31 agosto 2017

O desaparecimento do piloto Frederick Valentich

Conhecido como o “desaparecimento de Valentich” é um incidente estranho da Ufologia e que nunca foi explicado de forma satisfatória – até agora.

A história começa na Austrália, por volta das 19:00 horas, ou logo após o pôr-do-sol (18:43), em 21 de outubro de 1978.

Um jovem chamado Frederick “Fred” Valentich – que havia deixado o aeroporto de Victoria Moorabbin às 18:19 (6:19 PM) – estava pilotando um avião leve, um Cessna 182L alugado de um único motor (registro VH-DSJ) sobre Bass Strait, indo para o sudeste para King Island.

Ao ver uma outra aeronave parecida passar por cima dele, ele falou com o comando aéreo em Melbourne, o controlador Steve Robey.

Abaixo está a transcrição da conversa entre o piloto Frederick Valentich (FV) e a torre de controle (TC).

19:06:44 – FV: Melbourne, aqui é Delta Sierra Juliete. Há algum tráfego abaixo de mim a 5 mil?
C: Delta Sierra Juliete, não há nenhum tráfego conhecido.
FV: Delta Sierra Juliete, aqui. Parece ser uma grande aeronave abaixo de mim 5 mil.
19:06:44 – C: Delta Sierra Juliete, que tipo de aeronave é essa?
FV: Delta Sierra Juliete, aqui. Eu não posso precisar. Apresenta 4 luzes. É como as luzes de pouso de uma aeronave.
19:07:00 – C: Delta Sierra Juliete.
19:07:31 – FV: Melbourne, aqui Delta Sierra Juliete. A aeronave acaba de passar sobre mim a pelo menos mil pés.
C: Delta Sierra Juliete, “roger”. E é uma grande aeronave? Confirme?
FV: Desconheço devido à sua velocidade. Existe alguma aeronave da Força Aérea nas vizinhanças?
C: Delta Sierra Juliete. Não há nenhum tráfego nas vizinhanças.
19:08:18 – FV: Melbourne, está se aproximando agora, vindo do leste na minha direção.
C: Delta Sierra Juliete
19:08:41 – (…) microfone ficou aberto por 2 segundos.
19:08:48 – FV: Delta Sierra Juliete, aqui. Me parece que a coisa está jogando algum tipo de jogo. Está voando duas ou três vezes a velocidade que eu não posso identificar.
19:09:00 – C: Delta Sierra Juliete, “roger”. Qual o seu nível atual?
V: Meu nível atual é 4,5 mil; 4,5,0,0.
C: Delta Sierra Juliete. E você confirma que não pode identificar a aeronave?
FV: Afirmativo
C: Delta Sierra Juliete, “roger”. Aguarde.
19:09:27 – FV: Melbourne, aqui Delta Sierra Juliete. Aquilo não é uma aeronave; aquilo está…(microfone aberto por 2 segundos)
19:09:42 – C: Delta Sierra Juliete, você pode descrever a aeronave/
V: Delta Sierra Juliete, aqui. Quando passa, parece ser enorme, comprido…(microfone aberto por mais 3 segundos); não posso identificar mais que…aquilo é muito rápido; (microfone aberto por mais 3 segundos)…está bem na minha frente agora, Melbourne!
19:10:00- C: Delta Sierra Juliete, “roger”. Me informe qual o tamanho que o objeto pode ter.
19:10:19 – FV: Delta Sierra Juliete, Melbourne. Parece que está estacionário. O que eu estou fazendo bem agora é orbitar, e a coisa está orbitando sobre mim também; a coisa tem luzes verdes e algum tipo de superfície metálica, pois toda ela brilha por fora.
C: Delta Sierra Juliete.
19:19:46 – FV: Delta Sierra Juliete aqui. (…) (microfone aberto por 5 segundos). A coisa simplesmente desapareceu.
C: Delta Sierra Juliete.
19:10:46 – FV: Melbourne, vocês saberiam informar que tipo de aeronave é aquela? Seria uma nave militar?
C: Delta Sierra Juliete. Confirme que a aeronave desapareceu.
FV: Repita por favor.
C: Delta Sierra Juliete, a aeronave ainda está aí com você?
FV: Delta Sierra Juliete. Está…oh, não…(microfone aberto mais 2 segundos). Está agora se aproximando, vindo de sudoeste.
C: Delta Sierra Juliete.
19:11:50 – FV: Delta Sierra Juliete, aqui. O aparelho é muito estranho. Agora eu o tenho e 23 ou 24…e a coisa está…
C: Delta Sierra Juliete, “roger”. Quais são as suas atitudes agora?
FV: Minha atitude agora é para a Ilha King, Melbourne…Aguarde…a estranha aeronave está sobrevoando-me agora, bem acima, novamente…(microfone aberto por 2 segundos); Está acima de mim e não é uma aeronave…
C: Delta Sierra Juliete
19:12:28 – FV: Delta Sierra Juliete, Melbourne…(microfone aberto por mais 2 segundos)
19:12:55 – Fim das comunicações após 17 segundos de ruídos metálicos de origem desconhecida.

