29 abril 2009

Stress: Uma doença moderna!


Em que consiste:


O stress é uma resposta do organismo ao esforço físico, psicológico e emocional. Todas as pessoas conhecem o termo stress e, como não existe uma definição exacta, cada um interpreta-o de maneira diferente.
A palavra stress deriva do inglês e significa a tensão a que os metais são submetidos para comprovar a sua resistência. Em 1950, um médico comparou esse processo a que se submetiam os metais com a prova de resistência que a sociedade faz com as pessoas. Considerou que, em determinados momentos de tensão, o stress é um mecanismo que mobiliza todas as reservas do organismo humano, para proporcionar as energias extras de que necessitamos para enfrentar as dificuldades a que estamos sujeitos. Sem dúvida que o stress não é uma palavra negativa e, mesmo que o termo seja relativamente moderno, o conceito que encerra é tão velho como a existência do Homem na Terra. Sempre existiram mecanismos de defesa contra os problemas ou dificuldades da vida. É a capacidade do indivíduo reagir a certas agressões que faz com que o stress seja algo positivo (um estímulo que incita o indivíduo a superar as coisas de forma positiva) ou negativo (quando se encontra numa encruzilhada e o seu organismo se bloqueia, ao sentir-se ameaçado.


Sintomas:


As respostas possíveis do organismo podem classificar-se em níveis diferentes, mesmo que algumas delas sejam estereotipadas:
• Doenças psicossomáticas, como as dores de cabeça ou cefaleias, as sensações de vertigem, a prisão de ventre ou diarreia, as taquicardias, as contracções musculares. Há que salientar que estes sintomas também reflectem outras doenças, e não unicamente o stress.
• Disfunções do sistema endócrino e hormonal.
• Estados de irritabilidade, nervosismo, repentinas alterações de humor, impaciência e insatisfação pessoal, atitudes irascíveis, agressividade, abatimento e falta de incentivo.
• Cansaço físico, do qual não se recupera mesmo depois de uma boa noite de sono, fadiga permanente, dificuldade na conciliação do sono, esgotamento, podem ser sintomas de stress, no entanto consulte o seu médico para verificar se esses sintomas não correspondem a nenhuma doença orgânica.


Como se cura:


A primeira medida a ter em conta, perante uma situação de stress, é fazer todo o possível para não se entregar ao problema. Não se trata de levar uma vida de renúncia; está comprovado que a repressão sistemática provoca stress e leva a situações de depressão. Por exemplo, se alguém deseja ser o primeiro no emprego e sofre de stress, a solução não está em trabalhar menos ou deixar de lutar pelos seus objectivos; isso ainda iria provocar mais stress. Deve racionalizar a sua atitude em função dos seus desejos. Nunca vai conseguir ser o primeiro, se as suas ansiedades o fazem pagar um preço excessivamente alto, ficando com uma saúde deficiente, que o impede de conseguir realizar os seus propósitos.
• É imprescindível descarregar a tensão diária que se vai acumulando. Não se trata de gritar ou de dar murros nas paredes. O ideal é descarregar as tensões de forma racional, através do desporto, do esforço físico progressivo e regular. De facto, um exercício muito simples, mas muito eficaz, é passear: distrai e exercita os músculos, libertando tensões acumuladas.
• É fundamental que o indivíduo tenha sonhos na vida, que marque objectivos, tanto a nível pessoal como profissional. Mas há que ter em conta que, para os alcançar, não tem de levar à sua frente tudo o que lhe impede o caminho; deve considerar que existe a possibilidade de atingir esses objectivos com ordem e tirar deles satisfação pessoal, que não envolve necessariamente a satisfação material. Uma pessoa tem de ser capaz de criar novas ilusões e aproveitar de forma diferente os elementos com que pode contar.


Causas que provocam a doença:


Quando atravessamos momentos críticos, o nosso organismo também se prepara para o esforço em poucos segundos e toda a energia se acumula para poder ser utilizada no momento certo.
• O processo é o seguinte: o estímulo chega ao cérebro. Este avisa as glândulas supra-renais, que injectam adrenalina e noradrenalina no sangue. O coração bate mais depressa, para que exista maior fluxo sanguíneo, porque há maior necessidade de oxigénio. As pupilas dilatam-se, para aumentar a capacidade de percepção. A adrenalina mobiliza o fígado, para que aproveite as suas reservas de glicose e a tensão sanguínea aumenta. As reservas de açúcar passam para os músculos, tonificando-os. O pensamento fica bloqueado. Toda a energia disponível se concentra para fazer frente ao perigo.
• Sempre que a pessoa se excita, todo o processo se volta a desencadear. Perante cada estímulo, o processo é iniciado, vez após vez. O problema surge quando existem demasiados estímulos, quando esse processo tem de ser desencadeado com demasiada frequência e, em contrapartida, o esforço físico não se realiza e não há dispêndio de energia.
• É fundamental entender e compreender que, quando o corpo humano está preparado para um grande esforço e este acaba por não ser feito, isso envolveu o coração, as glândulas hormonais, os rins, o cérebro e muitos outros órgãos. No entanto, não houve dispêndio de energia, que acabou por ficar acumulada. Se isso acontece com muita frequência, o corpo acaba por dar uma série de avisos como, por exemplo, a diminuição das defesas, esgotamento, irritabilidade, etc.
• Em suma, o nosso corpo acaba por se queixar, porque não conseguimos utilizar a energia que ele tinha ao nosso dispor.



Como prevenir:


Praticando um desporto que exija esforço físico, regular (pelo menos trinta minutos, três vezes por semana). Isso vai ajudar a descarregar as tensões acumuladas e o corpo poderá voltar a equilibrar-se.
• Ficou provado que a vida profissional é um grande estímulo para muitas pessoas, mas não deve ser o único objectivo ou razão de viver. Todas as pessoas devem ter muitas metas, sem se limitarem às que giram em redor da sua vida profissional (no caso do trabalhador, o trabalho, no caso do estudante, os estudos, no caso da dona de casa, os seus filhos e a casa). Resumindo em poucas palavras: tem de se fazer tudo para se ser feliz, diversificando as nossas actividades, complementando-as.
• E imprescindível comunicar com aqueles que nos rodeiam, despojar-mo-nos dos problemas e tensões do dia-a-dia e, ao mesmo tempo, partilhar os bons e os maus momentos.
• As pessoas necessitam de libertar tensões e recarregar as pilhas. Aproveite o tempo livre. Utilize-o da melhor maneira e não pense que a solução está em dormir, para recuperar energias e enfrentar uma nova semana de trabalho.


A ter em conta:


• É importante salientar que cada pessoa possui uma quantidade de energia física e psíquica para gastar ao longo do dia. Por isso, não se deve ir além desse limite, nem acumular energias sem as gastar.
• O stress não é provocado apenas por situações negativas. A reacção biológica do organismo é a mesma, perante uma emoção desagradável e uma emoção agradável.
• Todos devemos estar conscientes de que o clima de tensão que provoca o stress não se vai reflectir apenas na pessoa afectada, mas em todas aquelas que a rodeiam e partilham a sua vida.
Stress: Uma doença moderna!


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