28 abril 2010

Lições de vida: o que a ciência sabe sobre o que é viver bem?


Fórmula para viver bem


Infelizmente para nós, não há nenhuma fórmula para atingir ou mesmo para nos guiar até uma maior satisfação com a vida. O humanos têm se voltado vezes sem conta para a filosofia, para a religião e também para a ciência, em busca de respostas para suas questões existenciais.


Percorremos um longo caminho desde Confúcio e Platão, e a ciência continua a reunir descobertas e compor um mosaico com as várias respostas obtidas. Mas o quanto aprendemos desde então?


O que é viver bem?


Os psicólogos Nansook Park e Christopher Peterson, da Universidade de Michigan (EUA) voltaram-se para seu próprio campo de estudo para perguntarem: "O que é viver bem e como nós podemos atingir e manter esse estado?"


Em um artigo publicado recentemente no jornal científico Perspectives in Psychological Science, os autores avaliam as muitas formas pelas quais a psicologia tem contribuído, e continua a pesquisar, a ciência do bem viver.


Já aprendemos com a psicologia que uma boa vida inclui experimentar mais sentimentos positivos do que negativos, sentir que sua vida está sendo bem vivida, usar continuamente seus talentos e habilidades, ter bons relacionamentos interpessoais, estar engajado em um trabalho e em outras atividades, ser parte de uma comunidade social, perceber que a vida tem um significado e sentir-se seguro e com boa saúde.


E, embora essas conclusões possam parecer senso comum, nós humanos simplesmente não sabemos como obter e manter essas condições.


Melhor relacionamento entre os psicólogos


A psicologia tem ainda um longo caminho a percorrer até que uma fórmula para viver bem seja encontrada. Como afirmam Park e Peterson, "Atualmente, a psicologia sabe mais sobre os problemas das pessoas e como resolvê-los do que sobre o que significa viver bem e como encorajar e manter uma vida assim."


Os pesquisadores sugerem que as diversas disciplinas dentro da psicologia se juntem e compartilhem suas descobertas, de forma a traçar um quadro mais completo da experiência humana.


"Ao falar do viver bem psicologicamente, estamos sempre falando que as outras pessoas importam, que nosso relacionamento com elas é importante," concluem os autores. "Parece que as outras pessoas importam também quando se faz ciência."Lições de vida: o que a ciência sabe sobre o que é viver bem?


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27 abril 2010

Maomé: religião e poder


maome A saga do guardador de rebanhos que fundou o islamismo, o fundamento da identidade árabe. No dia 4 de junho de 1989, as televisões do mundo inteiro mostraram as imagens do enterro do aiatolá Khomeini no Irã. Pelo menos 1 milhão de pessoas seguiu o cortejo. Para os olhos ocidentais, foi um espetáculo assustador - cenas dramáticas de choro, confusão, desespero, histeria, numa impressionante manifestação de fervor religioso. Para os cerca de 840 milhões de muçulmanos que hoje em dia vivem no planeta, nada mais compreensível: afinal, a morte do aiatolá é a repetição da própria morte do profeta Maomé, o fundador da mais nova das grandes religiões, o islamismo.



Até o século VI, quando nasceu Maomé, a Península Arábica permaneceu quase inacessível ao Ocidente. Região desértica, com 2,6 milhões de quilômetros quadrados, permaneceu a salvo dos conquistadores romanos, graças, exatamente, à sua situação geográfica - isolada ao norte pelo Mar Mediterrâneo, ao sul pelo Oceano Índico e a oeste pelo Mar Vermelho. Nas regiões à beira-mar, no sul, (onde hoje ficam os dois Iêmens vicejaram algumas civilizações). O mais conhecido dos reinos foi o de Sabá; escavações recentes mostraram vestígios de palácios monumentais e estátuas na cidade de Marib - capital do reino. Pelo relato de cronistas gregos, persas e romanos, conclui-se que a região, rica e próspera, merecia mesmo ser chamada Arábia Feliz.No resto da península, viviam os sarracenos - beduínos nômades, de origem semítica, com a pele branca mas tostada pelo sol. Sua forma de organização social se baseava nas tribos, onde conviviam os clãs. Aldeias com casas de barro se erguiam em torno dos oásis, separados entre si por longas distâncias. Em princípio, não havia propriedade individual: os rebanhos e as raras pastagens eram coletivas. Mas isso não impedia que alguns clãs fossem mais ricos que outros, em função das pilhagens - uma prática comum - ou de operações comerciais. No início do século VI, os bizantinos e os persas começaram a disputar a rota da seda, que passava pelo corredor que ligava a Síria à Palestina. A Península Arábica tornou-se por isso um caminho mais seguro para o comércio.A cidade mais importante da região era Meca. Não apenas era um posto de abastecimento de água para as caravanas, como estava situada numa encruzilhada de caminhos que levavam ao Egito, à Síria e à Mesopotâmia. Não muito longe, também, ficava o porto de Dajedda, no Mar Vermelho. Mas não era só isso que fazia Meca importante. No século V, os coraixitas - uma das grandes tribos da parte norte da Península Arábica -, liderados por Qasayy, dominaram a cidade expulsando a tribo de Khozaa, que ali reinava, para assegurar o comércio. Qasayy teve a habilidade de transformar Meca em um grande centro de peregrinação religiosa: ali estava a Caaba (cubo), um edifício retangular, de pedra, com 15 metros de altura. Num dos ângulos a famosa Pedra Negra, segundo a tradição árabe trazida pelo anjo Gabriel - provavelmente um meteorito. Mas, além das divindades árabes, havia na Caaba outros ídolos de diferentes tribos e religiões.


Quando Maomé nasceu - não se sabe bem se em 569, 570 ou 571 -, Meca deixara de ser um mero posto de passagem para se transformar num próspero centro comercial. O certo é que o menino nasceu órfão do pai, Abd Alla, do clã Hashim, um ramo pobre da tribo coraixita, que detinha o poder na cidade. Três dias depois do casamento, Abd Allah partira em viagem de negócios e morrera em Medina, então chamada Iatribe. Dois meses depois de sua morte, a viúva, Amina, dava à luz Mohammed (o Louvado), um nome incomum, na época. Como era tradição, o menino foi criado por uma ama, Halima, guardando rebanhos nas regiões montanhosas. Quando tinha 7 anos, a mãe morreu e o avô paterno, Abd al-Mutallib, o adotou. Mas a perda das pessoas mais próximas parece ter sido uma constante na vida do menino. Dois anos depois, o avô também morreu e ele passou aos cuidados do tio Abu Talib, um experiente condutor de caravanas.


Aos 12 anos, o menino fez sua primeira viagem ao lado do tio. Foi até Bosra, na Síria - e segundo os relatos, nessa viagem os dois encontraram um monge, de nome Bahira, que predisse a missão profética de Maomé. "Volta com teu sobrinho para teu país e protege-o dos judeus", teria dito Bahira a Abu Talib. "Se eles chegarem a vê-lo e dele souberem o que eu sei, tentarão prejudicá-lo." Os judeus estavam fixados em várias colônias da península, com sua religião antiga e monoteísta. Indiferente à profecia, o rapaz continuou sua vida e, aos 20 anos, passou a trabalhar para uma viúva rica de Meca, Kadidja. Ela era, certamente, uma mulher fora do comum. Ao contrário do costume árabe, que condenava as viúvas a se colocar sob a tutela de um parente homem e a viver de luto, ela continuou à frente dos negócios do marido, aumentando o patrimônio herdado. Mas tudo indica que, embora rica, ela não pertencia a um clã que tivesse boa posição na tribo dos coraixitas. Já Maomé, embora pobre, era trabalhador, respeitado e saído de um clã da tribo dominante em Meca. Numa mistura de amor e cálculo, os dois se casaram. Maomé tinha 25 anos e Kadidja, 40.Apesar da diferença de idade, o casamento foi feliz - tanto que Maomé, enquanto Kadidja viveu, só teve a ela como mulher, embora a tradição árabe permitisse que ele tivesse tantas mulheres quantas pudesse sustentar.