Valentich calculou estar a 38km, aproximadamente, do Cabo Otway, no estreito de Bass. Na manhã seguinte, a Força Aérea Real da Austrália (RAAF), enviou um avião de reconhecimento marítimo, um Orion, para procurar pelo Cessna – ou algum destroço – e pelo piloto. A busca ainda perdurou por todo o domingo.

Posteriormente, mais quatro dias de buscas se sucederam, com equipes compostas por centenas de homens, entre civis, militares, barcos de pesca, etc. Ao todo, as equipes de busca cobriram uma área de mais de 5 mil milhas quadradas procurando por qualquer tipo de vestígio de que o avião pudesse ter caído no mar ou algo assim: uma bóia salva-vidas, uma mancha de óleo, um pedaço de fuselagem, etc.

Em 25 de outubro de 78 a busca foi encerrada, Valentich foi dado como desaparecido – ainda não como morto – , e foi estabelecida uma vigília entre moradores da região, em busca por qualquer sinal do Cessna e do piloto. Igualmente, todos os aviões e ou barcos que passassem pela região deveriam tentar localizar algum vestígio.

Mas, como era previsível, nenhum único sinal, nem no mínimo vestígio ou qualquer traço do avião – que tem cerca de 540kg – ou de Frederick Valentich, na época com apenas 21 anos, foi encontrado até hoje. Absolutamente nada, nenhum fio de cabelo do rapaz ou uma gota de gasolina do avião. O que aconteceu foi que Valentich e seu avião sumiram no céu ao mesmo tempo em que sumiu o estranho objeto que “brincava” com ele.

Dezenas de hipóteses surgiram para tentar explicar o caso, indo desde tempestades súbitas, que teriam devorado o avião sem deixar traços, até explosão do aparelho em pleno vôo. No entanto, nenhuma teoria ou hipótese jamais explicou tal desaparecimento. Em caso de tempestade ou qualquer outra anomalia meteorológica súbita, ou mesmo explosões, achar-se-iam pedaços ou fragmentos por menores que fossem, do avião, o que mais ocorreu.

Portanto, o avião realmente sumiu! Mas este caso está longe de ser o único, visto já Ter se repetido dezenas de vezes. Só para citar alguns casos, poderíamos começar pelo incidente conhecido como “Vôo 19”, de uma esquadrilha de 5 aviões Avengers da Marinha Americana, que num exercício rotineiro no Atlântico, na costa da Flórida, simplesmente desapareceram em pleno vôo, no chamado Triângulo das Bermudas. Ou ainda o MIG soviético que em 1967 foi simplesmente desintegrado no céu ao perseguir um UFO.

Por mais tempo que se leve, e lá se vão 22 anos, muita gente ainda espera que ele volte. Um desses é o seu pai, Sr. Guido Valentich, que em todos os aniversários do desaparecimento de seu filho, ele recebe centenas de telefonemas de todas as partes do mundo. Ele não tem dúvidas de que o seu filho está vivo e que um dia retornará.



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