28 fevereiro 2008

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24 fevereiro 2008

A História de José, o Carpinteiro


Narrada por Jesus a seus apóstolos.
Esta é a história da morte de José, conforme foi narrada pelo Senhor Jesus a seus apóstolos. Escrita no Egito, por volta do século 4 d.C., chegou até os tempos atuais apenas em uma versão copta e outra árabe, com algumas poucas diferenças.
Neste texto, o Senhor Jesus conta a história de José, o carpinteiro, cujo ofício era o de manufaturar arados e cangas. Fala de seus sentimentos, quando da aproximação da morte, avisado que foi por um anjo.
A narração da agonia e da morte de José é enriquecida por detalhes interessantes, como o da aproximação da morte, juntamente com seu séquito, inclusive com a presença do diabo.
Alguns detalhes importantes são apresentados, como o nome dos filhos e a idade de José, quando de seu casamento com Maria, enquanto que outros, como episódios da infância de Cristo, confirmam o que é apresentado nos Evangelhos de Pedro, Tiago e Tomé, sobre a Infância do Salvador. Importante alusão, no final do texto, é feita ao Anticristo, cuja vinda convulsionará todas as nações.
Quando nosso Salvador contou a vida de José, o Carpinteiro, a nós, os apóstolos, reunidos no Monte das Oliveiras, escrevemos sua palavras e depois guardamo-las na biblioteca de Jerusalém. Além disso, deixamos consignado que o dia no qual o santo ancião separou-se do seu corpo: foi do dia 26 de Epep, na paz do Senhor. Amém.
Jesus Fala a Seus Apóstolos.
Estava um dia nosso bom Salvador no Monte das Oliveiras, com os discípulos a sua volta e dirigiu-se a eles com estas palavras:
- Meus queridos irmãos, filhos de meu amado Pai, escolhidos por Ele entre todos do mundo! Bem sabeis o que tantas vezes vos repeti: é necessário que eu seja crucificado e que experimente a morte, que ressuscite dentre os mortos e que vos transmita a mensagem do Evangelho para que vós, de vossa parte, o pregueis por todo o mundo.
Farei descer sobre vós uma força do alto, a qual vos impregnará com o Espírito Santo, para que vós, finalmente, pregueis para todas as pessoas desta maneira: fazei penitência! Porque vale mais um copo d'água na vida vindoura do que todas as riquezas deste mundo. Vale mais pôr somente o pé na casa de meu Pai que toda a riqueza deste mundo.
Mais ainda: vale mais uma hora de regozijo para os justos que mil anos para os pecadores, durante os quais hão de chorar e lamentar, sem que ninguém preste atenção nem console seus gemidos. Quando, pois, meus queridos amigos, chegue a hora de ir-vos, pregai, que meu Pai exigirá contas com Balança Justa e Equilibrada e examinará até as palavras inúteis que possais haver dito.
Assim como ninguém pode escapar à mão da morte, da mesma maneira ninguém pode subtrair-se de seus próprios atos, sejam eles bons ou maus. Além disso, vos tenho dito muitas vezes, e, repito agora, que nenhum forte poderá salvar-se por sua própria força e nenhum rico, pelo tamanho da sua riqueza. E agora, escutai, que narrar-vos-ei a vida de meu pai José, o abençoado ancião carpinteiro.
Viuvez de José.
Havia um homem chamado José, que veio de Belém, essa vila judia que é a cidade do rei Davi. Impunha-se pela sua sabedoria e pelo seu ofício de carpinteiro. Este homem, José, uniu-se em santo matrimônio com uma mulher que lhe deu filhos e filhas: quatro homens e duas mulheres, cujos nomes eram: Judas, Josetos, Tiago e Simão. Suas filhas chamavam-se Lísia e Lídia.
A esposa de José morreu, como está determinado que aconteça a todo homem, deixando seu filho Tiago ainda menino de pouca idade. José era um homem justo e dava graças a Deus em todos os seus atos. Costumava viajar para fora da cidade com freqüência para exercer o ofício de carpinteiro, em companhia de dois de seus filhos mais velhos, já que vivia do trabalho de suas mãos, conforme o que estabelecia a Lei de Moisés.
Esse homem justo, de quem estou falando, é José, meu pai segundo a carne, com quem se casou na qualidade de consorte, minha mãe, Maria.
Maria no Templo.
Enquanto meu pai José permanecia viúvo, minha mãe, a boa bendita entre as mulheres, vivia por sua parte no Templo, servindo a Deus em toda a santidade.
Havia já completado 12 anos. Passara os seus três primeiros anos na casa de seus pais e os nove restantes no templo do Senhor.
Ao ver que a santa donzela levava uma vida simples e plena de temor a Deus, os sacerdotes conservaram entre si e disseram:
- Busquemos um homem de bem e celebremos o casamento com ele, até que chegue o momento de seu matrimônio. Que não seja por descuido nosso que lhe sobrevenha o período da sua purificação no Templo, nem que venhamos a incorrer em um pecado grave.
Bodas de Maria e José.
Convocaram, então, as tribos de Judá e escolheram entre elas 12 homens, correspondendo ao número das 12 tribos. A sorte recaiu sobre o bom velho José, meu pai, segundo a carne.
Disseram os sacerdotes a minha mãe, a Virgem:
- Vai com José e permanece submissa a ele, até que chegue a hora de celebrar teu matrimônio.
José levou Maria, minha mãe, para sua casa. Ela encontrou o pequeno Tiago na triste condição de órfão e o cobriu de carinhos e cuidados. Esta foi a razão pela qual a chamaram Maria, a mãe de Tiago.
Depois de tê-la acomodado em sua casa, José partiu para o local onde exercia o ofício de carpinteiro. Minha mãe Maria viveu dois anos em sua casa, até que chegou o feliz momento.
A ENCARNAÇÃO.
No décimo quarto ano de idade, Eu, Jesus, vossa vida, vim habitar nela por meu próprio desejo. Aos três meses de gravidez o solícito José voltou de suas ocupações. Ao encontrar minha mãe grávida, preso à turbação e ao medo, pensou secretamente em abandoná-la.
Foi tão grande o desgosto que não quis comer nem beber naquele dia.
Visão de José.
Eis, porém, que durante a noite, mandado por meu Pai, Gabriel, o arcanjo da alegria, apareceu-lhe numa visão e lhe disse:
- José, filho de Davi, não tenhas cuidado em admitir Maria, tua esposa, em tua companhia. Saberás que o que foi concebido em seu ventre é fruto do Espírito Santo. Dará, então, à luz um filho, a quem tu porás o nome de Jesus. Ele apascentará os povos com o cajado de ferro.
Dito isso, o anjo desapareceu. José, voltando do sono, cumpriu o que lhe havia sido ordenado, admitindo Maria consigo.
Viagem a Belém
Então o imperador Augusto fez proclamar que todos deveriam comparecer ao recenseamento, cada um conforme seu lugar de origem. Também o bom velho se pôs a caminho e levou Maria, minha virgem mãe, até a sua cidade de Belém.
Como o parto já estava próximo, ele fez o escriba anotar seu nome da seguinte maneira:
- José, filho de Davi, Maria, sua esposa, e seu filho Jesus, da tribo de Judá.
Maria, minha mãe, trouxe-me ao mundo quando retornava de Belém, perto do túmulo de Raquel, a mulher do patriarca Jacó, a mãe de José e Benjamim.
Fuga para o Egito.
Satanás deu um conselho a Herodes, o Grande, pai de Arqueleu, aquele que fez decapitar meu querido parente João. Ele me procurou para tirar-me a vida, porque pensava que meu reino era deste mundo. Meu Pai manifestou isso a José, numa visão, e este pôs-se imediatamente em fuga levado consigo a mim e a minha mãe, em cujos braços eu ia deitado.
Salomé também nos acompanhava. Descemos até o Egito e ali permanecemos por um ano, até que o corpo de Herodes foi presa da corrupção, como castigo justo pelo sangue dos inocentes que ele havia derramado e dos quais já nem se lembrava.
Retorno à Galiléia
Quando o iníquo Herodes deixou de existir, voltamos a Israel e fomos viver em uma vila da Galiléia chamada Nazaré. Meu pai José, o bendito ancião, continuava exercendo o ofício de carpinteiro, graças a que podíamos viver.
Jamais poder-se-á dizer que ele comeu seu pão de graça, mais sim que se conduzia de acordo com o prescrito na lei de Moisés.
Velhice de José
Depois de tanto tempo, seu corpo não se mostrava doente, nem tinha a vista fraca, nem havia sequer um só dente estragado em sua boca. Nunca lhe faltou a sensatez e a prudência e sempre conservou intacto o seu sadio juízo, mesmo já sendo um venerável ancião de cento e onze anos.
Obediência de Jesus
Seus dois filhos Josetos e Simão casaram-se e foram viver em seus próprios lares. Da mesma forma, suas duas filhas casaram-se, como é natural entre os homens, e José ficou com o seu pequeno filho Tiago. Eu, da minha parte, desde que minha mãe trouxe-me a este mundo, estive sempre submisso a ele como um menino e fiz o que é natural entre os homens, exceto pecar.
