apareceram não só os enfermeiros como pacientes também para saber o que estava acontecendo. Eu gritando em desespero falei aos enfermeiro, levem-na daqui ela esta morrendo está esvaindo-se em sangue, eles a pegaram e quando estava saindo na porta carregada na maca, ela olhou pra mim com olhos desta vez serenos e disse: Obrigada muito o brigada agora vou descansar em paz, eles não estavam dando bola pra minha dor, e nem minhas súplicas. Ela foi pra UTI. fiquei tranqüila pois sabia que por algum motivo eu fui parar naquele hospital tão longe de onde moro, e que ao lado de minha casa tem o hospital da PUC. A noite chegou e eu dormi, no meio da noite eu levantei para fazer xixi, sentei-me no vaso com a porta aberta, quando levantei a cabeça para puxar a descarga ,olho para a porta e a senhora que tinha ido para UTI estava ali com a mão na porta impedindo minha passagem, perguntei a ela o que estava fazendo ali, pois horas antes a senhora estava mal, ai ela me disse: Agora estou bem, não tenho mais dores pois tu me ajudou e vim te agradecer, mas como sei o estado de pessoas que vão para UTI que não se recuperam assim de uma hora pra outra, assustada eu gritei vá embora vá para a UTI, passei por baixo do braço dela, e fui pra cama correndo apertar a campainha para chamar os enfermeiros. quando eles chegaram eu falei gritando … Que mrd… que porcaria de hospital é esse que deixam o paciente sair da UTI. Aí eles espantados comigo perguntaram: Mas que paciente minha senhora ?!. Não tem ninguém aqui. eles perguntaram, como era o paciente, ai eu disse:
- Aquela senhora que vocês levaram esta noite para a UTI. Eles se olharam com olhares espantados, não falaram nada, me deram um calmante e disseram: Vou lá na UTI ver se o paciente esta lá, e se está tudo bem. Eu dormi profundamente, me acordando com meu pai do meu lado fazendo carinho na minha mão . Eu olhei pra ele e disse pai eu não estou sentindo mais nada me tira daqui. Ele disse: Os médicos também não sabem o que tu teve e não deram laudo nenhum, mas para ter alta tem que constar no boletim alguma coisa eles colocaram intoxicação alimentar. Fomos para casa.
No caminho o meu pai me contou que a senhora tinha morrido assim que saiu do quarto, quando chegou à UTI já estava sem vida. Esta história aconteceu comigo é real e todos do meu convívio sabem dela.


Cleris Regina Souza da Rosa - Porto Alegre, Rio Grande do Sul


via

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