- A Terra é mais lisa que uma bola de bilhar.
É possível que você já tenha ouvido a afirmação de que se a Terra fosse reduzida ao tamanho de uma bola de bilhar seria inclusive mais lisa que esta.
Uma bola de bilhar tem aproximadamente 5.7 cm de diâmetro com um desvio de +/- 0.01 cm. Tendo em conta que a Terra tem um diâmetro de 12.735 quilômetros, e sem contar mares e montanhas, poderia ser dito que nosso planeta é bastante liso.
Mas o mais surpreendente é que ainda contando com o ponto mais alto, Everest (8.850 m), e o mais profundo a fossa das Marianas, -11.000m), os parâmetros da Terra estariam dentro do aceitável para uma bola de bilhar, assim que por sua vez a lenda urbana é verdadeira. - A Terra é abaulada.
Muito bem, a Terra é lisa, mas é suficientemente redonda?
Como todos sabem, nosso planeta não é uma esfera perfeita, e isso se deve a seu próprio movimento giratório. A força centrífuga provoca que o planeta se curve ligeiramente em forma de esferóide oblato, de maneira que se medirmos o diâmetro entre os polos e o compararmos com o diâmetro do Equador, obtém-se uma diferença de 42,6 quilômetros. E isso é muito mais do que admitiríamos para uma bola de bilhar. - A Terra não é tão abaulada.
No entanto, dizer que a Terra é um esferóide oblato pode ser um exagero. Para definir sua forma devemos levar em conta as forças gravitacionais do Sol e da Lua.
Nosso satélite, por exemplo, é capaz de elevar até um metro o nível do mar e "é possível" que uns 30 centímetros de terra firme. Esta força é muito menos potente que a da rotação da Terra, mas segue existindo.
Outras forças que atuam sobre nosso planeta são a pressão causada pelo peso dos continentes ou a elevação que provocam as placas tectônicas, mas em resumo, ainda que não seja uma esfera perfeita, se a segurássemos numa mão como se fosse uma bola de bilhar, dificilmente perceberíamos a diferença. - A Terra também não é exatamente um geóide.
Se concluímos que a Terra é um objeto com forma "quase esférica ainda que com um ligeiro achatamento em seus pólos", então deveríamos afirmar sem medo que se trata de um geóide. Mas também não é. Ao menos exatamente.
Se nosso planeta estivesse completamente coberto por água, o que não demorará muito a acontecer do jeito que vamos, então a superfície seria um geóide. Mas como os continentes não são tão dúcteis, a forma da Terra só se aproxima ao de um geóide.
Para solucionar este assunto, entre outros, foi enviado ao espaço um satélite chamado GOCE que explorará as forças gravitacionais e a forma do planeta. - Que aconteceria se saltássemos num buraco que atravessasse o planeta pelo núcleo?
Morreríamos, evidentemente. Mas vamos supor que fossemos feitos de algum material mágico que nos permitisse sobreviver à queda de 13.000 km, demoraríamos 20 minutos em chegar ao interior da Terra e outros 20 minutos em chegar ao exterior pelo outro extremo.
O problema é que antes de chegarmos à superfície voltaríamos a cair, e esta viagem de ida e volta se repetiria uma e outra vez durante toda a eternidade. - Por que o interior da Terra é quente?
A primeira fonte de calor remonta-se à formação de nosso planeta: o choque dos primeiros planetas teria provocado uma quantidade de energia suficiente para transformar nossa incipiente Terra numa bola de fogo. A contração provocada pela gravidade teria gerado um segundo aumento da temperatura, ao que há que somar o deslocamento dos metais mais pesados para o núcleo e a presença de elementos radioativos, como o urânio.
Sem esquecer, ademais, que a crosta terrestre é um excelente isolante, capaz de conservar o calor durante os últimos 4 bilhões de anos. - A Terra tem ao menos cinco satélites naturais.
Bom, em realidade não. Além da Lua, há outros quatro objetos, ao menos, que têm sua órbita relacionada à da Terra no sistema solar, mas não são propriamente satélites.
O maior de todos estes objetos, Cruithne, tem 5 quilômetros de diâmetro e traça uma órbita realmente estranha desde nosso ponto de vista.
Este asteróide, como os outros três, órbita em realidade ao redor do Sol e, de acordo com a Wikipédia, "compartilha a órbita da Terra de maneira não estável, isto é, não será assim para sempre, com um movimento tal que impede que se choque contra ela, ao menos nos próximos milhões de anos". Melhor bater 3 vezes na madeira. - A Terra está engordando.
Em sua viagem ao redor do Sol, nosso planeta está levando adiante ingentes quantidades de lixo estelar, desde pequenos asteróides até o pó cósmico que vemos cruzar o céu nas noites de verão.
Ao todo, a cada dia caem a nosso planeta de 20 a 40 toneladas deste material, suficiente para encher um edifício de seis andares ao longo de um ano.
Esta quantidade representa só o 0.0000000000000000006% da massa de nosso planeta e seriam necessários 450.000 trilhões de anos para dobrar a massa da Terra deste modo.
Apesar de que é pouco, e de que a atmosfera também perde massa por sua vez, o balanço é positivo para a Terra e podemos dizer que ela está, a cada dia, mais gordinha. - O monte Everest não é a montanha mais alta.
Se medimos a altura de uma montanha em termos mais justos, os 8.850 metros do Everest não bastariam para creditar-lhe como o maior do planeta, dado que o vulcão Mauna Kea, no Hawai, mede 10.314 metros desde sua base, nas profundidades marinhas, até o cume.
Só sobressai 4.205 metros sobre o nível do mar, mas se considerarmos o todo é bem maior que o Everest e ademais tem um observatório em seu cume. - Destruir a Terra é bastante complicado.
O que seria necessário para vaporizar um planeta como a Terra? Se definimos vaporizar como transformar em pedaços tão pequenos que se dispersem e não possam se unir de novo pela gravidade, a quantidade de energia necessária seria descomunal.
Se quiséssemos desintegrar a Terra mediante bombas nucleares, por exemplo, seria necessário um grande arsenal e um montão de tempo. Se explodíssemos todas as bombas nucleares existentes em nosso planeta a cada segundo, levaria 160 mil anos para converter a Terra numa nuvem de gás no espaço.
Inclusive as grandes colisões estelares não bastam para desmaterializar um planeta. A Terra recebeu o impacto de um objeto do tamanho de Marte há vários milhões de anos e o lixo resultante formou a Lua, mas não nos apagou do mapa. É por isto que o raio da Estrela da Morte em Star Wars não é ficção científica, senão simples fantasia. A quantidade de energia necessária para desintegrar um planeta é muito elevada, inclusive para o Lado Negro da Força.
Outras dez coisas que talvez não saiba sobre a Terra - Metamorfose Digital
muito legal esse capitulo!!!
ResponderExcluirparabéns!