Chamava Maria de minha mãe e José de meu pai. Obedecia-os em tudo o que me pediam, sem ter jamais me permitido replicar-lhes com uma palavra, mas sim mostrar-lhes sempre um grande carinho.
Frente à Morte
Chegou, porém, para meu pai José, a hora de abandonar este mundo, que é a sorte de todo homem mortal.
Quando seu corpo adoeceu, veio um de Deus anjo anunciar-lhe:
- Tua morte dar-se-á neste ano.
Sentindo sua alma cheia de turbação, ele fez uma viagem até Jerusalém, entrou no templo do Senhor, humilhou-se diante do altar e orou desta maneira:
ORAÇÃO de José.
- Ó Deus, pai de toda misericórdia e Deus de toda carne, Senhor da minha alma, de meu corpo e do meu espírito! Se é que já se cumpriram todos os dias da vida que me deste neste mundo, rogo-te, Senhor Deus, que envies o Arcanjo Michael para que fique do meu lado, até que minha desditada alma saia do corpo sem dor nem turbação. Porque a morte é para todos causa de dor e turbação, quer se trate de um homem, de um animal doméstico ou selvagem, ou ainda de um verme ou um pássaro.
Em uma palavra, é muito dolorosa para todas as criaturas que vivem sob o céu e que alentam um sopro de espírito para suportar o transe de ver sua alma separada do corpo. Agora, meu Senhor, faz com que o teu anjo fique do lado da minha alma e do meu corpo e que esta recíproca separação se consuma sem dor. Não permitas que aquele anjo que me foi dado no dia em que saí de teu seio volte seu rosto irado para mim ao longo deste caminho que empreendi até vós, mas sim que ele se mostre amável e pacífico.
Não permitas que aqueles cujas faces mudam dificultem a minha ida até vós. Não consintas que minha alma caia em mãos do cérbero e não me confundas em teu formidável tribunal. Não permitas que as ondas deste rio de fogo, nas quais serão envolvidas todas as almas antes de ver a glória de teu rosto, voltem-se furiosas contra mim. Ó Deus, que julgais a todos na Verdade e na Justiça, oxalá tua misericórdia sirva-me agora de consolo, já que sois a fonte de todos os bens e a ti se deve toda a glória pela eternidade das eternidades! Amém.
Doença de José
Aconteceu que, ao voltar a sua residência habitual de Nazaré, viu-se atacado pela doença que havia de levá-lo ao túmulo. Esta apresentou-se de forma mais alarmante do que em qualquer outra ocasião de sua vida, desde o dia em que nasceu.
Eis aqui, resumida, a vida de meu querido pai José: ao chegar aos quarenta anos, contraiu matrimônio, no qual viveu outros quarenta e nove.
Depois que sua mulher morreu, passou somente um ano. Minha mãe logo passou dois anos em sua casa, depois que os sacerdotes confiaram-na com estas palavras:
- Guarda-a até o tempo em que se celebre vosso matrimônio.
Ao começar o terceiro ano de sua permanência ali - tinha nessa época quinze anos de idade - trouxe-me ao mundo de um modo misterioso, que ninguém entre toda a criação pode conhecer, com exceção de mim, de meu Pai e do Espírito Santo, que formamos uma unidade.
O Início do Fim
A vida de meu pai José, o abençoado ancião, compreendeu cento e onze anos, conforme determinara meu bom Pai. O dia em que se separou do corpo foi no dia 26 do mês de Epep.
O ouro acentuado de sua carne começou a desfazer-se e a prata da sua inteligência e razão sofreu alterações. Esqueceu-se de comer e de beber e a destreza no desempenho de seu ofício passou a declinar.
Aconteceu que, ao amanhecer do dia 26 de Epep, enquanto estava em seu leito, foi tomado de uma grande agitação. Gemeu forte, bateu palmas três vezes e, fora de si, pôs-se a gritar dizendo:
Lamentos de José
- Ai, miserável de mim! Ai do dia em que minha mãe trouxe-me ao mundo! Ai do seio materno do qual recebi o germe da vida! Ai dos peitos que me amamentaram! Ai do regaço em que me reclinei! Ai das mãos que me sustentaram até o dia em que cresci e comecei a pecar! Ai de minha língua e de meus lábios que proferiram injúrias, enganos, infâmias e calúnias! Ai dos meus olhos, que viram o escândalo! Ai dos meus ouvidos que escutaram conversações frívolas! Ai das minhas mãos que subtraíram coisas que não lhes pertenciam!
Ai do meu estômago e do meu ventre que ambicionaram o que não era deles! Quando alguma coisa lhes era apresentada, devoravam-na com mais avidez do que poderia fazê-lo o próprio fogo! Ai dos meus pés que fizeram um mau serviço ao meu corpo, já que o levaram por maus caminhos! Ao do meu corpo todo que deixou a minha alma reduzida a um deserto, afastando-a de Deus que a criou! Que farei agora? Não encontro saída em parte alguma! Em verdade é que pobres dos homens que são pecadores! Esta é a angústia que se apoderou de meu pai Jacob em sua agonia, a qual veio hoje a ter comigo, infeliz. Mas, ó Senhor, meu Deus, que és o mediador de minha alma e de meu corpo e de meu espírito, cumpre em mim a tua divina vontade.
Jesus Consola seu Pai
Quando terminou de dizer estas palavras, entrei no local onde ele se encontrava e, ao vê-lo agitado de corpo e de alma, disse-lhe:
- Salve, José, meu querido pai, ancião bom e abençoado.
Ele respondeu, ainda tomado por um medo mortal:
- Salve mil vezes, querido filho. Ao ouvir tua voz, minha alma recupera sua tranqüilidade. Jesus, meu Senhor! Jesus, meu verdadeiro rei, meu salvador bom e misericordioso! Jesus, meu libertador! Jesus, meu guia! Jesus, meu protetor! Jesus, em cuja bondade encontra-se tudo! Jesus, cujo nome é suave e forte na boca de todos! Jesus, olho que vê e ouvido que ouve verdadeiramente: escuta-me hoje, teu servidor, quando elevo meus rogos e verto meus lamentos diante de ti.
Em verdade tu és Deus. Tu és o Senhor, conforme tem-me repetido muitas vezes o anjo, sobretudo naquele dia em que suspeitas humanas se aninharam em meu coração, ao observar os sinais de gravidez da Virgem sem mácula e eu havia decidido abandoná-la. Mas, quando eu estava pensando nisto, um anjo apareceu-me em sonhos e me disse: José, filho de Davi, não tenhas receio em receber Maria como esposa, pois o que há de dar à luz é fruto do Espírito Santo. Não guardes suspeita alguma a respeito de sua gravidez. Ela trará ao mundo um filho e tu dar-lhe-ás o nome de Jesus. Tu és Jesus Cristo, o salvador da minha alma, de meu corpo e de meu espírito. Não me condenes, teu servo e obra de tuas mãos.
Eu não sabia nem conhecia o mistério de teu maravilhoso nascimento e jamais havia ouvido que uma mulher pudesse conceber sem a obra de um homem e que uma virgem pudesse dar à luz sem romper o selo de sua virgindade. Ó, meu Senhor! Se não tivesse conhecido a lei desse mistério, não teria acreditado em ti, nem em teu santo nascimento, nem rendido honras a Maria, a Virgem, que te trouxe a este mundo. Recordo ainda aquele dia em que um menino morreu, por causa da mordida de uma serpente. Seus familiares vieram a ti, com intenção de entregar-te a Herodes.
Mas tua misericórdia alcançou a pobre vítima e devolveste-lhe a vida para dissipar aquela calúnia que te faziam, como causador da sua morte. Pelo que houve uma grande alegria na casa do defunto. Então eu te peguei pela orelha e disse-te: não sejas imprudente, meu filho. E tu me ameaçaste desta maneira: se não fosses meu pai, segundo a carne, dar-te-ia a entender que é isso o que acabas de fazer. Sim, pois, ó meu Senhor e Deus, esta é a razão pela qual vieste em tom de juízo e pela qual permitiste que recaíssem sobre mim estes terríveis presságios. Suplico-te que não me coloques diante do teu tribunal para lutar comigo. Eis que eu sou teu servo e filho de tua escrava. Se houveres por bem romper meus grilhões, oferecer-te-ei um santo sacrifício, que não será outro senão a confissão da tua divina glória, de que tu és Jesus Cristo, filho verdadeiro de Deus e, por outro lado, filho verdadeiro do homem.
AFLIÇÃO de Maria
Quando meu pai disse essas palavras, eu não pude conter as lágrimas e pus-me a chorar, vendo como a morte vinha apoderando-se dele pouco a pouco e ouvindo, sobretudo, as palavras cheias de amargura que saíam da sua boca.
Naquele momento, meus queridos irmãos, veio-me ao pensamento a morte na cruz que haveria de sofrer pela vida de todo mundo. Então Maria, minha querida mãe, cujo nome é doce para todos os que me amam, levantou-se e disse-me, tendo seu coração inundado na amargura:
- Ai de mim, filho querido! Está à morte o bom e abençoado ancião José, teu pai querido e adorado?
Eu lhe respondi:
- Minha mãe querida, quem entre o humanos ver-se-á livre da necessidade de ter de encarar a morte? Esta é dona de toda a humanidade, mãe bendita! E mesmo tu hás de morrer como todos os outros homens. Nem tua morte nem a de meu pai José, porém, podem chamar-se propriamente morte, mas vida eterna ininterrupta. Também eu hei de passar por este transe por causa da carne mortal com a qual estou revestido. Agora, mãe querida, levanta-te e vai até onde está o abençoado ancião José para que possas ver o lugar que o aguarda lá no alto.
As Dores de José
Levantou-se, entrou no local onde ele se encontrava e pôde apreciar os sinais evidentes da morte que já se refletiam nele. Eu, meus queridos, postei-me em sua cabeceira e minha mãe aos seus pés. Ele fixava seus olhos no meu rosto, sem poder sequer dirigir-me uma palavra, já que a morte apoderava-se dele pouco a pouco.
Elevou, então, seu olhar até o alto e deixou escapar um forte gemido. Eu segurei suas mãos e seus pés durante um longo tempo e ele me olhava, suplicando-me que não o abandonasse nas mãos dos seus inimigos.
Eu coloquei minha mão sobre seu peito e notei que sua alma já havia subido até a sua garganta para deixar seu corpo, mas ainda não havia chegado o momento supremo da morte. Caso contrário, não teria podido agüentar mais.
Não obstante, as lágrimas, a comoção e o abatimento que sempre a precedem já faziam presentes.
A Agonia
Quando minha mãe querida viu-me apalpar o seu corpo, quis ela, de sua parte apalpar, os pés e notou que o alento havia fugido juntamente com o calor.
Dirigiu-se a mim e disse-me ingenuamente:
- Obrigada, filho querido, pois desde o momento em que puseste tua mão sobre seu corpo, a febre o abandonou. Vê, seus membros estão frios como o gelo.
Eu chamei os seus filhos e filhas e lhes disse:
- Falai agora com o vosso pai, que este é o momento de fazê-lo, antes que sua boca deixe de falar e seu corpo fique hirto.
Seus filhos e filhas falaram com ele, mas sua vida estava minada por aquela doença mortal que provocaria sua saída deste mundo. Então, Lísia, filha de José, levantou-se para dizer aos seus irmãos:
- Juro, queridos irmãos, que esta é a mesma doença que derrubou a nossa mãe e que não voltou a aparecer por aqui até agora. O mesmo acontece com o nosso pai José, para que não voltemos a vê-lo senão na eternidade.
Então os filhos de José irromperam em lamentos. Maria, minha mãe, e eu, de nossa parte, unimo-nos ao seu pranto pois, efetivamente, já havia chegado a hora da morte.
A Morte Chega
Pus-me a olhar para o sul e vi a morte dirigir-se a nossa casa. Vinha seguida de Amenti, que é seu satélite, e do Diabo, a quem acompanhava uma multidão de esbirros vestidos de fogo, cujas bocas vomitavam fumaça e enxofre.
Ao levantar os olhos, meu pai deparou-se com aquele cortejo que o olhava com rosto colérico e raivoso, do mesmo modo que costuma olhar todas as almas que saem do corpo, particularmente aquelas que são pecadoras e que considera como propriedade sua.
Diante da visão desse espetáculo, os olhos do bom velho anuviaram-se de lágrimas. Foi neste momento em que meu pai exalou sua alma com um grande suspiro, enquanto procurava encontrar um lugar onde se esconder e salvar-se. Quando observei o suspiro de meu pai, provocado pela visão daquelas forças até então desconhecidas para ele, levantei-me rapidamente e expulsei o Diabo e todo seu cortejo. Eles fugiram envergonhados e confusos. Ninguém entre os presentes, nem mesmo minha própria mãe Maria, apercebeu-se da presença daqueles terríveis esquadrões que saem à caça de almas humanas.
Quando a morte percebeu que eu havia expulsado e mandado embora as potestades infernais, para que não pudessem espalhar armadilhas, encheu-se de pavor. Levantei-me apressadamente e dirigi esta oração a meu Pai, o Deus de toda misericórdia:
ORAÇÃO de Jesus
- Meu Pai misericordioso, Pai da verdade, olho que vê e ouvido que ouve, escuta-me, que eu sou teu filho querido! Peço-te por meu pai José, a obra de vossas mãos. Envia-me um grande corpo de anjos, juntamente com Michael, o administrador dos bens, e com Gabriel, o bom mensageiro da luz, para que acompanhem a alma de meu pai José até que se tenha livrado do sétimo éon tenebroso, de forma que não se veja forçado a empreender esses caminhos infernais, terríveis para o viajante por estarem infestados de gênios malignos e saqueadores e por ter de atravessar esse lugar espantoso por onde corre um rio de fogo igual às ondas do mar. Sede, além disso, piedoso para com a alma de meu pai José, quando ela vier repousar em vossas mãos, pois é este o momento em que mais necessita da tua misericórdia.
Eu vos digo, veneráveis irmãos e abençoados apóstolos, que todo homem que, chegando a discernir entre o bem e o mal, tenha consumido seu tempo seguindo a fascinação dos seus olhos, quando chegue a hora de sua morte e tenha de libertar o passo para comparecer diante do tribunal terrível e fazer sua própria defesa, ver-se-á necessitado da piedade de meu bom Pai.
Continuemos, porém, relatando o desenlace de meu pai, o abençoado ancião.
José Expira
Quando eu disse amém, Maria, minha mãe, respondeu na língua falada pelos habitantes do céu. No mesmo instante Michael, Gabriel e anjos, em coro, vindos do céu, voaram sobre o corpo de meu pai José.
Em seguida, intensificaram-se os lamentos próprios da morte e soube, então, que havia chegado o momento desolador. Sofria meu pai dores parecidas com as de uma mulher no parto, enquanto que a febre o castigava da mesma maneira que um forte furacão ou um imenso fogo devasta um espesso bosque.
A morte, cheia de medo, não ousava lançar-se sobre o corpo de meu pai para separá-lo da alma, pois seu olhar havia dado comigo, que estava sentado a sua cabeceira, com as mãos sobre suas têmporas.
Quando me apercebi de que a morte tinha medo de entrar por minha causa, levantei-me, dirigi meus passos até o lado de fora da porta e encontrei-a só e amedrontada, em atitude de espera.
Eu lhe disse:
- Ó tu, que vens do Meio-dia, entra rapidamente e cumpre o que ordenou-te meu Pai. Porém, guarda José como a menina dos teus olhos, posto que é meu pai segundo a carne e compartilhou a dor comigo, durante os anos da minha infância, quanto teve de fugir de um lado para outro por causa das maquinações de Herodes e ensinou-me como costumam fazer os pais para o proveito dos seus filhos.
Então Abbadon entrou, tomou a alma de meu pai José e separou-a do corpo no mesmo instante em que o sol fazia sua aparição no horizonte, no dia 26 do mês de Epep, em paz.
A vida de meu pai compreendeu cento e onze anos. Michael e Gabriel pegaram cada qual em um extremo de um pano de seda e nele depositaram a alma de meu querido pai José depois de tê-la beijado reverentemente.
Enquanto isso, nenhum dos que rodeavam José havia percebido a sua morte, nem sequer minha mãe Maria. Eu confiei a alma do meu querido pai José a Michael e Gabriel, para que a guardassem contra os raptores que saqueiam pelo caminho e encarreguei os espíritos incorpóreos de continuarem cantando canções até que, finalmente, depositaram-no junto a meu Pai no céu.
Luto na Casa de José
Inclinei-me sobre o corpo inerte de meu pai. Cerrei seus olhos, fechei sua boca e levantei-me para contemplá-lo. Depois disse à Virgem:
- Ó Maria, minha mãe, onde estão os objetos de artesanato feitos por ele desde sua infância até hoje? Neste momento todos eles passaram, como se ele não tivesse sequer vindo a este mundo.
Quando seus filhos e filhas ouviram-me dizer isto a Maria, minha mãe virginal, perguntaram-me com vozes fortes e lamentos:
- Será que nosso pai morreu sem que nós nos apercebêssemos?
Eu lhes disse:
- Efetivamente, morreu, mas sua morte não é morte, porém vida eterna. Grandes coisas esperam nosso querido pai José. Desde o momento em que sua alma sai do seu corpo, desapareceu para ele toda espécie de dor. Ele se pôs a caminho do reino eterno. Deixou atrás de si o peso da carne, com todo este mundo de dor e de preocupações, e foi para o lugar de repouso que tem meu Pai nesses céus que nunca serão destruídos.
Ao dizer a meus irmãos que o nosso pai José, o abençoado ancião, havia finalmente morrido, eles se levantaram, rasgaram suas vestes e o choraram durante um longo tempo.
Luto em Nazaré
Quando os habitantes de Nazaré e de toda a Galiléia inteiraram-se da triste nova, acudiram em massa ao lugar onde nos encontrávamos. De acordo com a lei dos judeus, passaram todo o dia dando sinais de luto até que chegou a nona hora.
Despedi, então todos, derramei água sobre o corpo de meu pai José, ungi-o com bálsamo e dirigi ao meu Pai amado, que está nos céus, uma oração celestial que havia escrito com meus próprios dedos, antes de encarnar-me nas entranhas da Virgem Maria.
