29 abril 2009

RITUAL DA SERPENTE DE PRATA)


Realize esse ritual no período do quarto crescente, quando a lua estiver em Câncer ou Escorpião (existem almanaques lunares que indicam o caminho da lua pelos signos no ano em vigor).
Você precisará de um ramo seco de alfazema, um punhado de sal marinho, uma pedra de rio, oito conchas da praia, um punhado de alecrim seco, quatro velas verdes e um cristal de duas pontas.
Trace um círculo com o sal marinho (espalhando-o a ponto de torná-lo uma delgada linha), coloque no centro o cristal e a pedra de rio, e, em torno deles, geometricamente dispostas, as oito conchas e por fim as quatro velas acesas na posição dos pontos cardeais. Salpique ao redor com o alecrim seco e queime incenso de alfazema. Sente-se no chão, dentro do círculo, com o rosto voltado para a vela que indica o Norte.
Respire pausadamente e vá relaxando à medida que seu coração se torna mais audível. Você perceberá, então, que sua respiração se encontra no mesmo ritmo que suas batidas cardíacas.
Quando sentir que seu corpo está bem relaxado, observe o cristal no centro do círculo e repare que dentro dele está refletido um pequeno sol, formado pela chama das quatro velas e que se retrai e expande; aos poucos você percebe que, dentro dele, um delicado fio de prata de enrosca, preguiçoso. Acompanhe seus movimentos, a princípio lentos e tomando velocidade à medida que o observa. Uma energia muito intensa o atrairá para o centro desse pequeno sol. Deixe que seu corpo seja levado, sem esboçar nenhuma reação contrária.
Você descobrirá dentro de um enorme labirinto circular, de que só consegue ver os altos muros cobertos por uma verde camada de musgo.
Estranhamente, você não tem a sensação de estar preso, e, dentro de si, existe uma alegre expectativa. Comece, então, a andar ao longo do labirinto. À medida que avança, uma música suave alcançará seus ouvidos. Essa música tem a predominância de flautas e parece vir seguindo as curvas do vento morno que agita seus cabelos. Uma intensa onda de felicidade invadirá seus coração. Nesse momento, você verá os muros do labirinto transformarem-se em finíssimos fios de prata que, delicadamente, se enroscam por todo o seu corpo. Em pouco tempo você estará toda envolvida, ainda que não experimente a menor sensação de opressão, ao contrário e inusitadamente, sente-se confortável, como se esse fosse seu estado natural.
A música torna-se mais intensa, e seu corpo é então atraído pelo solo. Deite-se e estique-se o mais que puder, dando-se conta de que se transformou numa imensa cobra prateada! Seu corpo traça curvas sinuosas no solo, e o contato com a terra úmida lhe provoca delicados arrepios. Com o passar do tempo, voc6e sentirá vontade de enroscar-se sobre si própria e, depois de fazer isso, sentirá um pequeno formigamento na região do ventre, que se dilatará enquanto intensa onda de calor tomará todo o seu ser. Um pequeno ovo de ouro estará depositado no centro da espiral que você terá traçado com seu corpo.
Pegue-o com a boca e enterre-o num estreito buraco no solo. Aos poucos seus membros estarão soltos, e você terá recuperado sua forma.
Nesse momento abandone a visualização. Levante-se suavemente e desfaça o círculo, dizendo as seguintes palavras:


Desfaço esta roda com a permissão da Mãe,
Apago o fogo, retiro o sal,
Recolho as conchas e as pedras,
Varro o alecrim e desfaço o Mal.
Que assim seja,
E assim se faça!


