Nasceu em 9/01/1862, em Gênova, Itália e desencarnou em 24/06/1943, na mesma localidade.
Positivista dos mais eméritos, Bozzano apaixonou-se por todos os ramos do saber humano, entregrando-se ao estudo dos grandes filósofos. Dos postulados materialistas passou a esposar uma forma de materialismo dos mais intransigentes, o que levou a declarar mais tarde: "Fui positivista-materialista a tal ponto convencido, que me parecia inverossímel pudessem existir pessoas cultas, dotadas normalmente de sentido comum, que pudessem crer na existência e sobrevivência da alma".
Mais que experimentador foi um pesquisador, organizador e comentador (sob este aspecto freqüentemente considerado pouco crítico) dos fenômenos relativos à riquíssima literatura metapsíquica do seu tempo, na qual a relação dos visionários, dos crédulos, dos mitômanos e dos charlatães era, por larga margem, mais numerosa que a dos estudiosos sérios.
Dedicou-se primeiramente à filosofia científica, interessando-se sobretudo pelas idéias do inglês Herbert Spencer 1820-1903). Em 1891 começou a se ocupar da telepatia e do Espiritismo, assuntos que interessavam àquele tempo tanto estudiosos da Europa quanto da América. Neste ano o professor Ribot, diretor da "Revista Filsófica", informou-o do lançamento da revista "Anais das Ciências Psíquicas", dirigida pelo Dr. Darieux, sob a inspiração do professor Charles Richet. A sua primeira impressão sobre a revista foi desairosa, dado o fato de considerar verdadeiro escândalo a circunstância de representantes da ciência oficial discutirem seriamente a possibilidade da transmissão do pensamento de um a outro continente, da aparição de fantasmas e das casas mal-assombradas. O prof. Rosenbach de Peterburgo escrevera violento artigo na "Revista Filósofica", contra a introdução desse novo misticismo no domínio da psicologia oficial. Na edição subsequente, Richet refutou ponto por ponto, as afirmações errôneas de Rosenbach e as suas inconsistentes considerações, tendo esse artigo o mérito de convencer Bozzano. Nesses mesmos dias aparecia o famoso livro de Gurney, Podmore e Myers: "Fantasmas dos Vivos", relatando grande número de casos devidamente controlados e bem documentados. Os últimos resquícios de dúvida de Bozzano em torno da crença na existência de fenômenos telepáticos foram assim dissipados. Daí por diante dedicou-se, com fervor, ao estudo dos fenômenos espíritas, através das obras de Kardec, Léon Denis, Delanne, Gibier, Crookes, Wallace e outros.
Formou um grupo com a participação do dr. Giuseppe Venzano, Luigi Vassalo e os professores Enrique Morselli e francisco Porro, da Universidade de Genova. No decurso de cinco anos consecutivos, esse grupo deu o que falar à imprensa italiana e estrangeira, pois praticamente havia se obtido a realização de quase todos os fenômenos, culminando com a materialização de seis espíritos perfeitamente visíveis, e com a mais rígida comprovação.
Dentre as mais de trinta e cinco obras escritas, citamos "A Crise da Morte", A Hipótese Espírita e as teorias Científicas", "Animismo ou Espiritismo", "Comunicações Mediúnicas entre Vivos", "Pensamento e Vontade", "Fenômeno de Transfiguração", "Metapsíquica Humana", "Os Enigmas da Psicometria", "Fenômenos de Talestesia", etc.
O seu devotamento ao trabalho fez com que se tornasse, de direito e de fato, um dos mais salientes pesquisadores dos fenômenos espíritas, impondo-se pela projeção do seu nome e pelo acendrado amor que dedicou à causa que havia esposado e que havia defendido com todas as forças de sua convicção inabalável.
Um fato novo veio contribuir para robustecer a sua crença no Espiritismo.
A desencarnação de sua mãe, em julho de 1912, serviu de ponte para demonstração da sobrevivência da alma.
Bozzano realizava nessa época sessões semanais com um reduzido grupo e com a participação de famosa médium.
Realizando uma sessão na data em que se dava o transcurso do primeiro ano da desencarnação de sua genitora, a médium escreveu umas palavras num pedaço de papel, as quais, depois de lidas por Bozzano o deixara assombrado.
Ali estavam escritos os dois últimos versos do epitáfio que naquele mesmo dia ele havia deixado no túmulo de sua mãe.
Até sua morte, esse estudioso solitário, que tinha dedicado grande parte da sua vida à tentativa de dar ao espiritismo um caráter científico, deixou uma biblioteca de metapsíquica das mais ricas da Europa, hoje conservada pela "Fondazione Biblioteca Bozzano - De Boni", de Bolonha.
Positivista dos mais eméritos, Bozzano apaixonou-se por todos os ramos do saber humano, entregrando-se ao estudo dos grandes filósofos. Dos postulados materialistas passou a esposar uma forma de materialismo dos mais intransigentes, o que levou a declarar mais tarde: "Fui positivista-materialista a tal ponto convencido, que me parecia inverossímel pudessem existir pessoas cultas, dotadas normalmente de sentido comum, que pudessem crer na existência e sobrevivência da alma".