Ao dizer amém, veio uma multidão de anjos. Mandei que dois deles estendessem um manto para depositar nele o corpo de meu pai José para que o amortalhassem.
BÊNÇÃO de Jesus
Pus minhas mãos sobre o seu corpo e disse:
- Não serás vítima da fetidez da morte. Que teus ouvidos não sofram corrupção. Que não emane podridão de teu corpo. Que não se perca na terra a tua mortalha nem a tua carne, mas que fiquem intactas, aderidas ao teu corpo até o dia do convite dos dois mil anos. Que não envelheçam, querido pai, esses cabelos que tantas vezes acariciei com minhas mãos. E que a boa sorte esteja contigo. Aquele que se preocupar em levar uma oferenda ao teu santuário no dia de tua comemoração, eu o abençoarei com afluxos de dons celestiais. Assim mesmo, a todo aquele que der pão a um pobre em teu nome, não permitirei que se veja agoniado pela necessidade de quaisquer bens deste mundo, durante todos os dias de sua vida.
Conceder-te-ei que possas convidar ao banquete dos mil anos a todos aqueles que no dia de tua comemoração ponham um copo de vinho na mão de um forasteiro, de uma viúva ou de um órfão. Hei de dar-te de presente, enquanto vivam neste mundo, a todos os que se dediquem a escrever o livro da tua saída deste mundo e a consignar todas as palavras que hoje saíram de minha boca. Quando abandonarem este mundo, farei com que desapareça o livro no qual estão escritos seus pecados e que não sofram nenhum tormento, além da inevitável morte e do rio de fogo que está diante do meu Pai, para purificar toda a espécie de almas. Se acontecer que um pobre, não podendo fazer nada do que foi dito, ponha o nome de José em um de seus filhos em tua honra, farei com que naquela casa não entre a fome nem a peste, pois o teu nome habita ali de verdade.
A Caminho do Túmulo
Os anciãos da cidade apresentaram-se na casa enlutada, acompanhados daqueles que procediam ao sepultamento à maneira judia. Encontraram o cadáver já preparado para o enterro. A mortalha se havia aderido fortemente ao seu corpo, como se houvessem atado com grampos de ferro e não puderam encontrar sua abertura, quando removeram o cadáver.
Em seguida, passou-se a conduzir o morto até seu túmulo. Quando chegaram até ele e estavam já preparados para abrir sua entrada e colocá-lo junto aos restos de seu pai, veio-me à mente a lembrança do dia em que me levou até o Egito e das grandes preocupações que assumiu por mim.
Não pude deixar de atirar-me sobre o seu corpo e chorar por um longo tempo, dizendo:
EXCLAMAÇÕES de Jesus
- Ó morte, de quantas lágrimas e lamentos és causa! Esse poder, porém, vem d'Aquele que tem sob o seu domínio todo o universo. Por isso tal reprovação não vai tanto contra a morte senão contra Adão e Eva. A morte não atua nunca sem uma prévia ordem de meu Pai. Existem aqueles que viveram mais de novecentos anos e outros ainda muito mais tempo. Entretanto, nenhum deles disse: eu vi a morte ou a morte vinha de tempos em tempos atormentar-me. Senão que ela traz uma só vez a dor e, ainda assim, é meu bom Pai quem a envia. Quando vem em busca do homem, ela sabe que tal resolução provém do céu. Se a sentença vem carregada de raiva, a morte também se manifesta colérica para cumprir sua incumbência, pegando a alma do homem e entregando-a ao seu Senhor.
A morte não tem atribuições para atirar o homem ao inferno nem para introduzí-lo no reino celestial. A morte cumpre de fato a missão de Deus, ao contrário de Adão, que ao não submeter-se à vontade divina, cometeu uma transgressão. Ele irritou meu Pai contra si, por haver preferido dar ouvidos a sua mulher, antes de obedecer à sua missão. Assim, todo ser vivo ficou implacavelmente condenado à morte.
Se Adão não houvesse sido desobediente, meu Pai não o teria castigado com esta terrível sina. O que impede agora que eu faça uma oração ao meu bom Pai para que envie um grande carro luminoso para elevar José, a fim de que não prove das amarguras da morte e que o transporte ao lugar de repouso, na mesma carne que trouxe ao mundo, para que ali viva com seus anjos incorpóreos? A transgressão de Adão foi a causa de sobreviverem esses grandes males sobre a humanidade, juntamente com o irremediável da morte. Embora eu mesmo carregue também esta carne concebida na dor, devo provar com ela da morte para que possa apiedar-me das criaturas que formei.
O Enterro
Enquanto dizia essas coisas, abraçado ao corpo de meu pai José e chorando sobre ele, abriram a entrada do sepulcro e depositaram o cadáver junto ao de seu pai Jacob. Sua vida foi de cento e onze anos, sem que ao fim de tanto tempo um só dente tivesse estragado em sua boca ou sem que seus olhos se tornassem fracos, senão que todo o seu aspecto assemelhava-se ao de um afetuoso menino.
Nunca esteve doente, senão que trabalhou continuamente em seu ofício de carpinteiro, até o dia que sobreveio a doença que haveria de levá-lo ao sepulcro.
CONTESTAÇÃO dos Apóstolos
Quando nós, os apóstolos, ouvimos tais coisas dos lábios de nosso Salvador, pusemo-nos em pé, cheios de prazer e passamos a adorar suas mãos e seus pés, dizendo com o êxtase da alegria:
- Damos-te graças, nosso Senhor e Salvador, por te haveres dignado a presentear-nos com essas palavras saídas de teus lábios. Mas não deixamos de admirar, ó bom Salvador, pois não entendemos como, havendo concedido a imortalidade a Elias e a Enoch, já que estão desfrutando dos bens na mesma carne com que nasceram, sem que tenham sido vítimas da corrupção, e agora, tratando-se do bendito ancião José, o Carpinteiro, a quem concedeste a grande honra de chamá-lo teu pai e de obedecê-lo em todas as coisas, a nós mesmos nos encarregaste:
quando fordes revestidos da mesma força, recebereis a voz de meu Pai, isto é, o Espírito Paráclito, e sereis enviados para pregar o evangelho e pregai também ao querido pai José. E ainda: consignai estas palavras de vida no testamento de sua partida deste mundo e lê as palavras deste testamento nos dias solenes e festivos e quem não tiver aprendido a ler corretamente, não deve ler este testamento nos dias festivos. Finalmente, quem suprimir o adicionar algo a estas palavras, de maneira a fazer-me embusteiro, será réu de minha vingança. Admira-nos, repetimos, aquele que, havendo chamado teu pai segundo a carne, desde o dia em que nasceste em Belém, não lhe tenhas concedido a imortalidade para viver eternamente.
. Resposta de Jesus
Nosso Salvador respondeu, dizendo-nos:
- A sentença pronunciada por meu Pai contra Adão não deixará de ser cumprida, já que este não foi obediente aos mandamentos. Quando meu Pai destina a alguém ser justo, este vem a ser imediatamente o seu eleito. Se um homem ofende a Deus por amar as obras do demônio, acaso ignora que um dia virá a cair em suas mãos se seguir impenitente, mesmo se lhe concederem longos dias de vida?
Se, ao contrário, alguém vive muito tempo, fazendo sempre boas obras, serão exatamente elas que o farão velho. Quando Deus vê que alguém segue o caminho da perdição, costuma conceder-lhe um curto prazo de vida e o faz desaparecer na metade dos seus dias. Quanto aos demais, hão de ter o exato cumprimento das profecias ditadas por meu Pai acerca da humanidade e todas as coisas hão de suceder de acordo com elas. Haveis citado o caso de Enoch e Elias. Eles, dizeis, continuam vivendo e conservam a carne que trouxeram a este mundo. Por que, então, em se tratando de meu pai, não lhe permiti conservar seu corpo? Então eu digo que, mesmo que houvesse chegado a ter mais de dez mil anos, sempre incorreria na mesma necessidade de morrer.
Mais ainda, eu asseguro que sempre que Enoch e Elias pensam na morte, desejariam já havê-la sofrido a verem-se assim, livres da necessidade que lhes é imposta, já que deverão morrer num dia de turbação, de medo, de gritos, de perdição e de aflição. Pois haveis de saber que o Anticristo há de matar esses homens e de derramar seu sangue na terra como água de um copo por causa das incriminações que lhe imputarão, quando os acusarem.
Epílogo
Nós respondemos, dizendo:
- Nosso Senhor e Deus, quem são esses dois homens, dos quais disseste que o filho da perdição matará por um copo de água?
Jesus, nosso Salvador e nossa vida, respondeu:
- Enoch e Elias.
Ao ouvir essas palavras da boca de nosso Salvador, se nos encheu o coração de prazer e de alegria. Por isso lhe rendemos homenagens e graças como nosso Senhor, nosso Deus e nosso Salvador, Jesus Cristo, por meio de quem vão para o Pai toda a glória e toda a honra juntamente com Ele e com o Espírito Santo vivificador, agora, por todo o tempo e pela eternidade das eternidades.