Com o casamento, Maomé passou a desfrutar uma situação econômica invejável. Podia viajar à frente das caravanas da mulher, conhecendo terras, pessoas e novos costumes. "Foi certamente nessas viagens que ele teve despertado o interesse religioso", interpreta Rogério Ribas, professor de História Medieval do Oriente, da Universidade Federal Fluminense. "É mesmo possível que ele fosse um membro do hanif, grupo contrário à idolatria que existia em Meca." Além disso, conta o professor, "a idéia de um deus único não era novidade na região, onde existiam comunidades de judeus e de cristãos. Nem era novidade, também, a idéia de uma unidade de poder entre os árabes, que havia chegado através da tribo dos kinda, que tentara uni-los por meio da língua".


Maomé beirava os 40 anos quando, durante o Ramadã, o mês de peregrinação a Meca e à Caaba, subiu com a família ao Monte Hira, para o retiro tradicional. Conta-se que, certa noite, ele dormia numa gruta quando uma figura misteriosa, segurando um rolo de pano coberto de sinais, ordenou: "Lê!" "Não sei ler", respondeu Maomé. "Lê", repetiu duas vezes a figura, enquanto quase sufocava Maomé, enrolando o pano em torno de seu pescoço. O homem, que era analfabeto, leu. Ao acordar, saiu da gruta e, no alto, viu um anjo que lhe dizia: "Maomé, és o mensageiro de Alá e eu sou Gabriel". Apavorado, pensando estar possuído por um djin - um espírito para os árabes - correu até onde estava Kadidja, em busca de socorro. Ela o consolou e desde o começo acreditou na missão do marido.


Mas, para Maomé, a convicção não veio tão fácil. Após a primeira revelação, vieram outras. Ele pressentia a chegada dos êxtases porque era assaltado por fortes suores e zumbido nos ouvidos. Muitas vezes chegava a desmaiar. No início, Maomé pensou que estava enlouquecendo e a idéia do suicídio passou, diversas vezes, por sua cabeça. Mas, aos poucos, convenceu-se de que era um profeta. Nos três anos que se seguiram à primeira revelação, a missão ficou reservada à mulher, ao filho adotivo Zeid, ao primo Ali e aos amigos Othman, seu genro, e Abu-Bekr, futuro sogro, rico e influente comerciante de Meca. Até que o anjo deu-lhe ordem de pregar aos árabes. E o principal tema da pregação era, exatamente, a existência de um só deus, Alá.


Na fase inicial, Maomé não se considerava fundador de uma nova religião. Menos ainda tinha a intenção de criar a partir dela um Estado árabe. Nessa época, ele achava que era apenas uma pessoa que recebera a missão de advertir seus concidadãos sobre o dia do Juízo Final revelado aos judeus e cristãos nas Escrituras. Embora não conseguisse muitos seguidores, atraiu a oposição dos governantes de Meca. "Não só Maomé atacava as crenças tradicionais como ameaçava os lucros que a cidade tirava da peregrinação anual feita à Caaba", explica o professor Rogério Ribas. Enquanto o tio Abu Talib viveu, Maomé foi protegido da oposição dos coraixitas. Mas, em 619, com a sua morte, ele começou a correr riscos. É que o sucessor do tio na liderança do clã foi Abu Lahab - um declarado adversário do profeta.


As ameaças obrigaram Maomé a procurar outra cidade onde morar e recebeu um convite formal de mercadores de Medina para se instalar ali, cerca de 300 quilômetros ao norte de Meca. Maomé seguiu para lá no ano de 622, com cerca de trezentos adeptos. Essa migração (hijra, em árabe, ou hégira) de Meca para Medina marca uma virada de Maomé e uma revolução no Islã. A data foi adotada, corretamente, como o ponto de partida do calendário muçulmano. Do simples cidadão que era em Meca, Maomé tornou-se, em Medina, o chefe supremo da comunidade. Foi a partir daí também, que mudou o teor das revelações. Enquanto esteve em Meca, Maomé pregou a existência de um só deus e a ele submissão total (islam em árabe). Em Medina, as revelações assumiram caráter mais objetivo, com normas de organização social e política. Foram, concretamente, as regras básicas para a formação de um Estado muçulmano (o termo muçulmano vem do árabe muslim, que significa submisso)."A ida para Medina deu condições para que as propostas de Maomé deixassem de ter um caráter apenas religioso e passassem a ter um caráter político", ensina o professor Ribas. "Maomé queria formar uma sociedade de poder, que lhe permitisse expandir a 'revelação'. Os judeus de Medina perceberam o projeto político de Maomé e o que era uma questão religiosa passou a ser uma luta de poder." O profeta terminou massacrando os judeus medinenses e iniciou também o djihad, a guerra santa de conquista de Meca, considerada a cidade sagrada do Islã. As caravanas que saiam ou se dirigiam a Meca eram assaltadas em nome de Alá. A lei do profeta, nesses casos, era simples e clara: quatro quintos do butim iam para a comunidade (a umma) e o outro quinto, para o profeta - que mais tarde será o Estado.


Após vários anos de lutas, na primavera de 628 Maomé sentiu-se suficientemente forte para atacar Meca. No caminho, porém, ele percebeu que a tentativa não daria certo e transformou a incursão numa peregrinação pacífica. Mas os coraixitas, temerosos, terminaram assinando um armistício de dez anos. O acordo, porém, não foi respeitado pelo profeta. Em 630, ele marchou sobre Meca com 10 mil homens e tomou a cidade sem enfrentar resistência. Maomé concedeu anistia a todos os inimigos, destruiu os ídolos da Caaba, respeitando a Pedra Negra. Em seguida, proclamou Meca a cidade santa do Islã. Estavam firmemente assentadas as bases do novo Estado teocrático.Nessa época, Maomé tinha 60 anos e viveria apenas mais dois. A essa altura, ele tinha um grande harém - iniciado depois da morte da mulher Kadidja. Segundo Aisha, sua mulher preferida, filha do amigo e sucessor Abu-Bekr, Maomé sempre dizia que havia três delícias no mundo: as belas mulheres, os bons perfumes e, naturalmente, as preces. Além das várias mulheres, o profeta não tinha luxos. Não admitia bebidas alcoólicas - proibidas aos muçulmanos -, não comia carne de porco e se alimentava quase sempre de mel, leite, pão e tâmaras. Em casa, era um marido exemplar: dividia escrupulosamente as noites entre as mulheres, fazia compras nos mercados, varria o chão e, muitas vezes, era flagrado remendando suas roupas, na entrada da casa. Em fins de maio de 632, ficou doente. Tinha febres e constantes dores de cabeça. Durante quinze dias, não saiu da cama. Em 4 de junho, mesmo doente levantou-se e foi à mesquita orar. Quando chegou, a oração do alvorecer já havia começado. O celebrante (imam) era seu sogro, Abu-Bekr. Ao perceber a presença de Maomé, ele recuou para que o profeta assumisse o seu posto. Mas Maomé suavemente empurrou-o à frente, mandando que continuasse a celebração. Era a designação do sucessor. De volta à casa, Maomé entrou em agonia e a 7 de junho morreu no colo de Aisha. O jovem órfão havia deixado uma vasta obra - não apenas uma nova religião, como também um livro de revelações que se transformou no guia do comportamento de milhões de pessoas. Mais ainda: Maomé havia criado uma vasta comunidade e um Estado árabe.


