22 maio 2015

O suicídio de Amanda Todd


Ultimamente, tem havido uma grande polémica que gira à volta de um vídeo em que aparecem várias raparigas a agredir um rapaz, que se mostra totalmente sem reação. A isso, dá-se o nome de uma palavra estrangeira muito bem conhecida como Bullying. Nesta postagem, vou dar-vos a conhecer um dos casos de bullying mais documentados no mundo, principalmente pelas consequências que refletiu na vítima.

Amanda Michelle Todd (27 de novembro de 1996 - 10 de outubro de 2012), foi uma rapariga canadense que cometeu suicídio na sua casa, em Port Coquitlam, aos 15 anos de idade. Antes de se suicidar, ela colocou um vídeo no Youtube, em que é vista a pegar em vários cartões com mensagens escritas e a mostrá-los para o espetador. Neles, ela tinha escrito a sua experiência enquanto vítima de bullying: agressão física e psicológica. Ela conta também que foi chantajada a ponto de ter de mostrar as suas mamas pela webcam. O vídeo tornou-se viral após a sua morte e captou a atenção da mídia internacional.

O vídeo foi colocado no Youtube a 7 de setembro de 2012 e possui como título, a frase "My Story: Struggling, bullying, suicide and self-harm". Tem nove minutos. No dia 13 de outubro (após a morte de Amanda), o vídeo já tinha um milhão e 600 mil visualizações.
Durante o vídeo, Amanda alega que quando andava no sétimo ano de escolaridade, entre 2009 e 2010, mais ou menos na mesma altura em que ela mudou de casa com o seu pai, ela usava chats em vídeo para comunicar com outras pessoas pela internet. Eis que apareceu um estranho, que tentou convencer Amanda a mostrar-lhe as suas mamas, mas ela não o fez. Após um ano de tentativas semelhantes por parte desse estranho, ele fez uma chantagem com a rapariga, alegando que iria mostrar fotografias dela em topless aos seus amigos, a não ser que Amanda fizesse o que lhe foi pedido.
Depois, ela escreveu que durante as férias do Natal em 2010, a polícia foi a casa dela de madrugada e informou-a que a tal fotografia estava a circular pela internet. Aí, ela sentiu-se deprimida e em pânico, por ter sido sexualmente explorada e vítima de cyberbullying. Mais tarde, a sua família mudou-se para uma nova casa, onde Amanda alegou que tinha começado a usar drogas e a consumir bebidas alcoólicas.

Um ano depois, o tal indivíduo reapareceu e tinha criado um perfil no Facebook em que as mamas de Amanda eram a sua foto de perfil. Ele começou também a divulgar, aos seus colegas, que ela estava numa escola nova. De novo, Amanda começou a ser humilhada e mudou de escola uma segunda vez.
Ela também escreveu que começou a falar com um "velho amigo", que, por sua vez, foi o primeiro a iniciar o contato entre os dois. Ele convidou Amanda para ir a sua casa e acabaram por fazer sexo, enquanto a namorada do rapaz estava de férias. Na semana seguinte, a namorada dele e um grupo com cerca de 15 membros atacou Amanda na escola, insultando-a, enquanto a outra rapariga a esmurrava. Depois do ataque, ela tentou suicidar-se, ao beber lixívia, mas foi socorrida pelos médicos a tempo e sobreviveu.

Depois de regressar a casa, Amanda leu várias mensagens acerca da sua tentativa de suicídio falhada no Facebook. Em março de 2012, a sua família mudou-se para outra cidade para "começar tudo de novo", porém, a rapariga não conseguia esquecer o passado, fazendo com que o seu estado mental piorasse. Isso desencadeou em auto-mutilações (cortes no corpo, neste caso). Embora tenha começado a tomar anti-depressivos recomendados e a receber auxílio e conselhos, sofreu uma overdose por causa dos comprimidos e foi hospitalizada durante dois dias.

Na escola, Amanda era "apunhalada" pelos seus colegas devido às suas más notas, em consequência de uma incapacidade de aprendizagem rápida e pelo tempo em que ela esteve de baixa, a curar a sua depressão. Depois de ela ter saído do hospital, alguns miúdos começaram a chamar-lhe "psicopata", alegando que ela esteve num manicómio para se tratar.
Por volta da meia-noite (no horário europeu), Amanda foi encontrada morta no seu quarto. Cometeu suicídio por enforcamento.

Em janeiro de 2014, as autoridades holandesas prenderam um homem que esteve envolvido em vários casos de exploração sexual infantil na Holanda, Canadá e Reino Unido. Em abril do mesmo ano, a polícia holandesa acusou um homem de 35 anos, de dupla nacionalidade (holandês/turco), identificado como "Aydin C.", de casos de abusos sexuais, sedução sexual pela internet e distribuição e possessão de amostras de pornografia infantil. Amanda Todd foi uma das suas vítimas, junto com outras crianças, tanto de sexo feminino como masculino. A organização canadense Cybertip.ca alegou que recebeu um aviso de Amanda quase um ano antes do seu suicídio. Este grupo também recebeu a informação de que as imagens de Amanda estavam a circular pela internet. Esta informação foi enviada para a polícia.

Agora, algum de vocês é vítima de bullying? Coloquem então "os pontos nos I's" antes que vos ocorra algo deste género. E no caso de alguém ser praticante de bullying, é melhor ter cuidado, a não ser que queira passar um bom tempinho atrás das grades e a apanhar sabonetes.


Adaptado de: wikipedia




via @notiun

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