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22 fevereiro 2008

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CHACRAS E MEDIUNIDADE


CHAKRA SOLAR - (umbilical ou gástrico) - Seu nome em sânscrito é Manipura, isto é, "cheio de jóias". No Tibet é denominado Manipadma, "o adornado com jóias" (Satyananda). Coquet, no entanto, indica as raízes "mani" significando gema flamejante, e "pura", cidade.


Está situado à altura do plexo solar na junção das vértebras dorsais e lombares, alguns centímetros atrás da coluna vertebral. Não se deve confundi-lo com o plexo solar que é somente um reflexo seu. Segundo Leadbeater, "sua cor predominante é uma curiosa combinação de vários matizes do vermelho, ainda que também contenha muito do verde. As divisões são alternativas e, principalmente, vermelhas e verdes" (conf. Powell). Coquet indica-lhe uma cor rosa com uma mistura de verde. Tara Michael descreve-o apenas flamejante. Aurobindo - violeta; Satyananda - azul escuro. O Schat-chakra-Nirupana indica a cor azul; o Siva Samhita a dourada; e o Garuda Purana - o vermelho.


Apesar de lhe serem apontadas de um modo geral dez pétalas, o Dhyanabindu Upanishad e o Sandilya Upanishad referem-se a doze. A exteriorização física encontra-se no pâncreas.


O Manipura é representado como um lótus de dez pétalas de cor cinza plúmbeo com letras em sânscrito em cada uma delas. Dentro do mandala se encontra um triângulo vermelho invertido, com o bija mantra ao centro "Ram".


"A energia solar", ensina Coquet, é uma força de natureza emocional fortemente influenciada pelos desejos e pelos nervos sensitivos do tato. O centro solar é o cérebro pelo qual reage o reino animal; semelhantemente à consciência de uma grande parte das pessoas pouco evoluídas e dos aspirantes sobre a senda, está fundamentalmente polarizada no centro solar." (op. cit., p. 84).


Este centro se "responsabiliza pela penetração de alimentos e fluidos em nossa organização." (André Luiz, op. cit., p. 120.; Evolução em Dois Mundos, p. 27).


O centro solar está relacionado, em particular, com o centro cardíaco, o timo e o centro frontal, ligação que depende, em seu funcionamento, do seu desempenho satisfatório.


O despertamento do centro solar revela uma natureza benevolente e cheia de compaixão. Entre os poderes decorrentes estão o domínio sobre o fogo, a habilidade de ver o corpo por dentro, o livrar-se de doenças e a aptidão para enviar o prana ao centro cardíaco; além disto, a concentração sobre o Manipura desenvolve a digestão (Satyananda).


Leadbeater, por sua vez, assinala que seu despertar condiciona o indivíduo a perceber as influências astrais, distinguindo vagamente sua qualidade, possibilitando a percepção de que existem locais que são agradáveis e outros não, embora sem identificar a causa.


Uma grande parte da energia da natureza emocional e astral se derrama pelo centro solar, devendo cada indivíduo esforçar-se por transmutar esta energia em aspiração, porque por ele é que operam o médium e o vidente (Coquet).


A grande tarefa encontra-se em transferir as energias do centro solar para o cardíaco. Localizado entre os chakras inferiores e os superiores, o solar é um centro de síntese onde se reúnem as energias dos centros inferiores que devem ser elevadas; é o ponto de fusão entre as energias da personalidade e as da alma. O indivíduo pode optar pelo desenvolvimento espiritual, buscando elevar a consciência a níveis superiores, ou pode preferir mantê-la unida aos centros inferiores, o que o tornará egoísta, egocêntrico, hipersensível, angustiado, etc. As doenças de fundo emocional, geralmente causadas pelas frustrações e inibições, encontram nele sua causa. Também os males do estômago, do intestino, as perturbações hepáticas, etc., decorrem de perturbações no centro solar.


O desenvolvimento do centro solar, como de todos os demais centros, acarreta determinadas perturbações relacionadas com a qualidade da energia respectiva. Por isso Coquet adverte que se faça um esforço consciente com relação ao centro solar e à vida emocional, pois "a usura e a degradação que surgem predisporão o indivíduo a uma frágil santidade, na verdade inexistente, e isto por causa das energias interiores mal dirigidas e, sobretudo, mal empregadas". (op. cit., p. 85). Torna-se indispensável operar a transferência de energia para o centro cardíaco.


Coquet recomenda que as pessoas cuja consciência ainda está fortemente localizada no centro solar, que se exprime mais pela emoção que pela razão, devem abster-se de exercícios respiratórios e até de exercícios cuja finalidade seja desenvolver faculdades psíquicas: no primeiro caso, porque os exercícios respiratórios só fariam intensificar desejos e emoções; no segundo caso, porque o desenvolvimento obtido se prenderá às forças instintivas de sua natureza menos elevada.


CHAKRA CARDÍACO - Em sânscrito é denominado de Anahata (imbatível, inviolado), estando situado entre as omoplatas, ligeiramente à esquerda da espinha dorsal. Satyananda esclarece que ao contrário do coração físico, o espaço astral ocupado por este chakra é vasto e informe.


Possui doze pétalas, correspondendo aos doze raios de sua energia primária. No entanto, o Yoga Kundalini Upanishad aponta-lhe 16 pétalas. Segundo Leadbeater, Powell e Tara Michael, elas seriam de uma brilhante cor de ouro; para Coquet sua cor é próxima do amarelo ou ouro incandescente; para Aurobindo é o rosa dourado. Satyananda descreve-o como normalmente escuro, tornando-se de um vermelhão radiantemente brilhante quando ativado. O Schat-chakra-Nirupana atribui-lhe o vermelhão; o Siva Samhita, o vermelhão escuro, e o Garuda Purana, o dourado.