Por Suzana Veríssimo


Pesquisa realizada na revista Super Interessante


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25 abril 2010

Faraós no consultório


3As pirâmides não são o único legado do Antigo Egito. Graças a essa civilização, a Medicina começou a se organizar enquanto área da ciência. O paciente entra na sala do médico e se queixa de dor de cabeça. Sai de lá aliviado, com a promessa de que seu mal terá fim. Para isso, garante-lhe o especialista, há uma receita infalível: beber, três vezes ao dia, a mistura de gordura de crocodilo, sêmen e fezes dissolvidas em urina. Consultas como essa eram comuns no Antigo Egito, em que a prosaica beberagem era, de fato, tão popular quanto os comprimidos de analgésicos, hoje em dia. Em diversos papiros, são citados medicamentos com ingredientes ainda mais estranhos do que os dessa prescrição contra dores de cabeça. Não que, ao longo da História, outras culturas não tenham criado remédios igualmente esquisitos. Mas, sem sombra de dúvida, os relatos da terra dos faraós são os mais antigos e ricos nesse sentido. Foi nos tempos em que se erguiam as pirâmides, também, mais de um milênio antes de Cristo, que a Medicina começou a se organizar. E, nesse sentido, poucas pessoas conhecem a importância dos antigos egípcios.



windowslivewritermuseuegpcioexpecabelodofararamssii-b401ramss-ii5Costuma-se considerar a civilização do Antigo Egito um exemplo de morbidez, como se ali só se pensasse na morte e na vida além-túmulo, sem dar importância para a saúde neste mundo. Mas, na verdade, os antigos egípcios nada tinham de mórbidos. Eles simplesmente acreditavam que a vida depois da morte era tão real e concreta quanto à terrena. E, esclareça-se, estudaram o tratamento de doenças como poucos povos contemporâneos. O médico no Antigo Egito era chamado de sunu, palavra equivalente a doutor. Só que, na realidade, os sunus se dividiam em três grupos de terapeutas. Existiam, em primeiro lugar, os sacerdotes da terrível deusa Sekhmet, acusada de ser a principal causadora de todos os males. O papel desses homens, que mantinham um bom relacionamento com a deusa, era aproveitar esse poder de influência para induzi-la a não punir determinada pessoa com doenças.


Com esses sacerdotes, conviviam os magos, que tinham uma visão ligeiramente diferente do assunto. Para eles, a doença não era um simples castigo da deusa e, sim, a influência de um bando de maus espíritos - os quais, claro, eles tentavam exorcizar. Finalmente, a terceira categoria era a dos sunus, propriamente ditos, pessoas que recebiam instrução médica na chamada Per Ankh, que significa Casa da Vida. Era a faculdade de medicina da época, onde se podia aprender todos os princípios conhecidos sobre o funcionamento do organismo humano. Esses sunus, por sua vez, trabalhavam junto com os uts, como eram chamados os auxiliares de médicos - os primeiros enfermeiros de que se tem notícia.


Na prática, porém, todo sunu era também sacerdote da deusa ou mago à caça de maus espíritos. E essa combinação não bastava: pelos documentos que chegaram até os dias atuais, deduz-se que a maioria dos médicos ou sunus exercia paralelamente outras funções, como a de administrador, arquiteto ou escriba. Quer dizer, poucos arriscavam viver exclusivamente da medicina. Mesmo assim, quando o historiador grego Heródoto visitou o Egito, no século V a.C., espantou-se não apenas com o número de médicos, mas com o seu complexo grau de especialização.


Enquanto, na Grécia Antiga, o médico perambulava de cidade em cidade, demonstrando em praça pública os seus conhecimentos, os médicos egípcios eram devidamente organizados e, geralmente, atendiam em endereço fixo. Ou seja, tinham consultórios, como manda o figurino moderno. O curioso é que o médico no Antigo Egito se especializava em alguma área do corpo humano, mal começava os estudos. E isso é exatamente o oposto da tendência apontada no decorrer da história dos mais diferentes povos. Normalmente, o estudante de Medicina adquire primeiro um conhecimento generalista sobre os organismos vivos e só depois opta por alguma especialidade. Os egípcios, nesse aspecto, foram exceção.


O mais antigo médico egípcio conhecido foi Hesy-Ra, que viveu por volta do ano 3000 a.C. e só cuidava de dentes. No entanto, sabe-se por documentos que Hesy-Ra tinha colegas que se dedicavam exclusivamente ao nariz, ao ânus, aos olhos e ao abdome. Deduz-se, desse modo, que a medicina tenha surgido no Antigo Egito como uma constelação de especialidades muito distintas e que essas, com o passar do tempo, acabaram se reunindo. Ao desvendar a anatomia e mostrar as relações entre as estruturas do corpo, a mumificação deve ter contribuído para essa unificação.


Contudo, fique claro, a prática da mumificação rendeu conhecimentos anatômicos que nada têm a ver com as informações científicas de hoje em dia. O coração, é verdade, parece ter recebido um merecido destaque como centro da vida. No entanto, as demais vísceras eram desprezadas, na hora de fazer a múmia. Esta seguia para o outro mundo sem cérebro, por exemplo. Porque, segundo os antigos egípcios, a massa cinzenta, situada na cabeça, não iria fazer a menor falta.


De seu lado, os vasos sangüíneos, chamados de mutus, eram considerados importantíssimos. Talvez, porque fizessem parte do mesmo sistema do coração. Daí que apalpar os pulsos era a principal técnica usada para examinar o quanto andava a saúde de uma pessoa. A medicina do Antigo Egito dava prioridade aos movimentos de fluidos e compostos vitais pelas veias e artérias. Alguns estudiosos suspeitam que essa concepção sobre a fisiologia humana tenha sido resultado direto da influência do Rio Nilo nessa civilização.


Os papiros egípcios também relatam várias doenças. Os médicos se impressionavam, por exemplo, com a possibilidade de o sangue coagular e de as artérias endurecerem, nos casos de aterosclerose. O ânus recebia igualmente um tratamento especial: tanto assim que todo faraó tinha um médico exclusivo para cuidar do seu - os vermes provocavam pânico. Como eram encontrados freqüentemente nas múmias, os egípcios acreditavam que esses micróbios eram legítimos mensageiros da morte. Além disso, quando apareciam, muitas vezes eram o anúncio de diarréias fatais. Quanto às cirurgias, há diversas referências, inclusive gravuras de casos de circuncisão - aliás, não se sabe o motivo, só os sacerdotes e nobres podiam se submeter a essa operação.


Como os demais povos da Antigüidade, os egípcios não tinham idéias precisas sobre os mecanismos da fecundação. Acreditavam que só o esperma tinha o poder de gerar e a tarefa feminina seria a de uma espécie de receptáculo. O teste de gravidez era à base da urina da mulher: a paciente urinava sobre um punhado de cereais; se, dali a alguns dias, eles crescessem, era sinal de que estava grávida. Ao menos, de acordo com os médicos egípcios. Quanto aos remédios, eles acreditavam que o organismo era capaz de produzir, ele próprio, os mais potentes medicamentos. Daí a mistura para dor de cabeça. O fato é que quase todos os povos receberam influência dessa medicina e copiavam suas receitas, por mais estranhas que fossem.


Pesquisa em SuperInteressante e Wikipédi


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22 abril 2010

O BEIJO


Há vários tipos de "beijo". Existe o beijo religioso e ateu, o beijo discreto e o beijo escandaloso, beijo com língua, sem língua, o beijo roubado e aquele muito esperado, o beijo seco e molhado, o beijo carinhoso, o beijo agressivo, o beijo solidário, e até o beijo grego.


Há, enfim, beijo para tudo e para todos. O "Washington Post" publicou recentemente um curioso artigo de Joel Garreau sobre o assunto. Confiram alguns trechos:


Há uma fundamental vantagem evolutiva. Apenas as espécies mais quentes e mais elevadas fazem isso. Mesmo assim, entre os humanos atuais, o futuro do beijo parece ser uma questão em aberto. Na nossa liberação teríamos nos tornado tão rápidos em passar pelo beijo e avançar para o sexo que acabamos desvalorizando os ícones, a sabedoria e as tradições de nossos antepassados?


