Ka: (egípcio) Corpo astral.
Kabir: (1440-1518) Poeta, místico, pensador religioso e reformador social indiano. De ofício era um tecelão, foi discípulo de Ramananda e suas tendências místicas ecléticas o converteram em um dos grandes santos de sua pátria, apreciado igualmente por hindus e muçulmanos. Autor dos universalmente famosos Poemas.
Kabires: (fenício) Kabirim ou Cabires. Divindades e deuses muito misteriosos entre as nações antigas, incluindo os israelitas; alguns dos quais, como Tharé, pai de Abraão, os adoraram com o nome de Teraphim. Entre os cristãos, os Arcanjos são a transformação direta destes Cabires. Em hebreaico, dito nome significa "os poderosos", Gibborim. Antigamente, todas as divindades relacionadas com o fogo (fossem divinas, infernais ou vulcânicas) eran chamadas Cabirias. A voz Kabir é derivada do hebraico Habir, grande, e também de Kabar, um dos nomes de Vênus. Os Cabires são os mais elevados espíritos planetários, os maiores deuses e "os poderosos". Todos os Deuses de Mistérios eram Cabires. Os Mistérios dos Cabires em Hebron estavam presididos pelos sete deuses planetários, entre otros, por Júpiter e Saturno, e sob seus nomes de mistério. Tanto na Fenícia como no Egito foram sempre os sete planetas conhecidos na Antiguidade, os quais, juntamente com seu pai o Sol, ou seu "irmão maior", constituem um poderoso grupo de oito entidades; os oito poderes superiores, ou os assessores do Sol, que executavam ao redor deste a sagrada dança circular, símbolo da rotação dos planetas em torno do Sol. Na Samotrácia e nos mais antigos templos egípcios, os Cabires eram os grandes deuses cósmicos, os Siete e os Quarenta e Nove Fogos Sagrados; enquanto que nos santuários gregos seus ritos vieram a ser principalmente fálicos e, portanto, obscenos para o profano. Neste último caso, os Cabires eram três e quatro, ou sete (os princípios masculinos e femininos). São os Sagrados Fogos Divinos, três, sete ou quarenta e nove, segundo requer a alegoria, os Filhos do Fogo, Gênios do Fogo etc. Seu culto era universal e estava sempre relacionado com o fogo, razão pela qual o cristianismo fez deles deuses infernais. O título desses "grandes, benéficos e poderosos deuses" era genérico; eram de um e outro sexo, assim como eram também terrestres, celestes e cósmicos. Em seu caráter de Regentes da humanidade, encarnados como Reis das Dinastias Divinas, deram o primeiro impulso à civilização e encaminharam a mente com que haviam dotado aos homens para a invenção e o aperfeiçoamento de todas as artes e as ciências. A eles se atribui a invenção das letras (o devanâgarî, o alfabeto e linguagem dos deuses), das leis, da arquitetura, de várias espécies de magia, do emprego medicinal das plantas etc. A eles se deve o conhecimento da agricultura. Eram os Cabires divindades rodeadas de tão profundo e impenetrável mistério que a nenhum profano lhe estava permitido falar deles nem mesmo nomeá-los, e em Mênfis tinham um templo tão sagrado que ninguém além dos sacerdotes podia penetrar em seus recintos. Os Cabires presidiam os Mistérios e seu verdadeiro número jamais foi revelado, por ser muito sagrado seu significado oculto.
Kadam: [-Pa] (tib. Bka' Gdams [Pa]) Escola da Instrução Oral, escola Vajrayana tibetana fundada pelo monge indiano Atisha (980/90-1055), precursora da escola Gelug.
Kadosh: (hebr.) Sagrado. Leia Hajoth Ha Kadosh.
Kagyü: [-Pa] (tib. Bka' Rgyud [Pa]) Escola da Transmissão Oral, Escola Vajrayana tibetana fundada pelo monge Gampopa (1079-1153), centralizada nos ensinamentos Mahamudra.
Kaksisa: (babil.) Deus babilônico das estrelas, o deus Sírius, Deus-regente de toda a Via-Láctea.
Kalachacra: (neutro; tib. Dükyi Khorlo/Dus Kyi 'Khor Lo) Roda do Tempo; o Tantra mais complexo e popular do budismo Vajrayana tibetano. A roda (Chacra) de 16 raios (Kala), símbolo do universo e do tempo soberano, se emprega a vezes para designar o Buda das origens em algumas escolas tântricas.