André Luiz indica-o como centro da emoção e do equilíbrio geral (Entre a Terra e o Céu, p. 128), dirigindo a circulação das forças de base (Evolução em dois Mundos, p. 27).


Ele é representado por um lótus de cor escura com doze pétalas de cor vermelha em torno. No interior do mandala se acham dois triângulos entrelaçados (estrela de Salomão), de cor cinza esfumaçado. O animal é um antílope negro e o bija a letra "Yam". Quando ativado, ele adquire um brilho radiante.


É o centro do amor e diz respeito ao princípio espiritual do ser.


Leadbeater indica um segundo lótus no coração, abaixo do maior (op. cit., p. 129). Aurobindo, no entanto, em More Lights on Yoga, traduzido como 32º volume da coleção A Consciência que vê, afirma: "Nunca ouvi falar de dois lótus no coração; mas ele é a sede de dois poderes - na frente, o vital mais alto ou ser emocional, atrás, e escondido, o ser psíquico ou alma." (p. 207).


Como função do centro cardíaco, aponta Aurobindo, por isso, o comando do ser emocional superior, da parte mais elevada do vital, com o psíquico profundamente atrás (vide p.p. 203 a 205).


"O centro do coração", ensina Coquet, "terá todas as chances de desenvolver-se harmoniosamente e sem perigo se o neófito, ou o homem em geral, viver tendo em consideração, sobretudo, os interesses do grupo, cultivando o sentido amplo da fraternidade e da tolerância, amando coletivamente e buscando servir o plano divino sem preocupação de agradar, de ser apreciado ou recompensado." Seria perigoso procurar os poderes criadores do centro laríngeo antes que o despertar do centro cardíaco não tenha começado, adverte ele.


Esta é a atitude natural que procura cultivar o Karma-yoguin, também recomendado pelos instrutores espirituais que supervisionam a elaboração da Doutrina Espírita; encontra-se retratada em todo decorrer da vida do Cristo, que sempre fez referência não só à atuação criadora do Pai, como também ao magistério divino, na revelação da Boa-Nova.


Entre as habilidades que resultam do seu despertamento, Satyananda indica:



aquisição do controle do ar;


o despertar de um amor cósmico e não individualista;


desenvolvimento da eloqüência e do gênio poético;


aquisição do poder de ter seus desejos satisfeitos;


tornar o sentido do tato tão sutil que pode sentir a matéria astral, através do sentido astral, sensação que pode ser transmitida a outros (o sentido desse chakra é a pele e o órgão ativo, o coração).



Motoyama acrescenta que seu despertar provoca o desenvolvimento do poder de cura psíquica. "Prana pode ser transmitido através das palmas das mãos e dirigido à área doente do corpo de outra pessoa. A técnica bem conhecida da "imposição das mãos" está provavelmente relacionada com o estabelecimento de uma conexão íntima entre o anahata e as mãos. Poderes psicocinéticos também se desenvolvem quando o anahata é despertado." (op. cit., p. 231).


CHAKRA LARÍNGEO - Em sânscrito, denomina-se Vishudda, palavra derivada de shuddhi, que significa purificar. Situa-se na base e atrás da garganta, na nuca, na junção da espinha dorsal e da medula espinhal alongada, no Sushumna nádi. Corresponde à glândula tireóide e estende-se até a medula alongada, envolvendo a glândula carótida, indo na direção das omoplatas, relacionando-se, ainda, com os plexos nervosos da faringe e da laringe.


Possui dezesseis pétalas na periferia, nas quais, segundo Leadbeater, "embora haja bastante do azul em sua cor, o tom predominante é o prateado brilhante, parecido com o fulgor da luz da lua quando roça o mar. Em seus raios predominam alternativamente o azul e o verde." (p. 28). Powell indica-lhe o prateado brilhante com muito azul. Aurobindo, cinza; Satyananda, cinza-violeta; Schat-chakra-Nipurana, purpúreo escuro; o Siva Samhita, ouro brilhante; o Garuda Purana, prateado.


É representado por um lótus transparente com dezesseis pétalas de cor cinza fumaça (violeta-cinza). No pericárdio se encontra um círculo de cor branca (Yantra) envolvido por um triângulo; no centro está o bija mantra "Ham". O animal é o elefante.


O centro laríngeo tem a função de purificar o corpo, eliminando os venenos provenientes do exterior. A glândula tireóide, que corresponde ao centro laríngeo, tem uma função antitóxica. Além disto, a consciência criadora reside neste centro. É, segundo Aurobindo, "a mente física, a consciência externalizadora expressiva" (op. cit., p. 203).


A expressão da verdade, através do pensamento, da palavra e da ação é feita através do centro laríngeo. Para isto é necessária a harmonia do centro criador ou sagrado com o laríngeo, pois é necessário que as forças daquele tenham sido elevadas ao outro centro criador, o laríngeo (Coquet).


O centro laríngeo é o responsável pela recepção das ondas telepáticas. Dali são transmitidas a outros centros. O reconhecimento consciente pode ocorrer nestes últimos, e por isso o indivíduo pode sentir como se os pensamentos de outros estivessem sendo registrados à altura do centro umbilical ou de outros centros.


A respeito, ensina Powell: "O despertar do centro astral correspondente dá a faculdade de ouvir os sons do plano astral, isto é, a faculdade que no mundo astral produz efeito semelhante ao que denominamos audição do mundo físico.


"Quando o centro etérico está desperto, o homem, em sua consciência física, ouve vozes que às vezes lhe fazem todas as espécies de sugestões. Pode ouvir música, ou outros sons menos agradáveis.


"Quando funciona plenamente, o homem se torna clariaudiente nos planos etérico e astral" (Duplo Etérico, p. 63).


CHAKRA FRONTAL - (cerebral, terceiro olho, lótus medular) É denominado, em sânscrito Ajna, cujas raízes significam "saber" e "obedecer". Ajna significa "comandar". É, pois, como o nome indica, um "centro de comando".


Localiza-se à altura da raiz do nariz, entre os dois olhos, no ponto onde os nádis Ida, Pingala e Sushumna se encontram para formar um único canal que segue em direção ao Sahasrara. Aos olhos do clarividente ele surge no meio da testa. É também a opinião de Aurobindo.


Está dividido em duas partes, cada uma das quais com 48 pétalas (num total de 96 pétalas), por isto as escrituras hindus só se referem a duas pétalas. Uma delas, segundo Leadbeater, é de cor rosada, com muito amarelo, enquanto na outra sobressai um azul-purpúreo (correspondente com a cor da vitalidade - prana - que o chakra recebe). Coquet e Powell indicam as mesmas cores. Satyananda indica o cinza (ele destaca que outros autores descrevem-no como transparente). É preciso não esquecer que Satyananda descreve sempre os centros astrais, enquanto Leadbeater, os etéricos. Aurobindo indica a cor branca.


É representado como um lótus branco resplandescente com duas pétalas. No centro do pericárdico encontra-se um triângulo branco invertido contendo o Itara-Linga luminoso como um cristal e o bija-mantra "Om".


A força vital coletada através dos nádis é distribuída parte para o Sahasrara e parte para os corpos físico, astral e causal.


Satyananda ensina que este centro está conectado com a glândula pineal(epífise). Também Coquet adverte haver uma "interessante relação de forma entre os dois lobos da glândula pituitária, de função especialmente ligada ao mental e aos sistemas nervosos, e por natureza dupla, com os dois lados do centro frontal".


Para Coquet, a sua principal função estaria em desenvolver, no homem, uma verdadeira personalidade, um "ser interior", resultado das encarnações anteriores e de milhares de experiências. Seres que não possuem uma personalidade definida e própria são apenas estações repetidoras de pensamentos, idéias e aparências alheias, influenciados que são pela publicidade, cinema, leitura, multidão e, acrescentamos, televisão. As pessoas que procuram manter uma aparência (cultura, arte de falar, de vestir-se, etc.), agem ensaiando comportar-se como os que possuem verdadeira personalidade e assim surge o culto, a idolatria, ou simplesmente a procura de um mestre. Isto é efeito da falta de desenvolvimento do centro frontal.