Mais que experimentador foi um pesquisador, organizador e comentador (sob este aspecto freqüentemente considerado pouco crítico) dos fenômenos relativos à riquíssima literatura metapsíquica do seu tempo, na qual a relação dos visionários, dos crédulos, dos mitômanos e dos charlatães era, por larga margem, mais numerosa que a dos estudiosos sérios.
Dedicou-se primeiramente à filosofia científica, interessando-se sobretudo pelas idéias do inglês Herbert Spencer 1820-1903). Em 1891 começou a se ocupar da telepatia e do Espiritismo, assuntos que interessavam àquele tempo tanto estudiosos da Europa quanto da América. Neste ano o professor Ribot, diretor da "Revista Filsófica", informou-o do lançamento da revista "Anais das Ciências Psíquicas", dirigida pelo Dr. Darieux, sob a inspiração do professor Charles Richet. A sua primeira impressão sobre a revista foi desairosa, dado o fato de considerar verdadeiro escândalo a circunstância de representantes da ciência oficial discutirem seriamente a possibilidade da transmissão do pensamento de um a outro continente, da aparição de fantasmas e das casas mal-assombradas. O prof. Rosenbach de Peterburgo escrevera violento artigo na "Revista Filósofica", contra a introdução desse novo misticismo no domínio da psicologia oficial. Na edição subsequente, Richet refutou ponto por ponto, as afirmações errôneas de Rosenbach e as suas inconsistentes considerações, tendo esse artigo o mérito de convencer Bozzano. Nesses mesmos dias aparecia o famoso livro de Gurney, Podmore e Myers: "Fantasmas dos Vivos", relatando grande número de casos devidamente controlados e bem documentados. Os últimos resquícios de dúvida de Bozzano em torno da crença na existência de fenômenos telepáticos foram assim dissipados. Daí por diante dedicou-se, com fervor, ao estudo dos fenômenos espíritas, através das obras de Kardec, Léon Denis, Delanne, Gibier, Crookes, Wallace e outros.
Formou um grupo com a participação do dr. Giuseppe Venzano, Luigi Vassalo e os professores Enrique Morselli e francisco Porro, da Universidade de Genova. No decurso de cinco anos consecutivos, esse grupo deu o que falar à imprensa italiana e estrangeira, pois praticamente havia se obtido a realização de quase todos os fenômenos, culminando com a materialização de seis espíritos perfeitamente visíveis, e com a mais rígida comprovação.
Dentre as mais de trinta e cinco obras escritas, citamos "A Crise da Morte", A Hipótese Espírita e as teorias Científicas", "Animismo ou Espiritismo", "Comunicações Mediúnicas entre Vivos", "Pensamento e Vontade", "Fenômeno de Transfiguração", "Metapsíquica Humana", "Os Enigmas da Psicometria", "Fenômenos de Talestesia", etc.
O seu devotamento ao trabalho fez com que se tornasse, de direito e de fato, um dos mais salientes pesquisadores dos fenômenos espíritas, impondo-se pela projeção do seu nome e pelo acendrado amor que dedicou à causa que havia esposado e que havia defendido com todas as forças de sua convicção inabalável.
Um fato novo veio contribuir para robustecer a sua crença no Espiritismo.
A desencarnação de sua mãe, em julho de 1912, serviu de ponte para demonstração da sobrevivência da alma.
Bozzano realizava nessa época sessões semanais com um reduzido grupo e com a participação de famosa médium.
Realizando uma sessão na data em que se dava o transcurso do primeiro ano da desencarnação de sua genitora, a médium escreveu umas palavras num pedaço de papel, as quais, depois de lidas por Bozzano o deixara assombrado.
Ali estavam escritos os dois últimos versos do epitáfio que naquele mesmo dia ele havia deixado no túmulo de sua mãe.
Até sua morte, esse estudioso solitário, que tinha dedicado grande parte da sua vida à tentativa de dar ao espiritismo um caráter científico, deixou uma biblioteca de metapsíquica das mais ricas da Europa, hoje conservada pela "Fondazione Biblioteca Bozzano - De Boni", de Bolonha.
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Obras Principais:
(alguns dos títulos listados são publicações póstumas)
- Hipótese espírita e teoria científica, 1903;
- Dos casos de identificação espírita, 1909;
- Em defesa do Espiritismo, 1927;
- A Crise da Morte, 1930-52;
- Investigação sobre as manifestações supranormais, 1931-40;
- Xenoglossia, 1933;
- Dos fenômenos de bilocação, 1934;
- Dos fenômenos de possessão, 1936;
- Animismo ou espiritismo?, 1938;
- Povos primitivos e manifestações paranormais, 1941-46;
- Dos fenômenos de telestesia, 1942;
- Música transcendental, 1943;
- De mente a mente, 1946;
- Os mortos voltam, 1947;
- Literatura de além-túmulo, 1947;
- As visões dos moribundos, 1947;
- Luzes no futuro, 1947;
- Guerra e profecias, 1948;
- A psique domina a matéria, 1948;
- Os animais têm alma?, 1950;
- Pensamento e vontade, 1967;
- Os fenômenos de transfiguração, 1967.