Kali Yuga: (masculino) Quarto e último estágio do Ciclo Cósmico (Mahavântara, ou Mahamanvantara), Idade do Ferro, período que precede imediatamente a dissolução do universo ou de um planeta. Nosso planeta Terra encontra-se atualmente em Kali-Yuga, regida pela Deusa Káli ou Durga, representação da Divina Mãe Morte, ou seja, a Força Divina Feminina Destruidora das Ilusões Egóicas Interiores.
Kama: (masculino) Desejo (amor erótico), primeiro princípio graças ao qual se produz a união sexual do Senhor e sua companheira (Shiva e Shakti).
Kalpa: (sânscr.; páli Kappa) Período de tempo correspondente a 4.320.000 anos.
Kandroma: (tib. Mka' Gro Ma) Veja Dakini.
Kangyur-Tengyur: (ou Kandjur-Tandjur; tib. Bka' Gyur Bstan 'Gyur) Tradução da Palavra e Tradução do Ensinamento; o cânone do budismo tibetano.
Kannon: (jap.; chinês do sul Kwan Yin e chinês do norte Kun Yan) Veja Avalokiteshvara.
Kanzeon: (jap.) Veja Avalokiteshvara.
Karma: (neutro; sânscr.; páli Kamma; jap. Inga, Innen; tib. Le/ Las): Ato, obra, leis de ação e reação, segundo o hinduísmo e o budismo cada ato realizado pelo indivíduo produz um efeito e deixa um resíduo psíquico, a ser limpo nesta ou em vidas posteriores. A Lei de Ação e Reação é coordenada por determinadas divindades, chamadas de Anjos do Karma ou anida Senhores Kármicos, que regulam a chamada Balança Cósmica. Existem, para o gnosticismo, diversos templos do Karma atuando e distribuindo a Boa Lei conforme a Justiça e a Misericórdia de Deus. Os Regentes principais de todo o Sistema Solar são 43 mestre do Karma, sendo que um deles é o Venerável Mestre Anúbis.
Karmapa: (tib. Ka Rma Pa) Líder da escola tibetana Karma Kagyü.
Karuna: (feminino, sânscr. e páli) Compaixão; um dos quatro Brahma-Hiharas. Composição, virtude que de acordo com os budistas, impulsiona os Bodhisatvas a retardar voluntariamente sua entrada no Nirvana.
Katância: (sânscr.) Lei Cósmica. É o Karma Superior para os Deuses e os Adeptos. Lei aplicada aos mestres e Deuses das dimensões superiores.
Kaula: (masculino) Adepto do tantrismo (lê-se também Kula).
Keb: (egípcio) Deus de Heliópolis. Senhor do planeta Terra, o mesmo Melquisedeck da tradição hebraica.
Kebhsennuf: (egípcio) Veja Mestha, Hapi, Duamutef e Kebhsennuf.
Kekka-Fuza: (jap.; sânscr. Padmasana) Posição de lótus completa, com cada pé sobre a coxa oposta.
Kesa: (jap.; sânscr. Kasaya) Manto, parte do hábito utilizado pelos monges zen. Alegoriza os corpos existenciais solares do mestre.
Kether: (hebr.) A Coroa, o Ancião dos Dias, o Grande Rosto. O nome da primeira Séfira da tríade suprema e a mais elevada. É o emblema da unidade ou primeiro princípio originário da manifestação, a essência imanente e transcendente de todo o que existe; o punto dentro do círculo. Macroprosopus ou Face Maior ou Arikh Anpin.
Khabz: (egípcio) Raiz, Kha ou Khab Princípio humano. Morada Radiante.
Khonsu: (ou Khonsa; egípcio) Deus egípcio, filho de Ammon e Mut, personificação da manhã. É o Harpócrates tebano. Nas inscrições se o invoca como "sanador de enfermidades e exterminador de todo o mal". Igual que Hórus, oprime com o pé um crocodilo, emblema da noite e das trevas, ou Seb (Sebek), que é Tifón. Tem cabeça de falcão e leva o látego e o báculo de Osíris, o Tat e a Cruz Ansata.
Kin'hin: (jap.) Andar zen, praticado entre os períodos do Zazen.
Kirie: (grego) Kyrie. Senhor (invocação a Deus).