Nesse ritual estabelecemos contato com nossos medos, com aquilo que não queremos ver ou aceitar. Não foi à toa que a serpente se tornou um animal repelente para o ser humano. Por nos sabermos serpentes, por nos intuirmos fonte de prazer é que nos escondemos em medos, sempre metamorfoseados, a fim de não alcançar nossa serpente de prata. Desde muito pequenos somos persuadidos ao total esquecimento desse aspecto prazeroso que trazemos conosco. Tudo que vivenciamos deve ter sempre um aspecto de sacrifício, e, por mais que desconfiemos de que tal ensinamento deva estar errado, acabamos por sucumbir ao sofrimento e inventamos uma série de pavores que nos acompanham ao longo dos anos.
Uma bruxa sabe que viver é buscar o prazer, vivenciar cada instante em toda a sua plenitude. De nada vale a existência se ela não proporcionar prazer. A natureza é prazerosa; tudo nela parece uma grande risada. Voc6e não será capaz de encontrar um riacho infeliz ou um pássaro problemático, ou um coelho deprimido. Nesse ritual nos deparamos com nossos muros, mas não sofremos, pois sabemos que ao final de tudo encontraremos nossa serpente e só assim conseguiremos gargalhar em coro com nossos semelhantes.
(Marcia Frazão


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Stress: Uma doença moderna!


Em que consiste:


O stress é uma resposta do organismo ao esforço físico, psicológico e emocional. Todas as pessoas conhecem o termo stress e, como não existe uma definição exacta, cada um interpreta-o de maneira diferente.
A palavra stress deriva do inglês e significa a tensão a que os metais são submetidos para comprovar a sua resistência. Em 1950, um médico comparou esse processo a que se submetiam os metais com a prova de resistência que a sociedade faz com as pessoas. Considerou que, em determinados momentos de tensão, o stress é um mecanismo que mobiliza todas as reservas do organismo humano, para proporcionar as energias extras de que necessitamos para enfrentar as dificuldades a que estamos sujeitos. Sem dúvida que o stress não é uma palavra negativa e, mesmo que o termo seja relativamente moderno, o conceito que encerra é tão velho como a existência do Homem na Terra. Sempre existiram mecanismos de defesa contra os problemas ou dificuldades da vida. É a capacidade do indivíduo reagir a certas agressões que faz com que o stress seja algo positivo (um estímulo que incita o indivíduo a superar as coisas de forma positiva) ou negativo (quando se encontra numa encruzilhada e o seu organismo se bloqueia, ao sentir-se ameaçado.


Sintomas:


As respostas possíveis do organismo podem classificar-se em níveis diferentes, mesmo que algumas delas sejam estereotipadas:
• Doenças psicossomáticas, como as dores de cabeça ou cefaleias, as sensações de vertigem, a prisão de ventre ou diarreia, as taquicardias, as contracções musculares. Há que salientar que estes sintomas também reflectem outras doenças, e não unicamente o stress.
• Disfunções do sistema endócrino e hormonal.
• Estados de irritabilidade, nervosismo, repentinas alterações de humor, impaciência e insatisfação pessoal, atitudes irascíveis, agressividade, abatimento e falta de incentivo.
• Cansaço físico, do qual não se recupera mesmo depois de uma boa noite de sono, fadiga permanente, dificuldade na conciliação do sono, esgotamento, podem ser sintomas de stress, no entanto consulte o seu médico para verificar se esses sintomas não correspondem a nenhuma doença orgânica.


Como se cura:


A primeira medida a ter em conta, perante uma situação de stress, é fazer todo o possível para não se entregar ao problema. Não se trata de levar uma vida de renúncia; está comprovado que a repressão sistemática provoca stress e leva a situações de depressão. Por exemplo, se alguém deseja ser o primeiro no emprego e sofre de stress, a solução não está em trabalhar menos ou deixar de lutar pelos seus objectivos; isso ainda iria provocar mais stress. Deve racionalizar a sua atitude em função dos seus desejos. Nunca vai conseguir ser o primeiro, se as suas ansiedades o fazem pagar um preço excessivamente alto, ficando com uma saúde deficiente, que o impede de conseguir realizar os seus propósitos.
• É imprescindível descarregar a tensão diária que se vai acumulando. Não se trata de gritar ou de dar murros nas paredes. O ideal é descarregar as tensões de forma racional, através do desporto, do esforço físico progressivo e regular. De facto, um exercício muito simples, mas muito eficaz, é passear: distrai e exercita os músculos, libertando tensões acumuladas.
• É fundamental que o indivíduo tenha sonhos na vida, que marque objectivos, tanto a nível pessoal como profissional. Mas há que ter em conta que, para os alcançar, não tem de levar à sua frente tudo o que lhe impede o caminho; deve considerar que existe a possibilidade de atingir esses objectivos com ordem e tirar deles satisfação pessoal, que não envolve necessariamente a satisfação material. Uma pessoa tem de ser capaz de criar novas ilusões e aproveitar de forma diferente os elementos com que pode contar.