Será que nós minimizamos o significado e a memória do beijo demorado, os lânguidos verões de osculação interlabial, a troca de saliva com os lábios colados? Se for assim, é uma situação assustadora. Ela tem que ser detida. Beijoqueiros do mundo, uni-vos.


"Um beijo é uma explosão de informações que se enviam e de informações que se recebem", diz Helen Fischer, antropóloga, autora de "Por que amamos: a natureza e a química do amor romântico".


Basicamente é uma ferramenta de avaliação do parceiro. Boa parte do córtex é dedicada a coletar as sensações que vêm da região dos lábios, da bochecha, da língua e do nariz. Dos 12 nervos cranianos, cinco coletam os dados da região da boca.


A ferramenta é construída de forma a coletar as sensações mais delicadas - os mais complicados cheiros e sabores, o toque e a temperatura. E quanto estamos beijando uma pessoa é possível ouvi-la, vê-la e senti-la. Então, beijar não é só beijar. É um anúncio profundo de quem somos, o que queremos e o que podemos dar.


Uma mulher pode sentir se as proteínas do sistema imunológico de um homem são diferentes das dela, aumentando assim as chances de uma descendência sadia. "Aparentemente as mulheres são muito atraídas por homens que têm diferenças em vez de similaridades no sistema de histocompatibilidade. Elas escolhem pelo cheiro e podem escolher por meio do beijo", diz Fischer.


Algumas coisas que você deveria saber sobre beijar:

1. Aproximadamente dois terços dos humanos, homens e mulheres, inclinam a cabeça para a direita quando beijam. Não importan se são canhotos ou destros.


2. Homens acham que beijar é uma forma altamente eficiente de acabar com uma briga. As mulheres acham que é besteira. Uma vez na vida as mulheres estão erradas. As pesquisas mostram que beijar é tão poderoso para as mulheres que, mesmo que elas neguem, são realmente afetadas por um beijo.


3. Lembra-se daqueles grandes beijos em pé dos filmes antigos, em que a mulher demonstrava o êxtase levantando seu pezinho delicadamente calçado atrás de si? Esse movimento era chamado de "pipocar do pé". O que precisamos é de mais pipocar de pés.


4. Depois que se estabelece um relacionamento, é muito provável que a mulher use o beijo para monitorar o compromisso do que o homem. Há boas evidências de que a freqüência dos beijos é um bom barômetro do estado de um relacionamento, diz as pesquisas.


4. Quando beijamos, os níveis de cortisol caem nos dois sexos, o que significa que beijar, de fato, reduz o estresse. Durante o beijo, em condições de laboratório, a oxitocina sobe nos homens, mas inesperadamente cai nas mulheres. Os especialistas acham que isso significa que, para se apegar, as mulheres podem precisar de uma atmosfera mais romântica.Ailton Medeiros» Blog Archive » O BEIJO


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20 abril 2010

Reencarnação não altera impressões digitais


origem da vida1 "O delegado João Alberto Fiorini de Oliveira, que atua na Agência de Inteligência do Paraná, realiza um trabalho de primeira linha, investigando possíveis casos de reencarnação, especialmente com a comparação de impressões digitais. Para Fiorini, AS DIGITAIS NÃO SE ALTERAM QUANDO O INDIVÍDUO REENCARNA.
Segundo o parapsicólogo Dr. Hernani Guimarães Andrade, se a pessoa volta com as marcas, sinais, cicatrizes, deformações e até doenças, por que também não voltaria com as mesmas impressões digitais?



Fiorini entrou nesta jornada em 1999. Na época, ele se recuperava de uma cirurgia, e teve a oportunidade de ler um artigo publicado num jornal de 1935, escrito por Carlos Bernardo Loureiro. A matéria foi reproduzida no jornal da Federação Espírita do Estado de SP e se referia a um menino que tinha a mesma impressão digital de um homem falecido há dez anos.


Não só Fiorini, como qualquer dermatologista, sabem que é impossível existirem duas impressões digitais iguais. Mesmo no caso de gêmeos univitelinos , as digitais são sempre diferentes..Trata-se de um dado geneticamente intransmissível, próprio do indivíduo.


Ainda assim, o delegado decidiu se aprofundar no caso. Como um rato de biblioteca, Fiorini queria ter certeza de que era impossível digitais idênticas.


IMPRESSÕES DIGITAIS
Fiorini teve acesso a um caso no Ceará, envolvendo a senhora A, falecida em 1989 e sua possível reencarnação, o menino C, nascido em 1999.


A jovem B ficou grávida. Seus familiares entendiam que B estava preparando, em seu ventre, o corpo que seria habitado pela alma de A, uma senhora que se relacionava com aquela família e que havia falecido há poucos anos.


Segundo os espíritas da família, a Sra. A tinha uma necessidade de se reajustar carmicamente e deveria nascer num corpo masculino para cumprir tal missão.


" C " nasceu. E a primeira comparação das impressões foi realizada, constatando-se que as digitais de A e C eram de um mesmo padrão datiloscópico.


O delegado Fiorini apresentou-se para uma segunda avaliação e o resultado foi que apresentavam coincidências em seu tipo fundamental.


O perito comprovou que tanto a falecida quanto a criança possuíam o mesmo número de linhas (doze) nas digitais.


Segundo Fiorini, é impossível existir duas impressões iguais, mas as semelhanças podem ser significativas.


MARCAS NO CORPO
Fiorini acredita que a comprovação da reencarnação PODE SER FEITA COM EXAMES MÉDICOS. Ele afirma que se uma pessoa morre subitamente assassinada ou em desastres, ela reencarna com determinadas marcas ou cicatrizes relacionadas ao evento em questão. O problema é que essas marcas vão desaparecendo com o tempo, de modo que a pesquisa tem que ser feita o quanto antes, enquanto as evidências estão mais nítidas.


Convidado por uma família de Avaré (SP), Fiorini investigou um caso que teve origem em 1971. Na época, um homem de 31 anos morreu por ocasião de um disparo acidental de arma de fogo. A família disse que, depois de 20 anos ele teria renascido como neto. Então Fiorini passou a fazer várias perguntas à família. Estudou minuciosamente o inquérito policial, a certidão de óbito, o auto de levantamento de cadáver, o laudo de exame de corpo de delito, auto de exame de instrumento do crime e, por fim, o exame do coração (ecocardiografia).
O exame do cadáver revelava que o calibre da arma em questão era de 6,35mm.
A ecocardiografia da criança apresentava uma fissura interventricular medindo 6,00 mm no ventrículo esquerdo do coração. Posteriormente, a criança que hoje é adolescente,faria uma cirurgia de coração para fechar o orifício.
O delegado solicitou um exame datiloscópico das impressões do falecido e da criança. As impressões eram quase tão idênticas,de tal modo que foram necessários dias para se encontrar pequenas diferenças.


(...) Fiorini também estuda ectoplasmia (materialização de espíritos) e tem experiências em comunicação com o além, pela captação de imagens por meio de câmeras de infravermelho, capaz de captar as variações de temperatura.
Segundo ele, quando o espírito sai de outra dimensão e entra na nossa, ele esfria a temperatura ambiente entre 10 e 15 graus. Calculo que a comunicação e as imagens dos espíritos se tornarão comuns em um prazo máximo de dez anos."


(Fonte de pesquisa: Revista Visões do Espírito - EM Editora, São Paulo-SP)


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17 abril 2010

A história dos calendários


Calendario Asteca O que são os calendários?


