Novas pesquisas sugeriram que a localização de Machu Picchu na interseção de linhas de falha geológica não é coincidência.
Construído no alto da Cordilheira dos Andes pela civilização inca há mais de 500 anos, Machu Picchu continua sendo uma das atrações turísticas mais fascinantes e populares de todo o Peru.
Embora haja muito que os arqueólogos ainda não tenham entendido sobre esse lugar notável, um estudo recente ajudou a esclarecer as razões pelas quais seus construtores escolheram um local tão remoto.
Acontece que a resposta tem tudo a ver com geologia e, em particular, com a localização de Machu Picchu em linhas de falha que se cruzam, o que teria proporcionado uma infinidade de benefícios.
Uma dessas vantagens seria a disponibilidade de granito que já havia sido dividido em pedaços, tornando o local ideal para a construção de uma cidade de pedra tão elaborada.
As estruturas em si também estavam alinhadas na mesma direção que as falhas.
“A localização de Machu Picchu não é uma coincidência”, disse Rualdo Menegat, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
“A intensa fratura ali predispôs as rochas a romperem os mesmos planos de fraqueza, o que reduziu bastante a energia necessária para escavá-las. Seria impossível construir um local nas montanhas altas se o substrato não fosse fraturado”.
Além disso, as linhas de falha provavelmente teriam ajudado a direcionar a água potável na forma de derretimento de neve perto da cidade, bem como a evitar inundações, permitindo que o excesso de água fosse drenado.
Considerando tudo, parece que Machu Picchu estava de fato perfeitamente posicionado.
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