Em entrevista concedida no dia 15 de dezembro de 1968, o Sr. Daildo de Oliveira, funcionário da Companhia Elétrica do Estado de São Paulo, sub-estação de Bauru, relatou pormenorizado a aventura que teve com três tripulantes de um disco voador na madrugada do dia 23 de julho de 1968.
Estava trabalhando na empresa apenas há 15 dias. Seu horário era das 19:00hs às 07:00hs da manhã. À 01:00hs dessa madrugada, depois de “picotar” o relógio de controle no escritório técnico, deu uma volta ao redor da oficina e lá pendurou o mesmo, como de praxe. Nesse momento notou a uns 70m do barranco atrás do escritório, um vulto de homem, iluminado pelas lâmpadas da vizinhança. Agachou-se para observar melhor sem ser visto e pensou na maneira mais fácil de interceptar aquele indivíduo.
Nesse ínterim, ouviu um ligeiro ruído que vinha do lado do escritório. Olhando para aquela direção, viu outro homem em uma das janelas, ao lado da porta. Reparou que ele vestia calça e camisa de mangas compridas, ambas escuras.
Racionando rápido, entrou na oficina e muniu-se de um conduite de pouco mais de meio metro. Evitando fazer qualquerbarulho, acercou-se do estranho, que lhe parecera estar olhando pela vidraça o interior do escritório, e vibrou-lhe, com o conduíte, dois violentos golpes, os quais, apesar de lançados com força e destreza, foram desviados com movimentos rápidos pelo homem, indo atingir a madeira do lado, que ficou marcada pela pancada. É que o indivíduo só aparentemente estava de costas, mas realmente de frente, encapuzado; agarrou-se ao vigia pronunciando uns “grunhidos”, e ambos entraram numa luta corpo-a-corpo, rolando pelo chão.
Então, por uma das janelas do escritório saiu um outro ser, igualmente vestido, acorrendo em auxílio do companheiro. Os dois procuraram imobilizá-lo, mas Daildo, rapaz novo e forte, continuou lutando. Daí a pouco, chegou um terceiro ser, talvez aquele que ele vira no barranco. Esta não usava capacete, e ao contrário dos outros, trajava roupa clara. Tinha um rosto de pele alva, cabelos arruivados, cortados e de consistência mais dura ao toque, conforme pôde observar durante a luta, que prosseguiu violenta. O terceiro homem pegou Daildo pelos pés, arrancou-lhes os sapatos, depois tirou-lhe a capa de frio e a camisa, da qual saltaram-se os botões, e, por último, deu-lhe um “tranco” na perna esquerda. Finalmente, levantaram-no ao ar e o socaram no chão, pelas costas, umas cinco ou seis vezes quebrando-lhe a resistência.
Enato, eles o puseram de pé e o homem branco deu-lhe umas pancadinhas amistosas nas costas, enquanto pronunciavam algumas palavras que o vigia não entendeu, mas cujo significado lhe pareceu ser: “vá para lá seu vadio, que aqui voltamos ao término”. Os outros dois, que antes havia, dado grunhidos, ficaram silenciosos.
Daildo afastou-se, cautelosamente, em direção à escada, olhando para trás, pensando em chamar Antônio, o outro vigia, que devia estar no escritório administrativo. Ouvindo, entretanto, um barulho como o bater de uma porta de automóvel, olhou e viu o vulto de um objeto com a forma de uma kombi, tendo, porém, uma base de uns 10m mais ou menos. Aquilo elevou-se no ar, emitindo estranho ruído acompanhado de uma “pressão de ar”. Voou até um transformador de alta tensão, de onde recuou, subiu um pouco para passar por cima da rede de alta tensão, em novo zig-zag, partindo depois rumo à cidade vizinha, Lins Somente então foi que Daildo pensou tratar-se de um disco voador e seus tripulantes.
Os dois vigias, a seguir, inspecionaram o local da luta, verificando que o cascalho estava revirado e espalhado na grama. Encontraram a camisa, os botões que lhe foram arrancados, a cada de inverno e uma lanterna caída do bolso da calça de Daildo e que não fora usada por estar com as pilhas esgotadas. Os sapatos foram encontrados a 20m do local. Duas janelas do escritório estavam abertas.
Pela manhã, quando os engenheiros chegaram, foi constatado que nada faltava no escritório, mas havia sinais estranhos de mãos em um dos arquivos. O fato foi levado ao conhecimento do delegado de Polícia, Dr. Oswaldo Sena, e dois dias depois as autoridades militares de Baurú inteiraram-se da ocorrência e examinaram o local. O Sr. Daildo de Oliveira foi entrevistado por elementos da Aeronáutica, pelo “Repórter Esso” da TV Canal 4, de São Paulo, e por vários jornais do país.
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