Os primeiros calendários eram instrumentos destinados a fornecer as indicações astronômicas ou astrológicas (dia e mês). Normalmente eram construídos com dois ou mais discos perfurados e marcados, que ao serem posicionados corretamente entre si forneciam os valores desejados. Atualmente, calendário é um sistema de contagem de tempo relativamente longo (maior que um dia). Os calendários atuais são formados por um conjunto de regras baseadas nas Astronomia e em convenções culturais. O calendário é uma escala que divide o tempo em dias, semanas, meses e anos.



Como surgiram?


Os calendários surgiram com a necessidade do homem de contar o tempo e controlar suas atividades. Surgiram inicialmente para pequenos períodos de tempo (dias e semanas) e posteriormente para programar os plantios e colheitas, determinados pelas estações. Mas a determinação precisa dos dias de início de uma estação e fim da outra só era feita por sacerdotes muito experientes, que tivessem financiamento para construir e manter os observatórios, que eram caros e precários. Normalmente eram os reis que financiavam os sacerdotes, por isso, era difícil para os agricultores do país todo fazer uma determinação de início e fim das estações. A partir dessa necessidade os sacerdotes elaboraram os calendários que eram registros escritos dos dias onde eram marcadas datas de cheias, plantios e colheitas. As estações ocorriam e ocorrem de forma regular a cada 365,25 dias, que é a duração do nosso ano. Então, bastava fazer a contagem correta dos dias e marcar os dias de início e fim das estações como temos hoje (21 de junho início do inverno, 22/23 de setembro início da primavera, 21/22 dezembro início do verão e 21 de março início do outono).


O nosso calendário


A duração exata do ano é 365,242199 dias. Esse não é um número inteiro de dias, ou seja o ano dura: 365 dias + 5 horas + 48 minutos + 47 segundos, que é o tempo para que a Calendários de uma volta completa ao redor do Sol. Por causa da falta de precisão nas observações os antigos arredondavam para 365 dias + 6 horas. Porém se somarmos seis horas a cada ano em quatro anos as estações ficam defasadas um dia. Por isso existe o ano bissexto, ou seja, a cada quatro anos o ano tem 366 dias para que as estações não fiquem defasadas com o passar do tempo. Se não houvesse o ano bissexto em 360 anos o inverno estaria começando no outono, ou seja, o início de todas as estações estaria atrasada 90 dias. Em 720 anos o verão estaria começando no inverno. A sugestão de inserir um dia a mais a cada quatro anos foi feita pelo astrônomo Sosígenes de Alexandria ao imperador Júlio César no ano 46 a.C. e por isso esse calendário passou a ser chamado de "Calendário Juliano" em homenagem ao imperador.


CURIOSIDADE


O calendário atual é mais preciso que o calendário Juliano e considera o ano corretamente, ou seja, 365 dias + 5 horas + 48 minutos + 47 segundos, menor que 365 dias e 6 hora. Como só é possível contar o ano usando dias inteiros, a solução foi ajustar a contagem através da colocação ou retirada de anos bissextos (anos com 366 dias) nos anos que são múltiplos de quatro. Para entender melhor essa contagem vamos transformar o ano correto em frações de dias, ou seja, 365 dias + 1/4 dias - 1/100 dias + 1/400 dias - 1/3300 dias. Dessa maneira basta olhar o denominador e o sinal da fração para saber de quantos em quantos anos o ano bissexto existe ou deixa de existir. Exemplificando, (+1/4) representa que todo ano múltiplo de 4 é ano bissexto, mas (-1/100) representa que todo ano múltiplo de 100 não é bissexto mesmo sendo múltiplo de 4 e (+1/400) representa que todo ano múltiplo de 400 é bissexto mesmo sendo múltiplo de 100. Então o ano 2000 será bissexto, porque é múltiplo de 400, mas o ano 1900 não foi e o ano 2100 também não será bissexto pois são múltiplos de 100. Assim as estações nunca ficam defasadas.


Esse é o calendário mais preciso que existe, é chamado de "Calendário Gregoriano" e é o calendário que nós usamos atualmente. Ele foi adotado em 1582 pelo Papa Gregório XIII, com o objetivo de determinar corretamente a data da Páscoa. Veja que mesmo antes de existir o telescópio as observações astronômicas já eram bastante precisas para conseguir saber a duração exata do ano.


Outros Calendários


Na antigüidade a comunicação entre os povos e principalmente entre os sacerdotes de cada nação era difícil devido a demora no transporte das informações, por isso trocar informações era algo muito demorado para que os calendários fossem os mesmos. Além disso, cada rei queria impor sua autoridade e impunha o calendário que lhe era conveniente. Por essas razões muitos calendários foram criados. Os principais eram:


Calendário Babilônico: o ano não tinha um numero de dias fixo. O ano era dividido em 12 meses lunares de 29 ou 30 dias cada o que somava 354 dias. Para acertar a data das estações do ano os babilônios adicionavam um 13o mês a cada três anos, assim as estações não ficavam muito defasadas com o passar do tempo, mas essa adição do 13º não era muito regular, por causa da dificuldade no transito das informações. Também faziam a divisão do mês em semanas de sete dias.


Calendário Egípcio: é um calendário baseado no movimento solar. O ano tinha 365 dias, divididos em 12 meses de 30 dias que somam 360 dias e mais 5 dias de festas depois da colheita. Eles tinham conhecimento de que o ano tinha 365,25 dias, mas até serem invadidos pelos romanos no século I a.C. eles não faziam a correção de adicionar um dia a mais a cada quatro anos.


Calendário Grego: baseado nos movimentos solares e lunares, seguindo um padrão parecido com o calendário babilônico, porém a intercalação do 13º mês era bem mais bagunçada.


Os índios americanos - Maias, Astecas e Incas - também tinham calendários baseados principalmente no mês lunar.


Hoje em dia temos basicamente três calendários em vigência no mundo.


Um deles é o calendário que nós usamos e que conta os anos a partir do nascimento de Cristo, ou seja, o ano em que Cristo nasceu foi o ano 1.


Os outros são: os calendários muçulmanos e israelitas que não consideram o nascimento de Cristo e por isso apresentam anos diferentes do nosso. O calendário israelita é baseado no babilônico. Uma curiosidade é que o dia desse calendário inicia-se com o por do Sol e não a 0:00h como o nosso calendário. O primeiro dia de cada ano novo não pode cair na quarta, sexta ou domingo. Se isso acontecer o início do ano é transferido para o dia seguinte.


As divisões dos calendários


As unidades básicas dos calendários são os dias. Os dias normalmente são agrupados em porções maiores que formam as semanas e os meses as estações e os anos. Esses agrupamentos ocorrem para facilitar a contagem como fazemos naturalmente com os números. Os seres humanos tinham a necessidade de contar a passagem do tempo e descobriram que a própria natureza se encarregou de fornecer agrupamentos que ajudavam nessa contagem.


As semanas: Existe dois motivos que fizeram os antigos agrupar sete dias para formar uma semana, um deles é baseado nas fases da lua. Se você observou as fases da lua irá perceber que entre o quarto crescente e a lua cheia passam-se sete dias. Vimos que muitos calendários são baseados na lua para formar os agrupamentos.


Outro motivo que deu origem a esse agrupamento de sete dias para formar a semana eram os astros visíveis no céu a olho nu. Na antigüidade podiam ser vistos sete astros no céu e que não eram estrelas; o Sol, a Lua, e cinco planetas: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno. Por isso, muitos povos deram a cada dia da semana o nome de um desses astros.


Os meses


Sua origem em quase todos os calendários foram as fases lunares. Inicialmente os meses tinham 28 ou 29 dias, mas isso fazia com que o ano tivesse 12,5 meses o que dificultava um agrupamento coerente. Com o passar do tempo a comunicação foi se tornando mais fácil, a veiculação de calendários ficou mais simples e, as dificuldades de dividir o ano em meses foi sendo solucionada aos poucos. Houve então a tendência de uniformizar os calendários. Assim, os meses deixaram de ter exatamente o número de dias das fases lunares para que o ano tivesse sempre 12 meses. A primeira idéia desses ajustes, no número de dias do mês, foi dos egípcios que dividiram o ano em doze meses de trinta dias cada um e mais cinco dias de festas para completar os 365 dias. O mês de fevereiro foi o único a ser preservado para coincidir com o número de dias das quatro fases lunares.


