Convém saber que a profunda sabedoria do Arcano XIV divide-se classicamente em três partes:
TRANSMUTAÇÃO
TRANSFORMAÇÃO
TRANSUBSTANCIAÇÃ
Estudemos cada uma delas em separado.
TRANSMUTAÇÃO
Um anjo trazendo o signo do sol na testa aparece no Arcano XIV. Observando o peito do anjo, veremos ali o quadrado e o triângulo do esoterismo gnóstico. O anjo tem duas taças que mistura entre si. Em uma delas está o Elixir Branco e na outra o Elixir Vermelho. O Elixir da Longa Vida origina-se da mistura inteligente destas duas substâncias.
Quando o setenário homem se une sexualmente com o setenário mulher, faz-se uma soma que dá como resultado o Arcano XIV do Tarot. Não é de mais informar de passagem que o homem tem sete princípios, da mesma forma que a mulher.
O centro mais importante e mais rápido do ser humano é o sexo. O processo de criar um novo ser realiza-se dentro da lei das oitavas musicais. As sete notas da escala musical são a base de toda a criação. Se transmutarmos a energia criadora, iniciaremos uma nova oitava no mundo etérico, cujo resultado será o nascimento do Soma Puchicon, o traje de bodas da alma.
Com este veículo, podemos penetrar conscientemente em todos os departamentos do Reino.
A terceira oitava permite-nos engendrar o verdadeiro astral: o Astral Cristo. Ao chegar a estas alturas, o velho astral fantasma fica reduzido a um cascão vazio que vai se desintegrando pouco a pouco.
A quarta oitava permite-nos gerar a Mente Cristo, veículo que nos dá verdadeira sabedoria e unidade de pensamento. Somente quem engendra a Mente Cristo tem o
direito de dizer: "Tenho corpo mental". O corpo mental atual é apenas um fantasma de fachada. Realmente, ele converte-se em um cascão oco, quando nasce a verdadeira mente, depois se desintegra e se reduz à poeira cósmica.
A quinta oitava musical produz o verdadeiro corpo causal. Ao chegarmos a estas alturas, encarnamos a alma e já temos existência real. Antes desse instante, não temos existência real.
TRABALHO COM O CHACRA PROSTÁTICO
Depois de terminar o trabalho diário com o Arcano A.Z.F., o alquimista deve se deitar em decúbito dorsal (boca para cima) e trabalhar com o chacra prostático, chacra deveras importante no trabalho da alta magia.
O alquimista inala o ar vital, retém o alento enquanto dirige a corrente nervosa para baixo até a próstata com a intenção de fechar aqueles esfíncteres que existem entre as vesículas seminais e a uretra. O esforço a ser feito para enviar as correntes eletronervosas deve ser semelhante ao esforço que faz a mulher, quando se esforça para parir. Nesses momentos, a mulher age com pujança e de sua laringe sai o som da letra M. Krum Heller diz que pelas letras M e S deve começar a Iniciação. Nós queremos nascer nos mundos internos, portanto, devemos usar também a letra M, como quem age com pujança. Trata-se de nascer e devemos nascer.
A seguir, exalamos lentamente. Aguardamos que a respiração volte ao natural. Sempre ao inalar, bombeamos mentalmente, fazemos subir a energia sexual pelos canais de Idá e Pingalá até o cálice, o cérebro.
Repetimos o esforço e continuamos.
IMAGINAÇÃO E VONTADE
A imaginação é feminina e a vontade, masculina. Quando trabalhamos com o chacra prostático, devemos unir dois poderes em bodas alquímicas para promover o ascenso da energia criadora.
Em primeiro lugar, pelos canais simpáticos do corpo físico. Depois, pelos canais simpáticos do corpo etérico. Mais tarde, pelos canais simpáticos do corpo dos desejos e pelos canais simpáticos do corpo causal.
Os estudantes avançados devem levar a energia criadora até o Ain Soph.
O estudante tem de aprender a conduzir a energia criadora do cérebro até o coração, depois de algum tempo de prática. O Arcano XIV é o Arcano da temperança.
TRANSFORMAÇÃO
Um corpo em estado de Jinas pode assumir qualquer aparência. Circe transformava os homens em porcos. A lenda diz que Apuleio converteu-se em um asno.
Os mantrans latinos para a transformação são os seguintes: "Est sit, esto fiat"; porém, somente em estado de Jinas podemos nos transformar.
A seguir, daremos uma chave para sair em estado de Jinas.
Sente-se o estudante diante de uma mesa, mantendo os braços cruzados sobre ela. Normalmente adormeça com a cabeça apoiada nos braços. Relaxe bem a mente.
Esvazie-a de todo pensamento até que fique em branco, assim estará relaxada. Depois, imagine a sensação de sopor que antecede ao sono, identifique-
durma. Quando o estudante sentir que está dormindo, levante-se da cadeira, porém, conservando o sono, tal qual um sonâmbulo. Em seguida, o estudante deverá dar um longo salto com o propósito de que o corpo físico se submerja no hiperespaço.
Marque com um lápis (giz) o local exato onde terminou o salto. Em outro dia, repetirá o mesmo experimento e marcará com um lápis (giz) o local onde pousou o pé.
Conforme for praticando, notará que o salto fica cada vez maior, chegando o dia em que dará um salto além do normal. Isto o alegrará muito porque indicará que seu corpo já está penetrando no espaço superior.
A constância, a paciência, a vontade e a tenacidade farão o estudante triunfar.
Um dia qualquer, poderá sustentar-se dentro do hiperespaço definitivamente. Depois de penetrar com se corpo físico nos mundos internos, achar-se-á em estado de Jinas e poderá se transportar a qualquer lugar da terra em poucos instantes. Será, então, mais um investigador dos mundos superiores.
Antes de iniciar a sua prática de Jinas, invoque os gênios Jinas. Invoque muitas vezes o Oguara assim:
"Creio em Deus. Creio em Oguara e em todos os gênios da ciência Jinas. Levai-me aos templos da ciência Jinas com meu corpo. Oguara! Oguara! Oguara!
Levai-me."
Esta invocação repete-se milhares de vezes antes de adormecer.
Agora, estudemos rapidamente o terceiro aspecto do Arcano XIV do Tarot.
TRANSUBSTANCIAÇÃ
A última ceia do Adorável Salvador do mundo data de épocas arcaicas. O Grande Senhor da Atlântida também a praticou, assim como o Cristo Jesus.
Ela é uma cerimônia de sangue, um pacto de sangue. Os apóstolos trouxeram, cada um, seu sangue em uma taça e o misturaram depois com o sangue real do Adorável no cálice da última ceia, o Santo Graal.
Assim, os corpos astrais dos apóstolos uniram-se ao astral do Cristo mediante o pacto de sangue.
Os apóstolos beberam do sangue contido no cálice e Jesus também bebeu.
A Santa Unção Gnóstica está unida à última ceia pelo pacto de sangue. Quando os átomos crísticos descem ao pão e ao vinho, eles convertem-se, de repente, na carne e no sangue do Cristo.
Esta é a transubstanciaçã
16 janeiro 2008
Temperanca
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ResponderExcluirtarot e baralho cigano