Kirie Abraxas: (grego) Kyrie. Invocação a Deus e Arquétipo supremo dos gnósticos. Simboliza ao Homem Completo, Cósmico. (Abraxas em Numerologia: 365 = Número das Moradas Celestes). Basílides, gnóstico que viveu em Alexandria no ano 90 d.C., empregava a voz Abraxas como um nome da Divindade, a suprema das Sete,ey como que dotada de 365 virtudes. Na numeração grega, a = 1, b = 2, r = 100, a = 1, x = 60, a = 1 e s = 200, o que forma um total de 365 dias do ano solar, um ciclo de ação divina. As gemas Abraxas representam geralmente um corpo humano com cabeça de galo, um dos braços carregando um escudo e no outro um látego (chicote sacrificial).
Kirie Eleison: (grego). Senhor, tem piedade. Invocação a Deus, solicitando compaixão, misericórdia.
Kirie Mitras: (grego). Mithra em persa. Invocação a um dos Gênios Mazdeus (persas), Espírito da Luz Divina; Princípio ativo, masculino. Antiga divindade iraniana, um Deus-Sol, como o demuestra o fato de ter cabeça de leão. Este nome existe igualmente em sânscrito, na Índia, e significa uma forma do Sol. O Mithra persa, o que expulsou do céu a Ahrimã, é uma espécie de Messias que, segundo se espera, voltará como juiz dos homens, e é um Deus que carrega os pecados e expia as iniqüidades da humanidade. Como tal, sem embargo, se acha diretamente relacionado com o Ocultismo supremo, cujos ensinamentos eram expostos durante os Mistérios Mitraicos, que assim levavam seu nombre. Esta divindade é o princípio mediador colocado entre o ben e o mal, entre Ormuzd e Ahrimã. Mithra é Khorschid, o primeiro dos Izeds, o dispensador de luz e de bens, mantenedor da harmonia no mundo e guardião protetor de todas as criaturas. Mithra é a força imanente do Sol, concebido como regulador do tempo, iluminador do mundo e agente da vida. Os Vedas confirmam essa interpretação do símbolo, e dá ao próprio tempo o primeiro sentido da fórmula cristã: Per quem omnia facta sunt, ou seja, "Pelo qual as coisas foram feitas todas as coisas".
Kirie Phale: (grego). Invocação ao Símbolo da Geração. Emblema da potência geradora masculina.
Klim Krishnaya, Govindaya, Gopijana, Vallabhaya, Swaha: (sânscr.) Mantra poderoso das Cinco Partes, entregue por Brahma aos Mestres de Sabedoria. Atrai a Luz dos Mundos do Cristo Cósmico e nos dá Proteção, Força e Iluminação. Este é um mantra do Pentagrama Esotérico.
Klim: (sânscr.) É a semente de atração da Força Crística Cósmica e do Amor no Lótus do Coração. Poderoso mantra.
Koan: (jap.; chin. Kung-An) Frase ou episódio zen que utiliza o paradoxo para transcender a lógica ou os preceitos mentais; utilizado especialmente pela escola nipônica Rinzai. É um artifício, geralmente verbal, para anular os conflitos e atitudes do corpo mental. Cada Koan não precisa Ter necessariamente uma resposta intelectual. A finalidade não é ter respostas, mas sim a iluminação da Consciência por meio de sua liberação do dualismo Mental.
Kouth Humi: Grande Mestre da Fraternidade Universal Branca. Habita junto com os mestres Moria e Djwal Khul um Vale do Tibet. É um Mestre da Força e também da Sabedoria, muito venerado no Ocidente. Samael o apresenta como um Mestre Cristificado. E o mestre Lakhsmi nos diz que é um dos mestres que atualmente trabalham em prol do povo gnóstico.
Kshitigarbha: (chin. Ti-T'sang; jap. Jizô) No budismo mahayana, o bodhisatva que nos protege dos tormentos, principalmente as crianças.