O ano


Sua origem é comum em todos os calendários que é o período necessário para as estações do ano voltarem a se repetir. Essa repetição coincide com uma volta completa da Terra ao redor do Sol.


Fonte: www.cdcc.sc.usp.br



CURIOSIDADE:


Os Sete dias da Semana e os 'Sete Planetas'


Os dias, nos demais idiomas- com excessão da língua portuguesa , mantém os nomes dos sete corpos celestes
conhecidos desde os babilônios:
. Domingo - dia do Sol
. Segunda - dia da Lua.
. Terça - dia de Marte
. Quarta - dia de Mercúrio
. Quinta - dia de Júpiter
. Sexta - dia de Vênus
. Sábado - dia de Saturno


Os Doze Meses do Ano:


- Janeiro: homenagem ao Deus Janus, protetor dos lares
- Fevereiro: mês do festival de Februália (purificação dos pecados), em Roma;
- Março: em homenagem a Marte, deus guerreiro;
- Abril: derivado do latim Aperire (o que abre). Possível referência à primavera no Hemisfério Norte;
- Maio: acredita-se que se origine de maia, deusa do crescimento das plantas;
- Junho: mês que homenageia Juno, protetora das mulheres;
- Julho: No primeiro calendário romano, de 10 meses, era chamado de quintilis (5º mês). Foi rebatizado por Júlio César;
- Agosto: Inicialmente nomeado de sextilis (6º mês), mudou em homenagem a César Augusto ;
- Setembro: era o sétimo mês. Vem do latim septem;
- Outubro: Na contagem dos romanos, era o oitavo mês;
- Novembro: Vem do latim novem (nove);
- Dezembro: era o décimo mês


Os Quatro Elementos e os Signos


. Terra (Touro - Virgem - Capricórnio)
. Água (Câncer - Escorpião - Peixes)
. Fogo (Carneiro - Leão - Sagitário)
. Ar (Gêmeos - Balança - Aquário)


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13 abril 2010

o encanto dos orixas


001 Por Leonardo Boff


Quando atinge grau elevado de complexidade, toda cultura encontra sua expressão artística, literária e espiritual. Mas ao criar uma religião a partir de uma experiência profunda do Mistério do mundo, ela alcança sua maturidade e aponta para valores universais.


É o que representa a Umbanda, religião, nascida em Niterói, no Rio de Janeiro, em 1908, bebendo das matrizes da mais genuína brasilidade, feita de europeus, de africanos e de indígenas. Num contexto de desamparo social, com milhares de pessoas desenraizadas, vindas da selva e dos grotões do Brasil profundo, desempregadas, doentes pela insalubridade notória do Rio nos inícios do século XX, irrompeu uma fortíssima experiência espiritual.



O interiorano Zélio Moraes atesta a comunicação da Divindade sob a figura do Caboclo das Sete Encruzilhadas da tradição indígena e do Preto Velho,da dos escravos. Essa revelação tem como destinatários primordiais os humildes e destituídos de todo apoio material e espiritual. Ela quer reforçar neles a percepção da profunda igualdade entre todos, homens e mulheres, se propõe potenciar a caridade e o amor fraterno, mitigar as injustiças, consolar os aflitos e reintegrar o ser humano na natureza sob a égide do Evangelho e da figura sagrada do Divino Mestre Jesus.


O nome Umbanda é carregado de significação. É composto de OM (o som originário do universo nas tradições orientais) e de BANDHA (movimento inecessante da força divina). Sincretiza de forma criativa elementos das várias tradições religiosas de nosso pais criando um sistema coerente. Privilegia as tradições do Candomblé da Bahia por serem as mais populares e próximas aos seres humanos em suas necessidades. Mas não as considera como entidades, apenas como forças ou espíritos puros que através dos Guias espirituais se acercam das pessoas para ajudá-las. Os Orixás, a Mata Virgem, o Rompe Mato, o Sete Flechas, a Cachoeira, a Jurema e os Caboclos representam facetas arquetípicas da Divindade. Elas não multiplicam Deus num falso panteísmo mas concretizam, sob os mais diversos nomes, o único e mesmo Deus. Este se sacramentaliza nos elementos da natureza como nas montanhas, nas cachoeiras, nas matas, no mar, no fogo e nas tempestades. Ao confrontar-se com estas realidades, o fiel entra em comunhão com Deus.


A Umbanda é uma religião profundamente ecológica. Devolve ao ser humano o sentido da reverência face às energias cósmicas. Renuncia aos sacrifícios de animais para restringir-se somente às flores e à luz, realidades sutis e espirituais.
Há um diplomata brasileiro, Flávio Perri, que serviu em embaixadas importantes como Paris, Roma, Genebra e Nova York que se deixou encantar pela religião da Umbanda. Com recursos das ciências comparadas das religiões e dos vários métodos hermenêuticos elaborou perspicazes reflexões que levam exatamente este título O Encanto dos Orixás, desvendando- nos a riqueza espiritual da Umbanda. Permeia seu trabalho com poemas próprios de fina percepção espiritual. Ele se inscreve no gênero dos poetas-pensadores e místicos como Alvaro Campos (Fernando Pessoa), Murilo Mendes, T. S. Elliot e o sufi Rumi. Mesmo sob o encanto, seu estilo é contido, sem qualquer exaltação, pois é esse rigor que a natureza do espiritual exige.


Além disso, ajuda a desmontar preconceitos que cercam a Umbanda, por causa de suas origens nos pobres da cultura popular, espontaneamente sincréticos. Que eles tenham produzido significativa espiritualidade e criado uma religião cujos meios de expressão são puros e singelos revela quão profunda e rica é a cultura desses humilhados e ofendidos, nossos irmãos e irmãs. Como se dizia nos primórdios do Cristianismo que, em sua origem também era uma religião de escravos e de marginalizados, "os pobres são nossos mestres, os humildes, nossos doutores".


Talvez algum leitor estranhe que um teólogo como eu diga tudo isso que escrevi. Apenas respondo: um teólogo que não consegue ver Deus para além dos limites de sua religião ou igreja não é um bom teólogo. É antes um erudito de doutrinas. Perde a ocasião de se encontrar com Deus que se comunica por outros caminhos e que fala por diferentes mensageiros, seus verdadeiros anjos. Deus desborda de nossas cabeças e dogmas.


Leonardo Boff é autor de Meditação da Luz. O caminho da simplicidade. Vozes 2009.


www.leonardoboff.com.br


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12 abril 2010

Papel higiênico


A velha toada de criança diz que quem não tem papel se limpa com jornal. Verdade? Mais que isso. Além das notícias impressas, os seres humanos já tiveram de se virar com folhas, grama, neve, musgo, lã de carneiro e até mesmo areia.


Uma alternativa menos áspera era defecar nos rios, para facilitar o trabalho. "No Brasil, usava-se muito a palha de milho quando ainda verde. A palha seca pode machucar", afirma a socióloga Heleieth Saffioti, da PUC-SP. Ela conta que no interior de São Paulo, nos anos 50, a folha ainda era bastante utilizada. "Até hoje, em locais como as vilas nas margens do rio São Francisco, tem gente que se limpa com folhas."


Já reis usam o papel higiênico desde o século 14, quando o artigo foi inventado pelos chineses. Em 1391, eles produziram 720 mil folhas de papel para uso exclusivo da corte. Entre a nobreza européia, papel higiênico era um artigo que media poder. O rei francês Luís XIV (1638-1715), apesar de ser conhecido pelo tremendo fedor, era fã de pequenas toalhinhas de lã, que não machucavam seu bumbum real.