Quando um homem, pelo contrário, observa Coquet, revela um caráter idêntico a si mesmo, calmo, flexível, sereno e simpático, cujo humor é sempre igual e a personalidade atraente, imponente e magnética, está, sem dúvida, agindo corretamente pelo centro frontal.


Para Aurobindo, este é o centro de comando da vontade, da visão e do pensamento dinâmico.


A concentração sobre o centro frontal é geralmente feita no ponto entre as sobrancelhas. Satyananda adverte que é necessário despertá-lo primeiro que qualquer outro centro. Para ele, este chakra tem o poder de dissolver o karma, auxiliando, com isto, a diminuir qualquer perigo que possa surgir com a ativação do karma de níveis mais baixos.


Segundo Satyananda, o despertar do centro frontal permite o contato com o "guru interior, a fonte inata do conhecimento e sabedoria profundos que reside no centro frontal individual ou até com o "guru exterior", o nosso anjo guardião (o guia espiritual). Além disto, ele possibilita também comunicações telepáticas e percepções clarividentes.


"O centro cerebral", ensina André Luiz, "se representa no córtex encefálico por vários núcleos de comando, controlando sensações e impressões do mundo sensório." (Evolução em dois Mundos, FEB, p. 99; vide também p. 125).


(In Spiritual Unfoldment I do espírito White Eagle pela médium Grace Cooke, iss, Inglaterra), The White Eagle Publishing Trust, 1972).


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21 fevereiro 2008

Os avós do telescópio



Embora muitos livros escolares digam que Galileu foi o inventor do telescópio, a história da ciência conta que foram fabricantes de óculos holandeses do século XVI que descobriram o poder de lentes colocadas frente a frente. Galileu foi, sim, um dos primeiros a usar o artifício para estudar o céu noturno. Mas, segundo um professor da Universidade de Roma, Giovanni Pettinato, essa história tem de ser reescrita: astrônomos assírios teriam usado um telescópio três mil anos antes. A prova é uma lente, hoje exposta no Museu Britânico, desenterrada em 1850 por um arqueólogo inglês. Pettinato diz que seus estudos tentam provar que só a existência de um telescópio, mesmo rústico, pode explicar por que os assírios sabiam tanto de astronomia. Certo ou não, um fato é indiscutível: essa lente é mesmo a mais antiga já conhecida.



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19 fevereiro 2008

glossario - E - 2


ee.gifEngaku-Ji: Monastério da Iluminação Completa; monastério Zen fundado em 1282 na cidade de Kamakura, no Japão.

Engidudu: (babil.) Veja Demônios e Erra.

E-nimma-anku: (babil.) Nome de um templo desconhecido.

E-ninnu: (babil.) "Casa dos Cinco". Templo de Ningirsu, em Girsu.

Enki: Sumério deus das águas doces, da sabedoria e das artes, que podia trazer os mortos à vida, pois dele era toda a fonte do conhecimento mágico da vida e da imortalidade. Adorado principalmente em Eridu, uma das primeiras cidades do mundo, e chamado de Ea na Babilônico, Rei do Absu. Enki possuía o secredo dos "me", termo que significa 'cultura, civilização", cuja base é o progresso pelo conhecimento que deve liderar a humanidade. Ele trouxe a civilização para as pessoas e assinalou a cada um o seu destino. Enki criou a ordem do universo, encheu os rios de peixes, inventou o arado para que os fazendeiros pudessem trabalhar a terra e criar gado. Enki saiu das águas do Golfo Pérsico como deus dos peixes. Sua esposa é Ninhursag. Veja Ea; ver também Enki e reshkigal; Enki e Inana.

Enkidu: (previamente Ea-bani; babil.) Irmão de alma de Gilgamesh, o homem selvagem primitivo que se torna civilizado pela intercessão de uma iniciada do templo de Inana/Ishtar. Assimilado em parte por Shakkan como mestre dos animais e parte com Lahmu, como o herói primitivo.

Enkidu: (babil.) Deus sumério dos fazendeiros, proprietários de terra e agricultores.

Enkurkur: Senhor da Terra, título sumério.

Enlil: Na mitologia suméria, o mais importante e poderoso da nova geração dos deuses, o deus dos ares que também rege sobre a terra.

Enmesharra: (babil.) Deus do Mundo Subterrâneo.

Enoque, Livro de: (ou Enoch) Coleção de escritos, a obra mais extensa incluída nos pseudoepígrafos. O livro é atribuído como um pseudônimo do Patriarca hebreo Enoque. Ele é também chamado de Enoch, o Etíope, já que os textos foram conservados em sua integraidade principalmente na Bíblia ortosoxa etíope, além da Bíblia ortodoxa siríaca. O livro é um conjunto de diversas seções escritas por vários autores em distintos momentos dos séculos 2° e 1° a.C. Os especialistas chegaram à conclusão de que a obra original foi escrita em hebraico ou em aramaico. Pouco depois foi traduzido ao grego. Crê-se que a tradução para o etíope se realizou a partir do grego, em torno de 500 d.C. Partes do Enoch Etíope sobrevivem em grego, latim e arameu, neste último caso nos manuscritos descobiertos em Qumrán. O livro consta de 7 seções. A primeira (capítulos 1 a 5) apresenta o tema de fundo do livro, o eminente juízo de Deus. A segunda (capítulos 6 a 36) conta as desventuras da horda de anjos caídos e dos périplos de Enoque pelos lugares do Castigo e da recompensa finais. Talvez Dante Aliguieri tenha bebido dessa fonte para escrever a sua Divina Comédia. A terceira seção (capítulos 37 a 71) prediz a chegada do Messias, quem julgará a todos, seres angélicos e humanos. Descreve por sua vez o paradisíaco futuro reino de Deus. A quarta seção (capítulos 72 a 82) inclui revelações acerca das criaturas celestiais, como por exemplo, os enfrentamentos que se produzirão entre elas quando se acerquem os últimos dias do Mal. A quinta seção (capítulos 83 a 90) contém as visões de Enoque de um dilúvio enviado para castigar ao mundo por sua perversidade e a posterior instauração do Reino Messiânico. A sexta seção (capítulos 91 a 105) consola aos justos, insta-os a manterem-se assim, e condena aos injustos, predizendo seu final. Nesta seção Enoque divide a totalidade da história humana em dez semanas de diferentes durações (que simbolizam outras tantas épocas), cada uma caracterizada por personagens ou acontecimentos especiais; por exemplo, a quarta semana a protagoniza Moisés; a sétima trata de uma degeneração universal. Já na décima e última semana, o antigo céu será substituído por um novo e eterno. Na última seção (capítulos 106 a 107), a culminante, volta a falar do dilúvio, da posterior repetição da era de la depravação e dos castigos e prêmios que chegarão quando o Messias instaurar seu Reino. Os primeiros cristãos tinham em grande estima o Libro de Enoque, porém à exceção de suas pouco freqüentes referências ao mesmo, pouco se sabia acerca da obra até que em fins do século 18 foram descobertos no nordeste da África três manuscritos íntegros em etíope. Os especialistas modernos o consideram importante porque muitos de seus conceitos e inclusive sua terminologia são muito similares a conceitos escatológicos posteriores e a livros e passagens apocalípticos do Novo Testamento.

Ensô: (jap.) Círculo; no budismo Zen, símbolo do vazio, do absoluto, da iluminação.

Enugi: Deus sumério da irrigação, dos canais, diques e atendente de Enlil. Símbolo da necessidade de conhecermos correta e profundamente os mistérios da Alquimia Sexual

Enushirgal: (Babil.) Templo do deus da Lua em Ur.

Ereshkigal: (Ninmenna) "Rainha da grande terra", ""Rainha da Terra", irmã de Ishtar, esposa de Nergal, mãe de Ninazu. A babilônica Perséfone, esposa de Nergal, a deusa dos mortos do Mundo Subterrâneo. Muitos hinos são dedicados a ela. Veja o mito de Nergal e Ereshkigal. Representa a nossa Divina Mãe Morte.

Eridan: Rio do Mundo Subterrâneo.

Eridu: Cidade muito antiga, às margens do Golfo da Arábia. Também o nome de um bairro da Babilônia. Centro de culto do deus Ea/Enki.

