O que verdadeiramente trazemos de outras vidas para a existência atual? E se elas de fato existem (ou existiram), por qual motivo não nos lembramos de nossas outras vidas?
O fato é que, apesar de ser um dos cernes do espiritismo, a ideia de que nossas almas imortais já vivenciaram inúmeras outras vidas é bem antiga, de pelo menos três mil anos atrás.
Desde culturas muito ancestrais e tradicionais como a grega, a indiana e a celta, questionamentos como "existe alguma perspectiva além de nossos túmulos?" ou "será que a morte é realmente o fim de nossas existências?" já permeavam debates calorosos, impregnados de muita fé e misticismo.
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Por que tantas pessoas acreditam no conceito de outras vidas e na ideia de reencarnação?
Acreditar na existência de outras vidas é fonte de esperança para muitas pessoas, uma vez que a lei do carma (das boas e más ações), que rege todo o conceito de reencarnação, oferece um senso de justiça e conforto no que diz respeito a um tema tão delicado como a morte.
Funciona da seguinte maneira: se nós não acertarmos nesta existência, se cometermos equívocos dos quais nos arrependermos, podemos nos redimir em outras vidas.
Ou seja, viver outras vidas é a chance divina de redenção, de reparar erros e evoluir enquanto espíritos. Receber perdão se causamos sofrimento ou conforto caso o tenhamos experimentado.
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Algumas das dúvidas mais recorrentes sobre outras vidas e seus respectivos esclarecimentos
Com qual finalidade Deus permite que vivamos outras vidas?
Na verdade, o conceito de outras vidas coloca grau de equilíbrio as alegrias e injustiças do mundo: nascer rico ou pobre, saudável ou com deficiências físicas, morrer jovem ou viver até os cem anos de idade, etc.
As reencarnações em outras vidas é que possibilitam que a alma adquira o equilíbrio ideal, intelectualmente e espiritualmente.
Por que não nos lembramos de nossas outras vidas?
O trauma do nascimento é que nos faz esquecer tudo sobre nossas existências anteriores.
A finalidade deste esquecimento é evitar que lembranças de outras vidas nos influenciem negativamente ou nos perturbe, causando uma perda de foco na existência presente e em todas as questões que ela envolve.
Se não nos lembramos de nossas outras vidas, o que de fato trazemos delas para a existência presente?
O que ficam de outras vidas, mesmo que de maneira inconsciente, são traços de caráter, personalidade, qualidades, dons e habilidades, como a predisposição para a música e para o esporte, por exemplo.
Quantas outras vidas nós teremos ao todo?
Não é possível cravar exatamente o número de reencarnações de cada alma, uma vez que é a trajetória evolutiva particular de cada um que vai definir essa questão. O tempo que se passa entre uma existência e outra também é variável.
Quem atinge o estágio de evolução ideal da alma, não volta a viver outras vidas?
É um consenso entre especialistas do espiritismo e outras religiões que, uma vez que a alma obtenha o equilíbrio ideal, novas reencarnações não se fazem necessárias, a não ser para missões de grande importância para a coletividade humana, como a vinda de grandes santos e mestres espirituais, por exemplo.
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