O rolo de papel higiênico contemporâneo foi obra do nova-iorquino Joseph Gayetty. Era chamado de "papel terapêutico" e já nasceu, em 1857, perfumado com babosa (a popular Aloe vera). O pacote com 500 folhas custava 50 centavos e o nome de Gayetty estava impresso em cada uma delas. No fim do século, como vários outros artigos antes restritos à realeza, o papel higiênico passou a ser fabricado em escala industrial.Papel higiênico - Aventuras na História


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08 abril 2010

O que realmente é uma bruxa


O Que É?


Uma bruxa é geralmente retratada no imaginário popular como uma mulher velha e encarquilhada, exímia e contumaz manipuladora de Magia Negra e dotada de uma gargalhada terrível. É inegável a conexão entre esta visão e a visão da Hag ou Crone dos anglófonos. É também muito popularizada a imagem da bruxa como a de uma mulher sentada sobre uma vassoura voadora, ou com a mesma passada por entre as pernas, andando aos saltitos. Alguns autores utilizam o termo, contudo, para designar as mulheres sábias detentoras de conhecimentos sobre a natureza e, possivelmente, magia.


Alguns Fatos


Algumas bruxas históricas adquiriram alguma notoriedade, como é o caso chamadas Bruxas de Salem, a Bruxa de Evóra e Dame Alice Kytler (bruxa inglesa). São também bastante populares na literatura de ficção, como nos livros da popular série Harry Potter, nos livros de Marion Zimmer Bradley (autora de As Brumas de Avalon, que versam sobre uma vasta comunidade de bruxos e bruxas cuja maioria prefere evitar a magia negra, ou a trilogia sobre as bruxas Mayfair, de Anne Rice.


O Que Faziam


As bruxas foram implacavelmente caçadas durante a inquisição na Idade Média. Um dos métodos usados pelos inquisidores para identificar uma bruxa nos julgamentos do Santo Ofício consistia na comparação do peso da ré com o peso de uma Bíblia gigante. Aquelas que fossem mais leves eram consideradas bruxas, pois dizia-se que as bruxas adquiriam uma leveza sobrenatural. Frequentemente as bruxas são associadas a gatos pretos, que dentre as Bruxas Tradicionais são os chamados Puckerel, muitas vezes tidos como espíritos guardiões da Arte da Bruxas, que habitam o corpo de um animal. Estes costumam ser designados na literatura como Familiares.


Mitos e Lendas


Diziam que as bruxas voavam em vasouras a noite e principalmente em noites de lua cheia, que faziam feitiços e transformavam as pessoas em animais e que eram más.


Hoje em dia essas antigas superstições como a da bruxa velha da vassoura na lua cheia já foram suavizadas, devido à maior tolerância entre religiões, sincretismo religioso e divulgação do paganismo. Gerald Gardner tem destaque nesse cenário como o pai da Religião Wicca- A Religião da Moderna Bruxaria Pagã, formada por pessoas que são Bruxos/as mas que utilizam a "Arte dos Sábios" ou a "Antiga Religião" mesclada a práticas e conhecimentos de outras tradições. A classificação de magia como negra e branca´não existe para os bruxos, pois se fundamentam nos conceitos de bem e mal, que não fazem parte de suas crenças, por isso, como costumam dizer, toda magia é cinza.


A Verdadeira Historia


A Arte das Bruxas como era feita antes é chamada de Bruxaria Tradicional, ainda remanescendo até os dias atuais em grupos seletos, via de regra ocultos. Hoje também pode-se encontrar uma vasta quantidade de livros e sites que explicam a "Antiga Religião" mas geralmente se tratam de Wicca, pois os membros de grupos de Bruxaria Tradicional costumam preferir o ostracismo, revelando-se publicamente apenas em ocasiões especiais ou para que novos candidatos os localizem.


Em algumas regiões do Brasil o termo também pode ser usado para designar uma mariposa (traça em Portugal) grande e de coloração escura. Talvez por associar-se a imagem da borboleta a uma imagem humanóide feminina como as fadas e, assim, remeter a imagem da mariposa à de uma senhora de idade avançada, de vestes escuras e de hábitos noturnos - a bruxa.


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06 abril 2010

O Monastério suspenso Xuan Kong Si


Este monastério foi construído em escala vertical no Canion Jinlong, em Del Monte Hena, na provincia de Shanxi, a 65 kilômetros a noroeste de Datong.É uma das principais atrações turísticas da região de Datong e tem aproximadamente 1.400 anos.Apesar de ter sido construído no ano 491, tem sobrevivido graças as diversas restaurações efetuadas durante a dinastia Ming (1368-1644) e King (1644-1911). Uma de suas particularidades são as estátuas de Sakyamuni (budismo), de Confucio e Lao-Tsé (taoísmo). O monastério suspendido possue 40 salas com 40 estatuas de cobre, ferro e pedra. Veja as imagens:


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04 abril 2010

Fariseus e Saduceus, quem são?


cristo-zelotes Nome de uma das três principais seitas judaicas, juntamente com os saduceus e os essênios. Era a seita mais segura da religião judaíca, At 26. 5. Com certeza, a seita dos fariseus foi criada no período anterior à guerra dos macabeus com o fim de oferecer resistência ao espírito helênico que se havia manifestado entre os judeus tendente a adotar os costumes da Grécia. Todo quantos aborreciam a prática desses costumes pagãos, já tão espalhados entre o povo, foram levados a criar forte reação para observar estritamente as leis de Moisés. A feroz perseguição de Antíoco Epifanes contra eles, 175-164 AC levou-os a se organizarem em partido. Antíoco queria que os judeus abandonassem a sua religião em troca da fé idólatra da Grécia, tentou destruir as Santas Escrituras, e mandou castigar com a morte a quantos fossem encontrados com o livro da lei.



Os hasideanos que eram homens valentes de Israel, juntamente com todos que se consagravam voluntariamente à defesa da lei, entraram na revolta dos macabeus como um partido distinto. Parece que este partido era o mesmo dos fariseus. Quando terminou a guerra em defesa de sua liberdade religiosa, passaram a disputar a supremacia política; foi então que os hasidianos se retraíram. Não se fala deles durante o tempo em que Jônatas e Simão dirigiam os negócios públicos dos judeus, 160-135 AC.


Os fariseus aparecem com este nome nos dias de João Hircano, 135-105. Este João Hircano pertencia à seita dos fariseus, da qual se separou para se tornar adepto das doutrinas dos saduceus. Seu filho e sucessor Alexandre Janeu, tentou exterminá-los à espada. Porém, sua esposa Alexandra que o sucedeu no governo no ano 78, reconhecendo que a força física era impotente para combater as convicções religiosas, favoreceu a seita dos fariseus. Daí por diante, a sua influência dominava a vida religiosa do povo judeu. Os fariseus sustentavam a doutrina da predestinação que consideravam em harmonia com o livre arbítrio. Criam na imortalidade da alma, na ressurreição do corpo e na existência do espírito; criam nas recompensas e castigos na vida futura, de acordo com o modo de viver neste mundo; que as almas dos ímpios eram lançadas em prisão eterna, enquanto que as dos justos, revivendo iam habitar em outros corpos, At 23. 8.


Por estas doutrinas se distinguiam eles dos saduceus, mas não constituíam a essência do farisaísmo, que é o resultado final e necessário daquela concepção religiosa, que faz consistir a religião em viver de conformidade com a lei, prometendo a graça divina somente àqueles que fazem o que a lei manda. Deste modo, a religião consistia na prática de atos externos, em prejuízo das disposições do coração. A interpretação da lei e a sua aplicação aos pormenores da vida ordinária, veio a ser um trabalho de graves conseqüências; os doutores cresciam em importância para explicar a lei, e suas decisões eram irrevogáveis. Josefo, que também era fariseu, diz que eles, não somente aceitavam a lei de Moisés, interpretando-a com muita perícia, como também haviam ensinado ao povo mais práticas de seus antecessores, que não estavam escritas na lei de Moisés, e que eram as interpretações tradicionais dos antigos, que nosso Senhor considerou de importância secundária, Mt 15. 2, 3, 6.