Krishna: Mestre indiano cristificado considerado como a oitava encarnação de Vishnu, uma das três forças da Trindade hindu. Foi um grande mestre na Índia, uns 3 mil anos antes de Cristo. Seu nome significa Azul, "porque veio do Céu, do éter". É um Cristificado e seu evangelho é análogo ao de Jesus. O Bhagavad Guita (O Cântico do Senhor) narra os ensinamentos que este dividia a seu discípulo Arjuna. Deus Supremo, destrói todo o mau. É o mais célebre Avatar de Vishnu, o "Salvador" dos hindus. É o oitavo Avatar, filho de Vasudeva (irmão de Kunti) e da Virgem Devaki; primo de Arjuna e sobrinho de Khansa, o Herodes hindu, que enquanto o buscava entre os pastores e vaqueiros que tinham oculto, matou milhares de suas crianças recém-nascidas. A história da concepção, nascimento e infância de Krishna é o verdadeiro protótipo da história relatada no Novo Testamento cristão. Representam-no em uma formosa figura, com o corpo pintado, cabelo negro fortemente brilhante e com quatro braços, tendo nas mãos uma maça, um disco chamejante, uma jóia e uma concha. Para escapar da perseguição de seu tio Khansa, o recém-nascido Krishna, foi posto sob o amparo de uma família de pastores que vivia do outro lado do rio Yamunâ. Desde muito jovem começou a predicar, e acompanhado de seus discípulos, percorreu a Índia ensinando a moral mais pura e obrando prodígios inauditos. Krishna morreu ao principiar o Kali Yuga, ou seja, há uns 5 mil anos, tendo seu corpo sido transpassado e cravado em uma árvore pela flecha de um caçador. Ao final da presente Idade, aparecerá de novo para destruir a iniqüidade e inaugurar uma Era de Justiça. No Bhagavad Gita, Krishna é a representação da Divindad Suprema, Âtman ou o Espírito Imortal, que descende para iluminar o homem e contribuir para a sua salvação. Por este motivo se lhe representa desempenhando a favor de Arjuna o papel de guia ou condutor de seu carro num campo de batalha (ou seja, a nossa vida); assim como Arjuna é a representação do homem, ou melhor dito, da Mônada humana.
Krishnamurti: (Jiddu) Pensador e conferencista indiano. Atuou na Sociedade Teosófica e foi o centro da Ordem da Estrela do Oriente, a qual depois dissolveu para atuar independentemente. Percorreu o mundo propagando sua particular mensagem, reproduzida em inúmeros livros. Sua mensagem propugna a liberação espiritual do homem e a busca de sua felicidade, por meio de uma mutação psicológica e a compreensão resultante do conhecimento de Si Mesmo. É uma espécie de Budismo Krishnamurtiano. Em numerosas obras, o mestre Samael menciona a Krishnamurti e o define como uma das poucas pessoas com Autoconceitos (já que nunca leu nada) e como uma das pessoas que melhor conheceram o Ego. Também nos narra sobre uma importante parte da história de sua vida, quando certos clarividentes da Sociedade Teosófica creram ver em Krishnamurti a reencarnação de Jesus Cristo. Samael também afirma que existe alguma ligação entre o bodhisatva Krishnamurti e o Deus da estrela Alcione, a principal das Plêiades.
Kuan-Hsi-Yin: (chinês) Veja Avalokiteshvara. Este é o mantra da Mãe Divina do Raio Chinês.
Kula: (neutro) Família, clã, nome secreto da obediência tântrica.
Kundalini: (sânscrito, feminino) Enroscada, nome da Serpente feminina que habita na "caverna" situada na base do corpo sutil (símbolo da energia cósmica Shakti, ou Mãe Divina, presente em todo ser vivente). Kundalini-Shakti, aspecto feminino, maternal, da Divindade. Poder serpentino eletroespiritual; energia cósmica vital do homem, fogo serpentino enroscado 3 vezes e meia, em espiral, no centro do chacra Muládhara, ou Básico, exatamente entre o ânus e o sexo. É o poder de vida; uma das forças da natureza; o poder que engendra certa luz naqueles que se disponham ao desenvolvimento espiritual. É um poder que só o conhecem os Iniciados; poder divino latente em todos os seres. Esta força, chamada também Poder Ígneo, é um dos místicos poderes do yogue, e é o Budhi considerado como princípio ativo; é uma força criadora que, uma vez despertada sua atividad, pode ascender pelo canal medular pelos méritos do Coração e criar tão facilmente como descender e formar o órgão Kundartiguador ou cauda de Satã, se o Iniciado não elimina dentro de sua psique o Ego.
Kung An: (chinês) Veja Koan.
Kwan Yin: (chinês) Veja Avalokiteshvara. É uma força cósmica, interna e externa, que representa a Misericórdia e a Clemência do Cristo Cósmico e da Mãe Cósmica. Kwan significa Ouvir, e Yin significa Ver. Ou seja, é Aquela que ouve nossas orações e vê nossas desgraças humanas e se compadece de nós.
Kyosaku: (jap.) No budismo zen, bastão utilizado para "despertar" os praticantes de Zazen com uma batida no ombro.
05 dezembro 2007
glossario - G
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