Erra: (Babil.) Deus da guerra, da caça e das pragas. Etimologia "terra ardente" provavelmente incorreta. Assimilado com Nergal e Gerra. Templo Emeslam na cidade de Kutha. Epíteto Engidudu "Senhor que caça na noite". Veja Nergal. Deus babilônico da guerra, da morte e outros desastres. Seu maior aliado é a fome causada pelas secas. Pode ser identificado com Nergal, o deus da morte. Ele expressa a morte simbolicamente como letargia e estupor. A guerra tem sido sempre uma grande causa de morte ao longo de toda história da Mesopotâmia. Um dos primeiros poemas épicos a serem descobertos e gravados em tábuas de argila é o Épico de Erra. No início deste épico, Erra senta-se em seu trono no palácio, enquanto que suas armas, que são na realidade o espelho do deus, ou os demônios, Sibiti, se queixam da inatividade de seu senhor. Erra convence então o deus da Babilônia a visitar o Abzu. Erra está a ponto de destruir a Babilônia, quando o velho Ishum, ministro de Marduk, lhe diz: "Aqueles que fazem a guerra são ignorantes / A guerra mata os sacerdotes e os que não têm pecado." E apesar de Erra ter começcado a destruição da terra, ele é pacificado pelo sábio ministro, chamando seus cães de guerra de volta para si. Marduk retorna e tudo acaba em paz.

Erragal, Erakal: Provavelmente outro nome para Nergal, significando Erra, o grande. Possivelmente pronunciado como Herakles em grego.

E-sagila: Templo de Marduk na Babilônia, a "morada do céu e da terra".

Eshnuna: Reino ao leste do rio Tigre, incluiu Ishchali, onde material com o mito de Gilgamesh foi escavado, e Tell Hadad, onde foi encontrado o mito de Erra e Ishum.

Etana: (Babil.) 12º Rei de Kish após o Dilúvio, pai de Balih; 13º rei-deus da dinastia suméria que reinou na cidade de Kish. Apesar de ter sido escolhido por Anu e rezar diariamente para Shamash, pedindo por um herdeiro, Etana não tinha filhos. Shamash disse-lhe então para libertar uma águia, que havia sido aprisionada por uma serpente. Etana libertou a águia, e esta, em gratidão, carregou o rei nas costas até os céus. Lá, Etana, em frente ao trono de Ishtar, suplicou por um filho. Ishtar dá a ele a planta do nascimento, que Etana provavelmente teve de comer juntamente com sua esposa. Sabemos que finalmente Etana teve um filho. Foi encontrado um épico incompleto sobre Etana.

E-temen-anki: (babil.) Nome da grande torre Zigurate de Marduk na Babilônia. A coluna vertebral.

Eufrates: (babil.) Rio da Mesopotamia. Nome acádio: Purattu, e hittite Mala.

Eughins Arioms: (Rodolfo Rincon Vásquez) Mestre Gnóstico da época moderna. Segundo se afirma, chegou à Terra nas épocas da Lemúria, procedente de um longínquo Sistema Solar, capitaneando a nave espacial que transportava uma expedição científica, que veio observar os fenômenos que nesses momentos ocorriam no seio da terceira Raça Raíz terrestre. Caiu na Geração Animal (caiu sexualmente), ficando atado à Roda do Samsara terrestre, levantando-se de novo nos tempos modernos. Foi Arcebispo de Instrução da Igreja Gnóstica Cristã Universal da Venezuela.

Extraterrestre: Ser não originário do nosso planeta.


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usa anexou a floresta amazonica


Pic_888.jpg


"Geographical E.U. nos manuais escolares revelam um Brasil amputado, sem a Amazônia eo Pantanal."


"Vamos entrar em pormenores, página 76 do manual" Introdução à Geografia ", de David Norman (usado em ensino secundário), descreve" Operação Colômbia ":"


leia o texto completo in english here em portugues aqui



factoides as vezes chegam a ser realidade, é necessario ficar alerta, ou no grito perdemos a area.


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18 fevereiro 2008

principais leis trabalhistas


Lei 605/1949- Repouso Semanal Remunerado notepaper.png


Lei 2.757/1956- Porteiros, Zeladores


Lei 2.959/1956- Contrato por Obra ou Serviço Certo


Lei 3.030/1956- Desconto por Fornecimento de Alimentação


Lei 3.207/1957- Empregados Vendedores, Viajantes ou Pracistas


Lei 3.857/1960 - Músicos


Lei 4.090/1962- Gratificação de Natal


Decreto 1.232/1962 - Aeroviários


Lei 4.749/1965- 13º Salário


Lei 4.860/1965- Regime de Trabalho nos Portos Organizados


Lei 4.886/1965- Representantes Comerciais Autônomos


Lei 4.950-A/1966 - Remuneração de Profissionais em Engenharia, Química, Arquitetura, Agronomia e Veterinária


Lei 5.859/1972- Empregado Doméstico


Lei 5.889/1973- Trabalho Rural


Lei 6.019/1974- Trabalho Temporário Urbano


Lei 6.494/1977- Estagiários


Lei 6.533/1978- Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões


Lei 6.615/1978- Radialistas


Lei 6.919/1981- FGTS de Diretores


Lei 6.932/1981- Médicos Residentes


Lei 7.183/1984 - Aeronautas


Lei 7.210/1984- Trabalho e Serviços do Preso


Lei 7.418/1985 -Vale-Transporte


Lei 7.644/1987- Mãe Social


Lei 8.036/1990- Lei do FGTS


Lei 8.906/1994 - Advogados


Lei 9.601/1998- Banco de Horas e Contrato por Prazo Determinado


Lei 9.719/1998- Trabalho Portuário


Lei 10.101/2000- Participação dos Trabalhadores nos Lucros ou Resultados


Lei 10.607/2002- Declara Feriados Nacionais


Lei 10.748/2003- Programa Primeiro Emprego - PNPE


Lei 10.820/2003- Desconto de Prestações em Folha de Pagamento


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16 fevereiro 2008

voce ja pensou no Planeta em 2057


I: The Body - O Corpo



II: The City - A cidade



III: The World - O mundo



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15 fevereiro 2008

poupa tempo 04

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A Sala 801


Localizada no prédio do Ministério da Aeronáutica, em Londres, a sala 801 é dita como sendo a central de informações e estudos dos avistamentos, relatos e evidências de UFOs na Grã-Bretanha. A existência dessa sala foi feita em 1957. Somente pessoal autorizado tem acesso à ela. Nela existe um enorme mapa da Grã-Bretanha com milhares de pontinhos coloridos que indicam locais de avistamento de OVNIs. A maior concentração é nos arredores de Norwich



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14 fevereiro 2008

dias da semana em esperanto



  • Dimanĉo (domingo)

  • vcalendar.png

  • Lundo (segunda-feira)

  • Mardo (terça-feira)

  • Merkredo (quarta-feira)

  • Ĵaŭdo (quinta-feira)

  • Vendredo (sexta-feira)

  • Sabato (sábado)



  • Hieraŭ (ontem)

  • Hodiaŭ (hoje)

  • Morgaŭ (amanha)



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12 fevereiro 2008

bibliotecario


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[url= http://w13.easy-share.com/1187613.html]Francisco C. Xavier (Emmanual) - Livro da esperança.pdf[/url] (289,29 KB)
[url=http://w13.easy-share.com/1187653.html]Francisco C. Xavier (Emmanuel) - O consolador.pdf[/url] (429,68 KB)
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[url=http://w13.easy-share.com/1187816.html]Guia Essencial da Bruxa Solitária - Scott Cunningham.doc[/url] (330,50 KB)
[url= http://w13.easy-share.com/1188180.html]Guerra Fiscal e Financas.pdf[/url] (385,69 KB)
[url=http://w13.easy-share.com/1188202.html]GUIA Manual para copiar Cd's con Alcohol 120 con clonny y al.doc[/url] (1,09 MB)
[url=http://w12.easy-share.com/1188218.html]H P Blavatsky - A Sabedoria Universal.doc[/url] (56,50 KB)
[url= http://w13.easy-share.com/1188217.html]H P Blavatsky - A Origem do Ritual.doc[/url] (236,00 KB)
[url=http://w13.easy-share.com/1188221.html]H P Blavatsky - Prana.rtf [/url] (13,72 KB)
[url=http://w13.easy-share.com/1188234.html]H P Blavatsky - Carater Esoterico Evangelhos.doc[/url] (122,50 KB)
[url= http://w13.easy-share.com/1188271.html]H.P. Blavatsky - A Voz do Silêncio.pdf[/url] (668,05 KB)
[url=http://w12.easy-share.com/1188286.html]h[1]. p. blavatsky - isis sem véu 1.pdf[/url] (854,27 KB)


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