A principio, quando era muito arriscado pertencer à seita dos fariseus; eram eles pessoas de grande valor religioso e constituíam a parte melhor da nação judaica. Subseqüentemente, tornou-se uma crença hereditária, professada por homens de caráter muito inferior que a ela se filiavam. Com o correr do tempo, os elementos essencialmente viciosos desta seita, desenvolveram-se a tal ponto de fazerem dos fariseus objeto de geral reprovação. João Batista, dirigindo-se a eles e aos saduceus, chamou-os de raça de víboras. É muito conhecida a linguagem de Jesus, pela qual denunciou severamente estas seitas pela sua hipocrisia e orgulho, pelo modo por que desprezavam as coisas essenciais da lei para darem atenção a minúcias das práticas externas, Mt 5.20; 16.6,11,12; 23.1-39. Formavam uma corporação de intrigantes. Tomaram parte saliente na conspiração contra a vida de Jesus, Mc 3.6; Jo 11.47-57. Apesar disso, contavam-se em seu meio, homens de alto valor, sinceros e retos, como foi Paulo, quando a ela pertencia e de que se orgulhava, em defesa de sua pessoa, At 23.6; 26.5-7; Fp 3.5. Seu mestre Gamaliel também pertencia à mesma seita.






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02 abril 2010

É verdade: Vampiros existem!



Não é de ver que vampirosrealmente existem…
Explico sobre a doença, os costumes, e de onde surgiu a lenda nas letras abaixo. Confira!



Para meu desgosto, que teimava em não acreditar que coisas assim existissem vim a saber por uma colega, sobre uma doença, que por alguns é conhecida como "doença rara dos vampiros", e é uma doença real, chama-se porfiria: Porfirias são um grupo de distúrbios herdados ou adquiridos que se manifestam através de problemas na pele e/ou com complicações neurológicas (certas pessoas fantasiam essas complicações neurológicas como "sede por sangue"). Os pacientes tendem a ter um canino mais acentuado e urina escurecida pela perda de substâncias sangüíneas. Muitas famílias nobres acometidas pela doença (que é hereditária) acabavam compensando a perda de sangue bebendo o sangue dos animais de seus matadouros (hoje existem outros tratamentos para normalizar as enzimas sangüíneas). As porfirias eritropoiéticas afetam primariamente a pele, levando a fotossensibilidade, bolhas, necrose da pele e gengivas, prurido e edema.
Em algumas formas de porfiria, o acúmulo de precursores do heme excretados pela urina podem mudar sua cor, após exposição ao sol, para um vermelho ou marrom escuros, ocasionalmente até um tom de púrpura. Também pode haver acúmulo dos precursores nos dentes e unhas, levando-os a adquirir uma coloração avermelhada.
O termo porfiria deriva da palavra grega πορφύρα, porphura, significando "pigmento roxo", que é uma referência à coloração arroxeada dos fluidos corporais dos pacientes durante um ataque.
Quanto ao mito, deve-se a "porfiria cutânea tarda" que apresenta-se clinicamente como uma hipersensibilidade da pele à luz, levando à formação de lesões, cicatrização e desfiguração. A anemia, a pele clara e a sensibilidade à luz são características do mito do vampiro, enquanto que desfigurações em casos mais avançados, acompanhados de distúrbios mentais e aumento da pilificação (crescimento de pêlos) em áreas como a fronte, poderiam ter levado ao surgimento consecutivo do mito do lobisomem.
Os ataque da doença podem ser desencadeados por drogas (como barbitúricos, álcool, drogas, sulfa, contraceptivo oral, sedativos e certos antibióticos), outros agentes químicos e certos alimentos. O jejum também pode desencadear os ataques, pela queda na glicemia.


Observa-se então que os vampiros existem, mas como é uma doença, não são imortais, nem tem super força. Mas que mal há em criar seres que povoem nossa criatividade, nos alegre, e nesse mundo de aborrecida rotina e imaginação limitada, leve mais além nossos sonhos…


Mas de onde surgiu a lenda?


No ano de 1431 nasceu Vlad III voivoda da Valáquia. O termo voivoda signifaca, príncipe, conde ou governador, em romeno. Vlad III se tornou famoso por seu sadismo, era respeitado pelos seus cidadãos por sua ferocidade contra os turcos. Fora da Romênia, o voivoda é conhecido por suas atrocidades contra seus inimigos. Alguns sustentam que essas atrocidades teriam inspirado o escritor Bram Stoker a criar seu famoso personagem, o Conde do romance Drácula.
O voivoda tinha o hábito de empalar seus inimigos, atravessando-os com uma estaca de madeira. Os números de mortos chegariam a dezenas de milhares. Por causa disso, Vlad III ganhou ainda outro nome: Vlad Tepes (Tsepesh), "O Empalador".
Empalamento é uma técnica de tortura e execução antiga que consistia em espetar uma estaca através do ânus até a boca do condenado, para levá-lo à morte, deixando um carvão em brasa na ponta da estaca para que, quando esta atingisse a boca, o supliciado não morresse até algumas horas depois, de hemorragia. Usava-se também cravar a estaca no abdômen. Essa técnica figurou, no direito canônico e germânico, como uma das sanções penais por infanticídio. Também foi utilizada no Brasil pelo cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva, vulgo "Lampião".
O pai de Vlad III, Vlad II era Cavaleiro da Ordem do Dragão, uma ordem religiosa criada pelo Imperador romeno Segismundo, no ano de 1431 contra o expansionismo islâmico na Europa. Na língua romena, o sufixo "ea" indica um filho. Sendo assim, Vlad III, sendo filho de Vlad Dracul (de dragão em romeno), passou a ser chamado "Draculea", ou seja "Filho do Dragão".
Por outro lado, à medida em que se conhecia o talento do jovem Vlad para torturar, o seu nome chegou a ser interpretado como o "Filho do Diabo".
Em 1447 Vlad II foi assassinado, e em 1456, Vlad Tepes retornou à região e retomou controle das terras, assumindo novamente o trono de Valáquia. Esse retorno tardio de Vlad III teria confundido os moradores da região, que pensaram ser Vlad II retornando anos depois de sua morte. Isso teria ajudado a criar a lenda de sua imortalidade.
Segundo pesquisas, comprova-se que houve situações em que Tepes mandava empalar famílias inteiras, e usava seus principais métodos de tortura contra os soldados de seus inimigos.
Outra situação conta que mensageiros de Mehmed II foram à corte de Tepes. O mesmo ordenou que eles tirassem seus turbantes. Contudo eles se recusaram em refêrencia ao respeito de sua cultura. Com isso, Tepes ordenou que pregassem os turbantes nas cabeças dos mensageiros.
Em outra situação Tepes ordenou que fossem empalados 200 estudantes que foram à Valáquia apenas para aprimorar o idioma.
Essas são provas de como a crueldade acabou fazendo dele o símbolo dos vampiros.


E por quê a Transilvânia?


A Transilvânia é o nome atual do território romeno onde viveu Vlad III, conseqüentemente, a região é a "Meca dos vampiros". Os morcegos, coitados, foram introduzidos depois associados com o hábto de sugar o sangue, mas sabemos que os morcegos hematófagos na verdade são minoria…


Agora, existem vários termos referentes a vampiros, criados depois disso, como "vampiros energético", que não tem nada a ver com sangue, e outros mais relacionados a ao ato de tomar algo de alguém…


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