Causas que provocam a doença:


Quando atravessamos momentos críticos, o nosso organismo também se prepara para o esforço em poucos segundos e toda a energia se acumula para poder ser utilizada no momento certo.
• O processo é o seguinte: o estímulo chega ao cérebro. Este avisa as glândulas supra-renais, que injectam adrenalina e noradrenalina no sangue. O coração bate mais depressa, para que exista maior fluxo sanguíneo, porque há maior necessidade de oxigénio. As pupilas dilatam-se, para aumentar a capacidade de percepção. A adrenalina mobiliza o fígado, para que aproveite as suas reservas de glicose e a tensão sanguínea aumenta. As reservas de açúcar passam para os músculos, tonificando-os. O pensamento fica bloqueado. Toda a energia disponível se concentra para fazer frente ao perigo.
• Sempre que a pessoa se excita, todo o processo se volta a desencadear. Perante cada estímulo, o processo é iniciado, vez após vez. O problema surge quando existem demasiados estímulos, quando esse processo tem de ser desencadeado com demasiada frequência e, em contrapartida, o esforço físico não se realiza e não há dispêndio de energia.
• É fundamental entender e compreender que, quando o corpo humano está preparado para um grande esforço e este acaba por não ser feito, isso envolveu o coração, as glândulas hormonais, os rins, o cérebro e muitos outros órgãos. No entanto, não houve dispêndio de energia, que acabou por ficar acumulada. Se isso acontece com muita frequência, o corpo acaba por dar uma série de avisos como, por exemplo, a diminuição das defesas, esgotamento, irritabilidade, etc.
• Em suma, o nosso corpo acaba por se queixar, porque não conseguimos utilizar a energia que ele tinha ao nosso dispor.



Como prevenir:


Praticando um desporto que exija esforço físico, regular (pelo menos trinta minutos, três vezes por semana). Isso vai ajudar a descarregar as tensões acumuladas e o corpo poderá voltar a equilibrar-se.
• Ficou provado que a vida profissional é um grande estímulo para muitas pessoas, mas não deve ser o único objectivo ou razão de viver. Todas as pessoas devem ter muitas metas, sem se limitarem às que giram em redor da sua vida profissional (no caso do trabalhador, o trabalho, no caso do estudante, os estudos, no caso da dona de casa, os seus filhos e a casa). Resumindo em poucas palavras: tem de se fazer tudo para se ser feliz, diversificando as nossas actividades, complementando-as.
• E imprescindível comunicar com aqueles que nos rodeiam, despojar-mo-nos dos problemas e tensões do dia-a-dia e, ao mesmo tempo, partilhar os bons e os maus momentos.
• As pessoas necessitam de libertar tensões e recarregar as pilhas. Aproveite o tempo livre. Utilize-o da melhor maneira e não pense que a solução está em dormir, para recuperar energias e enfrentar uma nova semana de trabalho.


A ter em conta:


• É importante salientar que cada pessoa possui uma quantidade de energia física e psíquica para gastar ao longo do dia. Por isso, não se deve ir além desse limite, nem acumular energias sem as gastar.
• O stress não é provocado apenas por situações negativas. A reacção biológica do organismo é a mesma, perante uma emoção desagradável e uma emoção agradável.
• Todos devemos estar conscientes de que o clima de tensão que provoca o stress não se vai reflectir apenas na pessoa afectada, mas em todas aquelas que a rodeiam e partilham a sua vida.
Stress: Uma doença moderna!


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